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Juros alto
Finanças Pessoais

Como proteger o patrimônio diante da maior inflação em 41 anos e aumento dos juros nos Estados Unidos? Confira as dicas

Especialistas dão dicas de como manter uma carteira mais defensiva

Data de publicação:13/07/2022 às 17:36 -
Atualizado um ano atrás
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A inflação nos Estados Unidos segue avançando e, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 13, pelo Departamento do Trabalho, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) em junho teve uma alta de 1,3%. O resultado veio acima das expectativas do mercado, de avanço de 1,1%, e levou a inflação acumulada em um ano a 9,1%, o maior nível desde 1981.

Neste cenário de escalada dos preços, investidores e especialistas já precificam que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deva elevar a taxa de juros do país - hoje entre 1,50% e 1,75% ao ano - em pelo menos 0,75 ponto percentual em sua próxima reunião, marcada para os dias 26 e 27 de julho. Com pressão inflacionária e juros mais altos, o consumo das famílias tende a reduzir e, segundo especialistas, há chances de recessão econômica.

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Especialistas dão dicas de como manter uma carteira mais defensiva | Foto: Reprodução

Se as projeções estiverem corretas, os títulos públicos americanos (Treasuries), considerados os mais seguros do mundo, tendem a entregar retornos mais atrativos e, justamente por conta de sua segurança em um cenário de incertezas, esses ativos podem ganhar espaço em detrimento de outros que oferecem mais risco.

Ainda assim, há oportunidades dentro da renda variável que podem proteger o patrimônio do investidor em um momento de alta na inflação dos Estados Unidos.

Quais ativos são boas opções para passar pela inflação em alta nos Estados Unidos?

De acordo com Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, a melhor opção para passar pela inflação em alta nos Estados Unidos para o investidor brasileiro é investir em fundos de investimento multimercado que tenham alocações específicas no mercado americano. Estas posições precisam estar focadas, justamente, nos títulos públicos americanos e no dólar.

Roberto Dumas, estrategista-chefe da Voiter, explica que o principal aspecto da inflação elevada naquele país é que, com as consequentes elevações das taxas de juros, os investidores retiram seu dinheiro de outros países para migrar para as Treasuries. Assim, a moeda americana ganha força perante outras divisas, inclusive o real e a de países desenvolvidos, como o euro, a libra esterlina e o dólar canadense.

Dessa forma, ter na carteira um fundo multimercado que, entre suas alocações, destine parte do patrimônio para os títulos americanos e para o dólar pode oferecer ao investidor, respectiva e simultaneamente, uma rentabilidade garantida e com segurança e a proteção do patrimônio contra as variações cambiais e a desvalorização da moeda brasileira.

Mercado de ações

Para os investidores que gostam de ter uma parte do capital investido no mercado acionário, Cruz considera que, em um momento de inflação elevada nos Estados Unidos e perspectivas de aumento de juros, a melhor opção são os papéis do setor financeiro, com destaque para os bancos.

Quando os juros sobem, os processos de financiamento e tomada de crédito ficam mais caros, o que pode elevar a inadimplência nos bancos. Em contrapartida, essas instituições também conseguem operar com um spread maior, ou seja, elas cobram mais pelos seus serviços e produtos e, assim, tanto a receita quanto o lucro tendem a crescer.

O estrategista da RB Investimentos destaca que, se o Fed promover um ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos por mais tempo ou numa maior intensidade do que o esperado, isso pode respingar no Brasil e levar o Banco Central daqui a segurar a taxa Selic em patamares mais altos por mais tempo.

Isso acontece porque como os juros elevados no país americano tendem a fortalecer o dólar ante o real, a economia brasileira tende a continuar sofrendo com uma inflação ocasionada pelo valor da moeda americana. Dessa forma, os grandes bancos brasileiros, como Itaú e Bradesco, podem se beneficiar do momento.

Sobre o autor
Bruna Miato
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