IGP-10 cai 0,31% em outubro e acumula elevação de 22,53% em 12 meses, aponta Ibre/FGV
Queda no preço do minério de ferro influenciou no resultado do indicador no período, segundo instituto
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,31% em outubro ante recuo de 0,37% no mês anterior. Com esse resultado, o indicador acumula alta de 22,53% em 12 meses e de 16,08% no ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta sexta-feira, 15.
Em outubro de 2020, o índice subira 3,20% no mês e acumulava elevação de 19,85% em 12 meses. Segundo o coordenador dos Índices de Preços do Ibre, André Braz, o minério de ferro mais uma vez manteve o indicador em terreno negativo, com a queda no preço da commodity.
“ Milho (-4,99%) e bovinos (-4,11%) também registraram taxas negativas o que contribuiu para o arrefecimento das pressões inflacionárias ao produtor. Já os preços ao consumidor seguem sob forte influência dos aumentos registrados para energia elétrica e combustíveis”, complementou
Produtor
De acordo com o levantamento do Ibre, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,77% em outubro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,76%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 2,13% em setembro para 1,10% em outubro.
A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 2,61% para 1,28%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,83% em setembro para 1,91% em outubro. A principal contribuição para este movimento veio do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção - a taxa passou de 0,14% para 3,62%.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou de -5,01% em setembro para -4,62% em outubro. As principais contribuições para esta taxa menos negativa partiram dos seguintes itens: minério de ferro (-22,17% para -19,46%), cana-de-açúcar (1,17% para 3,16%) e mandioca/aipim (2,61% para 10,80%).
Consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,26% em outubro ante variação positiva de 0,93% em setembro, segundo o instituto.
Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (1,34% para 3,50%), Habitação (1,33% para 1,67%), Transportes (0,97% para 1,23%), Alimentação (1,05% para 1,30%), Comunicação (0,12% para 0,35%) e Vestuário (0,18% para 0,40%).
As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: passagem aérea (11,50% para 28,66%), tarifa de eletricidade residencial (3,06% para 5,41%), gasolina (1,72% para 2,49%), hortaliças e legumes (1,04% para 6,41%), tarifa de telefone residencial (0,24% para 2,12%) e calçados (0,08% para 0,70%).
Construção Civil
Segundo dados do Ibre, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,53% em outubro. No mês anterior a taxa variou 0,43%.
Os três grupos componentes do indicador registraram variações na passagem de setembro para outubro: Serviços (0,49% para 0,42%), Mão de Obra (0,08% para 0,29%) e o grupo Materiais e Equipamentos repetiu a taxa do mês anterior, de 0,82%.