Follow-on da Dasa fica em R$ 3,3 bi, abaixo da expectativa; mercado vê janela se fechando para IPOs
A empresa Diagnósticos da América (Dasa) informou nesta quarta-feira, 7, que negociou o valor de suas ações a um valor abaixo ao esperado para sua oferta…
A empresa Diagnósticos da América (Dasa) informou nesta quarta-feira, 7, que negociou o valor de suas ações a um valor abaixo ao esperado para sua oferta pública secundária (follow-on), espécie de re-IPO da empresa no mercado financeiro.
Na prática, a empresa fundada pela família de Edson Bueno Godoy, da Amil, precisou reduzir o preço de seus papeis para, de fato, realizar o follow-on. O preço da ação ficou em R$ 58, totalizando R$ 3,306 bilhões. A empresa contava com R$ 4,258 bilhões, previstos no prospecto preliminar, considerando um preço médio da ação de R$ 74,70.
Foram comercializadas 57.010.786 ações. E não houve demanda destribuição secundária de 2.081.636 papeis, além dos lotes adicionais, nas mesmas condições e preço das ações inicialmente ofertadas.
Segundo fontes com que a reportagem conversou, houve emissão de 15% em ações suplementares.
A operação foi coordenada pelo Bradesco BBI e BTG Pactual, Itauú BBA e outro bancos, como Bank of America, Credit Suisse, Morgan Stanley, Safra e Santander.
IPOs começam a desacelerar
O resultado da Dasa foi considerado decepcionante. No mercado, cresce a percepção que após uma onda de IPOs durante a pandemia, a situação fiscal e o recrudescimento da crise sanitária começa a pressionar os investidores, que não estariam tão interessados assim por novos ativos.
Vale destacar o caso da LG Informática, que anunciou na terça-feira a desistência de realizar uma oferta inicial de ações.
A empresa pretendia captar R$ 900 milhões, mas não enxergou no mercado condições para prosseguir com o processo.