Focus: inflação sobe para 9,33% em 2021 e Selic se mantém estável em 9,25%
Na contramão, as projeções para o PIB deste ano segue encolhendo levemente
As previsões para a inflação do País nos próximos dois anos seguem sendo revisadas pelos economistas do mercado. De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 8, as estimativas para Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021 subiram de 9,17%, no documento anterior, para 9,33%. Há um mês eram de 8,59%.
Em 2022, o indicador também deve ser maior. De 4,55% foi ajustado para 4,63% e se manteve em 3,27% para o ano seguinte.
Já as projeções da Selic, taxa básica de juros do País, ficaram estáveis em 9,25% para o fim de 2021, ante 8,25% nas últimas quatro semanas. Porém, em relação a 2022 sofreram variação positiva: de 10,25% subiram para 11,00%, contra 8,75% há um mês.
De acordo com o Banco Central, serão feitos todos os esforços necessários para trazer a inflação de volta para a meta. No entanto, com as estimativas cada vez mais elevadas, esse horizonte deve ser concretizar somente em 2023. Mesmo que isso implique na aplicação de um "remédio amargo" , como o aumento da taxa de juros.
Em relação ao crescimento do País, o mercado segue puxando o freio de mão sobre o cenário do Produto Interno Bruto (PIB) para os próximos dois anos. Em 2021, de 4,94% caiu levemente para 4,93%, ante 5,04% há quatro semanas. E de 1,20% foi ajustado para 1,00% em 2022. E foi mantido em 2,00% para o ano seguinte.
Moeda e aluguel
As estimativas do câmbio também foram preservadas no patamar de R$ 5,50 para o fim de 2021, de acordo com o Focus. O mesmo valor também foi mantido para 2022. Mas em 2023, o dólar deve valer mais: de R$ 5,25, os especialistas elevaram o valor para R$ 5,30.
Considerado a inflação do aluguel, o Índice Geral de Preços – Médio (IGP-M) também deve ser mais elevado em 2021, de acordo o documento do BC. De 18,28% sofreu variação positiva para 18,40%. Há um mês era de 17,60%.
Para 2022, as projeções para o indicador foram levemente ajustadas de 5,31% para 5,32%. E ficaram em 4% - patamar que se mantém há quatro semanas – para o fim de 2023.