Economia

FMI pede ajuste que governo não quer aplicar, diz Argentina, que descarta default

Representante do governo argentino afirma que país não deixará de pagar a dívida

Data de publicação:06/01/2022 às 03:04 - Atualizado um ano atrás
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Porta-voz do governo da Argentina, Gabriela Cerruti afirmou nesta quinta-feira, 6, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) "pede um ajuste que o governo não está disposto a aplicar". A declaração foi dada durante entrevista coletiva, segundo a agência oficial Télam. A porta-voz ainda disse, porém, que o país "não entrará em default".

Durante a coletiva, ela comentou que o debate sobre a negociação "abarca toda a sociedade" argentina.

Gabriela Cerruti ainda disse que a negociação com o FMI é feita com o "staff" do organismo internacional, "não com os Estados Unidos", embora ela tenha reconhecido "o peso" do país na entidade, informou a agência.

Estudo prevê crescimento de dívida de emergentes

Brasil, Índia e Argentina serão os países emergentes com as maiores dívidas públicas em proporção ao seu respectivo PIB em 2021, prevê relatório do banco UBS. O nível de endividamento em meados de 2021 já estava elevado, de 87,5%, 88,3% e 89,5%, respectivamente. 

O documento atribui a deterioração fiscal à crise sanitária, destacando que nesses três países, os números de infecções e mortes por covid-19 se encontram em patamares superiores em comparação com o restante do mundo.

O aumento dos gastos públicos aplicados no socorro à economia e na contenção da disseminação do vírus prejudicou ainda mais o quadro fiscal dos países, que já sofriam com elevados estoques de dívida.  

Os analistas pontuam que o mundo desenvolvido ainda mantém níveis mais elevados de endividamento.

Índia e China devem liderar crescimento

A China terá crescimento real do PIB de 9%, segundo maior entre emergentes, atrás apenas da Índia, que deve avançar a renda nacional em 10%, segundo os autores do documento.

Os economistas da UBS projetam para 2022 inflação menor em 13 dos 22 países emergentes analisados. Entre aqueles onde os preços devem crescer, Argentina e Turquia devem registrar taxas de dois dígitos.  

No Brasil, a perspectiva é de aumento da taxa de juros dentro dos próximos doze meses, o que deve conter a inflação.

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