Bolsa fecha em alta de 0,21% acompanhando o exterior; dólar recua a R$ 5,30
Confira as movimentações do mercado nesta segunda-feira
Acompanhando o exterior, a Bolsa de Valores fechou em alta nesta segunda-feira, 31. Após oscilar bastante ao longo do pregão, com os investidores repercutindo a piora nas projeções do Boletim Focus, pelo lado negativo, e a forte temporada de balanços corporativos nos Estados Unidos, pelo positivo, o Ibovespa avançou 0,21%, aos 112.144 pontos. Já o dólar recuou 1,17%, cotado a R$ 5,30, menor patamar desde setembro.
Também contribui para a volatilidade do mercado interno as expectativas com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que começa amanhã e termina na quarta-feira, 02, com a divulgação do comunicado. A maior parte dos especialistas já considera como certa uma elevação na Selic, taxa básica de juros, de 1,5 ponto percentual, o que a leva para 10,75% ao ano.
Vale lembrar que, na última semana, a perspectiva de alta nos juros nos Estados Unidos também pesou sobre os mercados. Com juros mais altos, investimentos de renda fixa, principalmente em países desenvolvidos, tendem a ganhar mais destaque entre os investidores, o que prejudica o desempenho de ativos de risco, como o mercado de ações, especialmente nos emergentes.
Mercado externo: balanços corporativos
No cenário internacional, as bolsas também fecharam no campo positivo, na expectativa da agenda de resultados corporativos desta semana.
"Nos próximos dias, teremos 25% do S&P 500 (principal índice de ações dos EUA) em valor de mercado reportando seus resultados, incluindo nomes de peso como Amazon, Google e Meta (Facebook). Até aqui, o balanço da temporada de resultados é positivo: 169 empresas presentes no índice já divulgaram seus balanços, 77% superaram as expectativas de lucro, segundo o FactSet".
Lucas Collazo, especialista em investimentos da Rico
Fechamento dos principais índices americanos
- Dow Jones: alta de 1,17%
- S&P 500: alta de 1,89%
- Nasdaq 100: alta de 3,29%
Boletim Focus: piora nas projeções
De acordo com o documento do Banco Central, que traz as estimativas dos economistas do mercado sobre os principais indicadores econômicos, as projeções para o IPCA, índice que mede a inflação do país, saltaram de 5,15% para 5,38%. Esse foi o terceiro ajuste para cima consecutivo, o que sinaliza que a inflação segue se afastando novamente do teto da meta estipulada pela autoridade monetária, de 5,00%.
Seguindo o mesmo caminho do IPCA, o IGP-M, considerado a inflação do aluguel, também deve ser mais acentuado neste ano, segundo o documento do BC. De 6,54% as estimativas avançaram para 6,99%.
Já em relação ao PIB, as expectativas voltaram a ser ajustadas levemente para cima em 2022 – de 0,29% foram alteradas para 0,30%. No entanto, para 2023, houve um arrefecimento nas projeções, de 1,69% para 1,55%
O dia na Bolsa
Maiores altas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Azul | AZUL4 | +7,99% |
Banco Pan | BPAN4 | +7,58% |
Gol | GOLL4 | +7,52% |
CVC | CVCB3 | +5,93% |
Locaweb | LWSA3 | +5,66% |
Maiores baixas da Bolsa
Empresa | Código | Variação |
Vale | VALE3 | -3,33% |
JBS | JBSS3 | -2,69% |
CSN Mineração | CMIN3 | -2,38% |
BRF | BRFS3 | -2,28% |
Dexco | DXCO3 | -1,77% |