Em dia de decisão do Copom, Bolsa recua 1,18% puxada por bancos e Petrobras
Confira as movimentações do mercado nesta quarta-feira
Na contramão do exterior, a Bolsa de Valores viveu um dia de queda nesta quarta-feira, 02, dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a Selic, taxa básica de juros, a 10,75% ao ano. O Ibovespa registrou baixa de 1,18%, aos 111.894 pontos, puxado pelas ações do setor financeiro. Os bancões recuaram depois da divulgação do balanço corporativo do quarto trimestre do Santander Brasil, que frustrou as expectativas do mercado.
A instituição reportou lucro líquido gerencial de R$ 3,88 bilhões, queda de 10,6% em relação aos três meses anteriores. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que apostavam em um montante de cerca e R$ 4,3 bilhões. Com isso, os papéis do Santander recuaram 2,99%, enquanto Bradesco Itaú e Banco do Brasil caíram 1,88%, 1,57% e 1,66%, respectivamente. Vale lembrar que os "bancões" têm um peso de cerca de 17% na composição do Ibovespa.
Também contribuiu para derrubar a Bolsa o desempenho negativo da Petrobras neste pregão. A baixa nas ações da petroleira, que recuaram 1,39% nesta quarta-feira, refletem a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de aumentar sua oferta em 400 mil barris por dia em março, conforme acordo feito em julho de 2021.
Após operar durante boa parte do dia em alta, o dólar fechou o pregão com leve desvalorização de 0,06%, cotado a R$ 5,26, com os investidores em compasso de espera pela decisão do Copom, que só foi divulgada após o fechamento do pregão.
O dia na Bolsa
Maiores altas da Bolsa
| Empresa | Código | Variação |
| Positivo | POSI3 | +3,14% |
| Cielo | CIEL3 | +2,17% |
| Qualicorp | QUAL3 | +1,66% |
| Rede D'Or | RDOR3 | +1,28% |
| Bradespar | BRAP4 | +1,19% |
Maiores altas da Bolsa
| Empresa | Código | Variação |
| Banco Inter | BIDI11 | -9,72% |
| IRB Brasil | IRBR3 | -9,04% |
| BRF | BRFS3 | -7,91% |
| Banco Pan | BPAN4 | -7,53% |
| Magazine Luiza | MGLU3 | -6,70% |
Estados Unidos: bolsas fecham em alta
Mais cedo, o mercado americano conheceu os dados da Variação de Empregos Privados (ADP, na sigla em inglês), que é considerada uma prévia do payroll, que será divulgado na próxima sexta-feira, 4. O setor privado dos EUA eliminou 301 mil empregos em janeiro. O resultado frustrou a expectativa dos analistas, que previam a geração de 200 mil pontos de trabalho no último mês. Este é o primeiro corte de vagas registrado desde dezembro de 2020.
No entanto, mesmo com os números negativos, as bolsas americanas fecharam em alta, refletindo a boa temporada de balanços corporativos no país. Em análise, o BTG Pactual Digital destaca que, na véspera, a Alphabet divulgou que registrou lucro líquido de US$ 20,64 bilhões (US$ 30,69 por ação), uma alta de 35,5%, e receita de US$ 75,33 bilhões, avanço de 32,3%, acima do esperado pelo mercado. A empresa também anunciou desdobramento de ações.
Além disso, a General Motors (GM) anunciou que obteve lucro de US$ 1,74 bilhão (US$ 1,16 por ação) entre outubro e dezembro do ano passado, o que representa uma queda de 40% na comparação anual. A receita foi de US$ 33,6 bilhões, baixa de 10,5% na comparação trimestral.
Fechamento dos principais índices acionários americanos
- Dow Jones: alta de 0,63%
- S&P 500: alta de 0,94%
- Nasdaq 100: alta de 0,80%