Empresas perdem R$ 284 bilhões na Bolsa nesta semana; Petrobras encolheu R$ 24 bilhões
Setor de petróleo foi o que registrou o maior prejuízo, o de bancos vem logo atrás
Não foi um tranco qualquer, nem apenas um mau-humor do mercado, as quedas da Bolsa nessa semana se traduzem em pesadas perdas. Em valor de mercado, as empresas listadas na B3 perderam nada menos que R$ 284 bilhões, em quatro pregões, segundo estudo feito pela plataforma Economatica.
De um total de R$ 4,984 trilhões registrado no dia 18, segunda-feira, o valor das ações terminou o pregão desta quinta-feira em R$ 4,700 trilhões.
O setor que amargou o maior prejuízo foi o de exploração, refino e distribuição de petróleo, com um encolhimento de R$ 40,336 bilhões, ou 14% do total do mercado. E no topo dessa lista de perdas das empresas está a Petrobras, com uma redução de R$ 24,153 bilhões. A petroleira valia R$ 389,633 bilhões no dia18 sozinha, já na quinta-feira era avaliada pelo mercado por R$ 365,579, vendo o seu valor de mercado evaporar 6,2% nessa semana.
Em relação às perdas totais do mercado, o prejuízo de Petrobras correspondeu a 8,5%.
Bancos e mineradoras também têm fortes prejuízos na Bolsa
Para o setor financeiro, o período foi igualmente negativo, com redução de R$ 32,222 bilhões no total do patrimônio em mercado. O BTG Pactual registrou uma queda de R$ 5,104 bilhões, seguido pelo Bradesco, com R$ 4,273 bilhões. Santander vem logo atrás e entra também na relação de maiores prejuízos, com redução de R$ 4,106 bilhões, colado no Banco Inter, com redução de R$ 3,988 bilhões.
A retração no setor de mineradoras também foi expressiva e ocupou a terceira posição, com perdas de R$ 28,976 bilhões. E aí aparece na liderança a Vale, com recuo de R$ 23,979 em seu valor de mercado, se posicionando como a segunda maior perda, só atrás de Petrobras.
Serviços médico-hospitalares aparece na quarta colocação com perdas de R$ 21,306 bilhões, com destaque para as ações da Rede D'Or, que valiam R$ 128,834 bilhões na segunda e terminaram a quinta em R$ 120,751, com um recuo de R$ 8,082 bilhões. Intermédica também compõe a lista, com perdas de R$ 3,695 bilhões.
O setor de energia elétrica perdeu R$ 19,857 bilhões, sendo puxado especialmente pelos papéis de Eletrobras, que tiveram uma queda de R$ 6.883 bilhões.