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Fundos de Investimentos

DIVO11: conheça o ETF de dividendos da B3

Uma das estratégias favoritas dos investidores brasileiros é a técnica de explorar o recebimento de dividendos. Isto é, investir em empresas (ou outros ativos) que ofereçam…

Data de publicação:23/11/2022 às 05:00 -
Atualizado um ano atrás
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Uma das estratégias favoritas dos investidores brasileiros é a técnica de explorar o recebimento de dividendos. Isto é, investir em empresas (ou outros ativos) que ofereçam pagamentos periódicos (sendo eles mensais ou não) para a sua carteira. E você sabia que existe um ETF na bolsa de valores que oferece essa exposição de forma simplificada?

Gráfico de rentabilidade DIVO11 - fonte: Mais Retorno.

Estamos falando do DIVO11, um ETF que tem como base justamente a composição de uma carteira de ações cujas empresas são boas pagadoras de dividendos. Neste artigo, você vai entender melhor como funciona esse produto e, claro, quais são os pontos positivos e os riscos de investir nele.

O que é o DIVO11?

O DIVO11 é o ticker (código de negociação) do It Now IDIV Fundo de Índice, um ETF que é gerenciado pelo Banco Itaú na bolsa de valores. A taxa de administração cobrada é de 0,5% ao ano.

Vale destacar, caso você ainda não tenha tanta intimidade com o mercado financeiro, que ETF é uma sigla para Exchange Traded Funds (fundos negociados em bolsa). Eles nada mais são do que produtos de renda variável que visam replicar uma carteira teórica. Sem essa ferramenta, o investidor não teria como replicar um índice no seu portfólio.

No caso do DIVO11, esse índice é o IDIV (Índice Dividendos). A sua função é replicar uma carteira teórica que reúne as principais empresas pagadoras de dividendos dentro do contexto da bolsa de valores do Brasil.

O que são dividendos?

E o que são esses dividendos que representam o pilar da estratégia? Em suma, trata-se de uma parte do lucro líquido que uma empresa obtém em um determinado período que será compartilhado com os seus acionistas. Ou seja, uma simples distribuição dos seus ganhos.

Um dos grandes atrativos de empresas que pagam dividendos está no fluxo de caixa que elas geram aos seus investidores. Isso porque os acionistas recebem esse dinheiro na sua conta, para fazer o que bem entender com ele, sem necessariamente ter que vender as suas ações.

Além disso, essa prática costuma atrair muitos fãs na medida em que a Pessoa Física pode receber essa distribuição de lucro sem pagar Imposto de Renda. Há outra metodologia de compartilhar ganhos que as empresas podem recorrer, mas na qual há tributação (juros sobre o capital próprio).

Outro ponto atrativo é que, ao menos geralmente, empresas que pagam mais dividendos costumam ser mais robustas. Podemos dizer que, ao menos em teoria, a carteira teórica do IDIV acaba concentrando companhias consolidadas e "menos arriscadas" (entre aspas porque, afinal, todo investimento contém riscos).

Qual é a carteira teórica do DIVO11?

Agora que você já está mais ambientado com o DIVO11, o universo dos ETFs e os atrativos de uma estratégia focada em dividendos, quais seriam então as empresas na quais você investiria ao comprar uma cota desse fundo hoje?

Em primeiro lugar, reforçamos que o objetivo do DIVO11 é seguir a carteira teórica do Índice Dividendos (IDIV). Portanto, o que o time de gestão precisa fazer é comprar os ativos nos respectivos pesos que a metodologia do índice sugere.

No caso específico do IDIV, são consideradas aquelas empresas que estejam entre as 33% companhias que mais pagaram dividendos no período dos últimos três anos (36 meses), com ponderação de peso. Isto é, quanto maiores os pagamentos, maior também será o peso da organização na carteira teórica do índice.

Em novembro de 2022, essas eram as principais posições do DIVO11 — entre parênteses estão os seus respectivos pesos:

  • Vale (9,71%)
  • Petrobras (8,11%)*
  • Eletrobras (6,45%)*
  • BB Seguridade (5,05%)
  • Bradesco (4,99%)*
  • Gerdau (4,58%)
  • Vivo Telefônica (4,40%)
  • B3 (4,36%)
  • JBS (3,90%)
  • Cemig (3,88%)
  • Copel (3,56%)*
  • Itaúsa (3,50%)
  • Banco do Brasil (3,42%)
  • Engie (2,61%)
  • Santander (2,54%)

*Somando as distribuições de dividendos tanto de ações ordinárias, como também das suas ações preferenciais. Você pode consultar a divisão na página oficial do IDIV.

Quais são as vantagens do DIVO11?

Investir em empresas que são consideradas boas pagadoras de dividendos pelo DIVO11 traz uma grande vantagem que é a praticidade. Ao montar uma carteira com companhias desse perfil, afinal, o ETF consegue reunir as principais referências no indicador de Dividend Yield de forma simples, sem ter que comprá-las individualmente, uma por uma.

Outro ponto que pode ser considerado como positivo é o próprio perfil do índice. Como as empresas são consolidadas a ponto de distribuir lucros de forma recorrente, espera-se que elas sejam menos voláteis. Você mesmo viu que a lista de companhias reúne negócios dos setores financeiro e de utilidades — que possuem características mais defensivas.

Por fim, temos ainda o benefício de um baixo custo em relação aos fundos de ações tradicionais. Enquanto o DIVO11 cobra apenas 0,5% ao ano, outros produtos do setor possuem um custo de 2,0% ao ano. Isso acontece por conta da estratégia: um ETF precisa apenas seguir uma carteira teórica, sem se preocupar tanto com a avaliação dos ativos em si.

Quais são as desvantagens do DIVO11?

Por outro lado, assim como é comum no mercado de ETFs, o DIVO11 tem alguns pontos negativos. A começar pelo fato de que você não participa da seleção dos ativos. Ou seja, precisa aceitar na sua carteira todo pacote de empresas que estão na carteira teórica do IDIV — sejam elas boas ou não.

Outro ponto negativo, que vamos explicar melhor no próximo tópico, é que o DIVO11 não paga os dividendos diretamente na sua conta. Isso significa que você não tem liberdade para usar os recursos, que são reinvestidos no próprio ETF.

O DIVO11 vai me pagar dividendos?

Por fim, uma dúvida muito comum entre os investidores está no pagamento de dividendos por parte do DIVO11. Apesar da estratégia ser justamente essa, você não vai receber qualquer tipo de pagamento na sua conta.

O que acontece é que, por estrutura, os ETFs não distribuem os dividendos, mas isso não significa que eles não recebam enquanto acionistas. Na prática, eles já realizam o processo de reinvestir automaticamente no próprio DIVO11, aumentando a participação sem precisar que você o faça manualmente.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.

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