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Economia

Contas externas: Investimento Direto no País soma US$ 4,588 bi em novembro, diz BC

Setor externo tem déficit de U$ 6,5 bilhões em novembro

Data de publicação:22/12/2021 às 14:10 -
Atualizado 3 anos atrás
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Entre todas as contas externas, os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 4,588 bilhões em novembro, informou nesta quarta-feira, 22, o Banco Central. No mesmo período do ano passado, o montante havia sido de US$ 2,332 bilhões.O resultado ficou acima do intervalo das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 1,651 bilhão a US$ 4,410 bilhões, com mediana de US$ 3,80 bilhões.

Já o Banco Central esperava ingressos de US$ 3,9 bilhões no mês passado.

contas externas
BC divulga números das contas externas em novembro - Foto: Envato

Acumulado

No acumulado do ano até novembro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 50,378 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 52 bilhões.

A projeção foi atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) deste mês.

No acumulado dos 12 meses até novembro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 51,478 bilhões, o que representa 3,20% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimento em ações

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 22 milhões em novembro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 6,070 bilhões. No acumulado do ano até novembro, o saldo ficou positivo em US$ 6,241 bilhões.

Já o investimento líquido em fundos de investimentos no Brasil ficou positivo em US$ 122 milhões em novembro. No mesmo mês do ano passado, ele havia sido negativo em US$ 555 milhões. Nos 11 primeiros meses do ano, os fundos registram saídas líquidas de US$ 319 milhões.

O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 833 milhões em novembro. No mesmo mês do ano passado, havia ficado positivo em US$ 1,357 bilhão. No acumulado de 2021 até novembro, o saldo em renda fixa ficou positivo em US$ 17,684 bilhões.

Taxa de rolagem

A taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 152% em novembro, informou ao BC falar em contas externas do País. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade mais que suficiente para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou abaixo do verificado em novembro do ano passado, quando a taxa havia sido de 181%.

De acordo com os números apresentados nesta quarta pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 22% em novembro. Em igual mês de 2020, havia sido de 175%. Já os empréstimos diretos atingiram 170% no mês passado, ante 183% de novembro do ano anterior.

No acumulado do ano até novembro, a taxa de rolagem total ficou em 128%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 101% e os empréstimos diretos, de 137% no período.

Setor externo tem déficit de US$ 6,522 bi

O resultado das transações correntes ficou negativo em novembro deste ano, em US$ 6,522 bilhões. Este foi o pior desempenho para meses de novembro desde 2014, quando o saldo foi negativo em US$ 9,802 bilhões.

O número de novembro ficou dentro do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que tinha intervalo de déficit de US$ 8,60 bilhões a rombo de US$ 3,418 bilhões (mediana negativa em US$ 6,75 bilhões). O BC projetava para o mês passado déficit de US$ 7,8 bilhões na conta corrente.

Pela metodologia do Banco Central, a balança comercial registrou saldo negativo de US$ 2,535 bilhões em novembro, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 1,590 bilhão. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 2,679 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 6,487 bilhões.

Acumulado

No acumulado dos 11 primeiros meses do ano, o rombo nas contas externas soma US$ 22,384 bilhões. A estimativa atual do BC é de déficit na conta corrente de US$ 30 bilhões em 2021. A projeção foi atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) deste mês.

Nos 12 meses até novembro deste ano, o saldo das transações correntes está negativo em US$ 30,842 bilhões, o que representa 1,92% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse é o maior déficit em proporção do PIB desde setembro de 2020, quando o acumulado em 12 meses ficou em 2,03%.

Lucros e dividendos

A rubrica de lucros e dividendos do balanço de pagamentos apresentou saldo negativo de US$ 1,895 bilhão em novembro, informou o Banco Central. A saída líquida é superior ao montante de US$ 1,638 bilhão que deixou o Brasil em igual mês do ano passado, já descontadas as entradas.

No acumulado dos 11 primeiros meses do ano, houve saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos, de US$ 25,279 bilhões. A expectativa do BC é de que a remessa de lucros e dividendos de 2021 some US$ 27 bilhões. A projeção foi atualizada no RTI deste mês.

O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 793 milhões em novembro, ante US$ 853 milhões em igual mês do ano passado. No acumulado do ano até novembro, essas despesas alcançaram US$ 18,376 bilhões.

Dívida externa

A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em novembro é de US$ 322,456 bilhões. Segundo a instituição, o ano de 2020 terminou com uma dívida de US$ 310,807 bilhões.

A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 251,174 bilhões em outubro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 68,887 bilhões no fim do mês passado.

Fluxo cambial m dezembro está negativo em US$ 6,261 bi

O fluxo cambial total no País está negativo em US$ 6,261 bilhões em dezembro até o dia 17. A cifra é resultado de um fluxo comercial positivo de US$ 859 milhões e de um fluxo financeiro significativamente negativo de US$ 7,120 bilhões no período.

Na conta comercial, ocorreram em dezembro até o dia 17 importações de US$ 11,253 bilhões e exportações de US$ 12,112 bilhões. Dentro das exportações foram US$ 1,251 bilhão de Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,763 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 8,098 bilhões em demais operações.

Na conta financeira, ocorreram no período entradas de US$ 42,981 bilhões e saídas de US$ 50,101 bilhões.

A posição dos bancos no mercado à vista passou de vendida em US$ 14,956 bilhões no fim de novembro para vendida em US$ 18,193 bilhões em dezembro até o dia 17.

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