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Mercado Financeiro

Conheça as 5 fases da bolsa de valores e a importância de cada uma delas

Data de publicação:02/05/2023 às 12:47 -
Atualizado um ano atrás
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Que a economia é cíclica, talvez não seja nenhuma novidade para você. No entanto, a maior parte das pessoas entende que esses ciclos se dividem em dois grandes períodos: o ciclo de alta, quando os investidores estão otimistas e dispostos ao consumo; e o ciclo de baixa, período de maior preocupação, piora dos indicadores e instalação do ambiente de crise.

bolsa
foto: reprodução

Na realidade, entretanto, quando pensamos na bolsa de valores e no mundo dos investimentos, nós temos cinco grandes ciclos. É sobre isso que vamos falar no artigo de hoje e como o entendimento de cada um desses períodos pode ajudá-lo a tomar melhores decisões em relação ao seu patrimônio.

Os 5 ciclos da bolsa de valores

Nenhum ciclo é eterno — inclusive, esse é justamente o motivo pelo qual ele recebe esse nome de "ciclo". Momentos positivos e negativos da economia se alternam desde sempre e é necessário saber lidar com eles.

Contudo, o investidor que se aprofunda na compreensão de cada fase dos investimentos pode estar um passo à frente dos demais, algo fundamental nos resultados que serão obtidos no longo prazo.

Hoje, você vai conhecer os 5 ciclos da bolsa de valores e como eles podem impactar a sua decisão de investimentos. São eles:

  1. Absorção
  2. Acumulação (ou distribuição) 
  3. Teste de oferta e demanda
  4. Spike
  5. Spike Channel

1. Absorção

Vamos começar falando sobre o ciclo de absorção da bolsa de valores que, em resumo, recebe esse nome porque ele representa um momento no qual os chamados "grandes players" do mercado precisam absorver a demanda dos investidores gerais.

Aqui estamos falando principalmente de investidores institucionais, como os fundos de investimentos. Eles recebem, afinal, aportes de milhares de investidores os quais, a depender do momento econômico, oferecem um comportamento em massa de compra e venda.

Quando há otimismo e a bolsa de valores apresenta um movimento de alta, por exemplo, é comum que muitos investidores queiram comprar ativos. O mesmo pode ocorrer na direção contrária em períodos de recessão, forçando resgates.

Independente de qual é a direção desse movimento de massa dos investidores, cabe aos fundos a execução dessa solicitação — seja ela de compra ou venda. Portanto, nesta etapa, os grandes players simplesmente absorvem a demanda dos seus investidores e, pelo volume financeiro que representam, acabam influenciando de maneira direta o mercado.

Por essa característica, é comum que a fase de absorção também apresente os topos (em momentos positivos) ou fundos (em momentos negativos) do mercado financeiro. Temos, portanto, um cenário de pânico ou euforia ao final do ciclo de absorção.

2. Acumulação ou distribuição

Apesar de muitos dos pequenos investidores utilizarem dos grandes players como forma de investir na bolsa de valores, há uma importante diferença estratégica entre ambos após a fase de absorção.

A verdade é que investir é um exercício pouco intuitivo. O segredo está, na enorme maioria das vezes, em ter o comportamento oposto ao que fazem as grandes massas. Isto é, comprar em períodos de baixa (quando a massa está vendendo seus ativos) e vender em períodos de alta (quando a massa está comprando ativos).

Esse movimento oposto é o que buscam os grandes players, justamente o que concede uma vantagem competitiva no longo prazo. Em outras palavras, é assim que eles fazem dinheiro, pois esse comportamento permite que eles comprem na baixa, quando os preços estão baixos, e vendam na alta.

Esse ciclo pode ser chamado de acumulação, quando o grande investidor está comprando, ou de distribuição, quando ele está vendendo. De certa forma, é um movimento de antecipação: a compra ou venda acontece já pensando no próximo ciclo econômico.

3. Teste de oferta e demanda

Você provavelmente já ouviu falar na lei da oferta e demanda (ou oferta e procura). Ela também aparece nos ciclos da bolsa de valores, mas com um propósito específico: a observação dos mercados.

Nesta fase, os grandes players já tomaram a sua posição no mercado. Em outras palavras, eles já compraram os ativos que desejavam ou venderam também aqueles que entendiam estar caros e supervalorizados. Agora, é o momento em que eles adotam uma postura de cautela e aguardam os movimentos do mercado.

Aqui, podemos ter dois cenários. O primeiro é de que outros grandes players, ainda maiores, sigam comprando ou vendendo ativos. Por outro lado, o mercado pode estar em um momento maduro, em que há esgotamento dos grandes movimentos de compra e venda.

Esse ciclo de observação é chamado de teste de oferta e demanda justamente porque o foco está em compreender essa relação. Ou seja, se ainda há demanda ou oferta disponível ou se o mercado financeiro apresenta uma estabilização, representando assim a chegada da próxima etapa.

4. Spike

A quarta fase da bolsa de valores é chamada de Spike. Lembra de todo movimento de antecipação dos grandes players, comprando e vendendo como forma de se preparar para um novo cenário?

É na etapa do Spike que esse ciclo se inverte. Ou seja, os grandes investidores forçam a inversão da bolsa de valores, condicionando os preços na direção que eles desejam.

Para isso, eles fazem um último movimento contrário, que serve para estimular a ação da grande massa de investidores. Ou seja, eles buscam esgotar em definitivo a oferta ou a demanda existente para gerar um gatilho para inversão do ciclo.

Com o mercado caminhando na direção desejada, os grandes players podem executar a sua estratégia. Na fase de acumulação, por exemplo, a grande massa percebe que é hora de voltar a comprar. No entanto, lembre-se, que os investidores institucionais encheram os bolsos em compras e, quando os preços aumentam, eles representam lucro.

O mesmo processo ocorre se a etapa anterior foi de distribuição, mas invertido. Isto é, após vender muitos ativos em um momento de alta, é a hora que o mercado começa a fugir da renda variável e os preços despencam.

A fase de Spike é marcada não apenas pela inversão do movimento dos preços, mas principalmente pela sua intensidade. Esse ciclo é forte e rápido.

5. Spike Channel

Finalmente, temos a última fase dos ciclos da bolsa de valores que é chamado de Spike Channel. Em resumo, ele representa uma continuidade do ciclo anterior em que as pessoas seguem comprando ou vendendo no novo rumo definido para os preços, gerando a sensação de otimismo ou pessimismo do mercado financeiro.

O principal ponto de diferenciação em relação à quarta fase (Spike) é que, agora, os grandes investidores já realizaram boa parte da sua estratégia e garantiram o seu lucro. E passa então a se preparar para a inversão do cenário, voltando então para a fase de absorção e reiniciando o ciclo inteiro.

Conclusão: aprenda com os ciclos da bolsa de valores

Gostou de conhecer as cinco fases do mercado? Note que a estratégia utilizada pelos grandes players não se diferencia apenas pelo montante investido, mas principalmente pela leitura do mercado.

É neste ponto que você, como investidor, pode se diferenciar da maioria. Compre e venda junto com os grandes players — e não seguindo os demais pequenos investidores, fugindo assim do efeito manada. No longo prazo, quem consegue seguir essa estratégia, vai obter uma excelente rentabilidade.

Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.

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