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Ações do Carrefour Brasil disparam com a compra do Grupo Big
Empresa

Compra do Big pelo Carrefour é encaminhada à análise do tribunal do Cade

Foi negociado Acordo em Controle de Concentrações entre as partes envolvidas na operação

Data de publicação:25/01/2022 às 17:44 -
Atualizado 3 anos atrás
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A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou nesta terça-feira, 25, que encaminhou para análise do tribunal da autarquia a aquisição do Grupo Big Brasil pelo Atacadão, afiliada brasileira do Grupo Carrefour, e recomendou aos conselheiros que o negócio seja aprovado "mediante a adoção de remédio negociado com as empresas, que mitiga riscos concorrenciais decorrentes da operação".

O negócio foi anunciado pelo Carrefour em março, por R$ 7,5 bilhões, e notificado ao Cade em julho do ano passado. A operação envolve a aquisição, pelo Carrefour, de 386 unidades de varejo de autosserviço, 15 postos de combustíveis e 11 centros de distribuição para realizar atividades atacadistas do Big.

big carrefour
Cade considera que a operação não tem potencial para gerar preocupações na concorrênica - Foto: Arquivo

Segundo parecer da Superintendência, as empresas do negócio são atualmente concorrentes em três mercados: comércio varejista de autosserviço (envolvendo supermercado, hipermercado, atacarejos e clubes de compras); atacado de distribuição de produtos primordialmente alimentícios e outros bens; e revenda de combustíveis no varejo.

Em nota, o departamento explica que a análise realizada demonstra que, em um cenário pós-operação, a operação não tem potencial de gerar preocupações concorrenciais nos mercados de atacado de distribuição e de postos de combustíveis. Também em relação ao setor de varejo de autosserviço, a Superintendência afastou riscos concorrenciais na maioria dos mercados relevantes.

Cade fará novas análises no processo

"Contudo, para uma pequena parcela de mercados envolvidos nesse setor, não foram verificados elementos suficientes para descartar a probabilidade de exercício de poder de mercado por parte das empresas envolvidas no negócio, mesmo após avaliação de possíveis eficiências que pudessem compensar os efeitos negativos decorrentes da operação", diz a nota.

"Assim, para mitigar os problemas concorrenciais identificados na análise do ato de concentração, a SG/Cade negociou com as partes um Acordo em Controle de Concentrações (ACC) por meio do qual estão previstos remédios estruturais e comportamentais", completa.

Pela proposta, o acordo prevê o desinvestimento de algumas unidades de varejo de autosserviço, "além de compromissos comportamentais relacionados à não concorrência e à manutenção da viabilidade econômica das unidades desinvestidas até a efetiva transferência dos negócios".

O processo agora será avaliado pelos conselheiros do Tribunal do Cade, responsável pela decisão final, acatando ou não a recomendação da Superintendência.

O Cade dispõe de até 240 dias, prorrogáveis por mais 90, para concluir a apreciação de atos de concentração. O órgão informa que o prazo legal para conclusão da análise da operação envolvendo o Grupo Big passou a contar a partir de 12 de julho de 2021./Agência Estado

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