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Mercado Financeiro

Com 'nova fase do bitcoin', empresas de cripto testam abertura de capital nos EUA

As ações de empresas de criptomoedas de capital aberto, como Coinbase Global, Marathon Digital e Riot Platforms, dispararam este ano

Data de publicação:11/05/2023 às 11:03 -
Atualizado um ano atrás
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A recuperação do mercado em 2023 vem permitindo que empresas de criptomoedas considerem uma possibilidade que parecia fora de questão há apenas seis meses: abrir capital.

Reportagem do jornal Wall Street Journal conta a história da Bitdeer Technologies, empresa de mineração de bitcoin, que teve suas ações listadas na Nasdaq no mês passado, por meio de fusão com uma sociedade de aquisição de propósito específico, ou SPAC.

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Bom momento do Bitcoin inspira aberturas de capital

A empresa de tecnologia blockchain Chia Network foi outra que deu mais um passo em direção à abertura de capital, e as empresas de mineração em nuvem BitFuFu e de máquinas de criptomoedas Bitcoin Depot trabalham em planos de abrir o capital por meio de SPACs.

A corrida de pequenas empresas do segmento de criptomoedas para o mercado de ações parecia um tiro no escuro no início de 2023, já que o segundo semestre de 2022 foi marcado por falências e queda nos preços do bitcoin, do ether, entre outras moedas digitais.

No entanto, neste ano, observa-se a recuperação sustentada nos ativos de maior risco em todos os mercados, de cripto a ações de tecnologia, em parte graças ao pico das taxas de juros de longo prazo, cujo aumento no ano passado abalou Wall Street. A crise bancária iniciada em março alimentou nova alta nas moedas digitais, levantando mais questionamentos sobre a fragilidade da economia e dos mercados financeiros.

As ações de empresas de criptomoedas de capital aberto, como Coinbase Global, Marathon Digital e Riot Platforms, dispararam este ano.

Embora críticos afirmem que os ganhos com criptomoedas e segmentos de risco devem ter vida curta devido à determinação declarada do Federal Reserve de manter as taxas de juros de curto prazo no nível mais alto em mais de uma década, muitos competidores apostam que o bom momento pode continuar.

"Há muitas empresas em estágio avançado buscando liquidez de saída", disse Matt Hougan, diretor de investimentos da Bitwise Asset Management, empresa de investimentos em criptomoedas. "Se o mercado continuar operando como nos últimos quatro meses, o atual fluxo de IPOs poderá se transformar em um fluxo constante".

Não se sabe até quando vai durar essa segunda chance. A expectativa é de que as taxas de juros permaneçam altas por algum tempo, tornando instrumentos monetários, como as letras do Tesouro, uma opção atraente para investidores, com garantia de altos rendimentos e segurança.

Os reguladores permanecem céticos em relação ao setor, e parece iminente um confronto com a Coinbase Global, de capital aberto, a maior bolsa de criptomoedas dos EUA.

Os preços das criptomoedas permanecem muito abaixo das máximas de 2021, e algumas empresas que abriram o capital foram fortemente atingidas, como a Bitdeer, cujas ações perderam 41% desde a estreia.

Ainda assim, o CEO Matt Linghui Kong disse que abrir o capital foi a escolha certa para a Bitdeer, com sede em Cingapura. "Estamos concentrados na sustentabilidade do nosso negócio no longo prazo", disse ele.

Outras estreias recentes no segmento tiveram resultados melhores. O Intchains Group, designer de chips para aplicativos blockchain com sede na China, estreou na Nasdaq por meio de um IPO tradicional em março. De lá para cá, as ações subiram 14%.

A volatilidade do mercado de ações e a incerteza macroeconômica impediram algumas empresas de abrir o capital este ano, apesar de algum sinal de vida no setor. Ao todo, 61 empresas captaram US$ 8,3 bilhões por meio de IPOs tradicionais e SPACs este ano até sexta-feira, em comparação com os US$ 15 bilhões captados por 102 empresas durante o mesmo período do ano passado, segundo a Dealogic.

A abertura de capital pode dar às empresas de criptomoedas acesso a uma nova fonte de recursos: grandes grupos de investidores pessoas físicas e institucionais que não investem em empresas fechadas. Essa possibilidade pode ser especialmente importante agora, que o financiamento de capital de risco para projetos de criptomoedas em estágio avançado diminuiu.

A comissão de valores mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) enfrenta dificuldades para regular a maioria das criptomoedas e as plataformas que as negociam. O órgão regulador processou várias empresas de criptomoedas por supostamente vender títulos não registrados. Muitas empresas alegam que não vendem ou negociam títulos.

A Chia Network tentou se distanciar das criptomoedas em sua apresentação de IPO. A empresa disse, no mês passado, ter entregue um rascunho de registro à SEC para uma proposta de IPO.

"Somos uma empresa de software corporativo", disse o CEO Gene Hoffman. "Não somos uma empresa de criptomoedas".

A empresa administra um blockchain que tem uma criptomoeda nativa, a Chia. Segundo Hoffman, o token não é um título, já que a empresa nunca o vendeu em troca de dinheiro.

Hoffman disse que a Chia Network tem interesse em distribuir o token em algum momento. Abrir o capital pode ajudar a esclarecer a "confusão ou hesitação do mercado", disse.

Alex Felix, diretor de investimentos da empresa de ativos digitais CoinFund, disse que poderia incentivar as empresas do portfólio de sua empresa a abrir o capital, caso demonstrem ter um caminho claro de crescimento, além de fundamentos fortes.

"Esse não foi um tema de discussão em 2023 para as empresas do nosso portfólio, mas, com certeza, será para 2024 e 2025", afirmou.

Sobre o autor
Renato Jakitas
Editor-chefe do Portal Mais Retorno.

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