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Mercado Financeiro

Bolsa valoriza 6,16% e é lider em ganhos em maio; dólar fica em último

O Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, valorizou-se 6,16% em maio e ocupou o primeiro posto na lista…

Data de publicação:01/06/2021 às 05:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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O Índice Bovespa (Ibovespa), principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, valorizou-se 6,16% em maio e ocupou o primeiro posto na lista das aplicações mais rentáveis do mês. É a maior valorização mensal desde a de 9,3% de dezembro de 2020. A alta acumulada no ano, porém, está em 6,05%, ligeiramente abaixo da valorização do mês.

Em segundo lugar ficou o ouro, com alta de 3,44%. Bolsa de valores e ouro foram os únicos que renderam acima da inflação medida pelo IGP-M de 4,10%, que é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Mercado: Bolsa oscila entre perdas e ganhos; dólar cai
No ranking das aplicações, bolsa ocupa primeiro lugar com alta de 6,16% em maio

Na parte de baixo da tabela, a última posição foi ocupada pelo dólar, que acumulou desvalorização de 3,87%. Apesar de novo resultado negativo no mês, a moeda americana acumula valorização residual de 0,70% no ano.

Para especialistas, maio terminou mais positivo do que as expectativas iniciais sugeriam para o mês. Ariane Benedito, economista da CM Capital, afirma que uma combinação de fatores beneficiou o mercado financeiro, como a alta dos preços da commodities no exterior, bons dados nos balanços corporativos do trimestre e expectativa de um cenário mais favorável à retomada de atividade com o avanço de vacinação.

A valorização dos preços das commodities, principalmente de minério de ferro e aço, beneficiou as companhias exportadoras, como a Vale, que influencia o comportamento da bolsa e têm forte participação na composição do Ibovespa.

Fontes de preocupação

A expectativa para junho continua positiva, de acordo com Ariane, mas ela não deixa de apontar as preocupações do mercado com a terceira onda de coronavírus. A principal dúvida, para ela, está relacionada às medidas que os governos, sobretudo de Estados e municípios, podem adotar para o combate à pandemia. “Medidas como lockdown podem interromper a recuperação de atividade e gerar uma reação negativa dos mercados.” Outro ponto importante, aponta, é o ritmo de vacinação, que continua lento.

Mais uma fonte de preocupação dos mercados é a crise no setor de energia elétrica, em que a adoção da bandeira vermelha, com reajuste adicional na conta de luz, pode impactar negativamente o resultado das empresas. Ariane afirma que, embora veja o fenômeno como sazonal, não se notam ainda as empresas do setor precificando a crise.

A economista da CM Capital considera que dois dados que serão conhecidos neste início de mês podem moldar o sentimento dos investidores e desenhar o cenário para o mercado financeiro para este mês, que, para ela, começa com tom positivo. O primeiro é o resultado do PIB do primeiro trimestre que o IBGE divulga às 9h desta terça-feira, 1º de junho. O segundo são os dados do nível de emprego e renda que serão divulgados nos Estados Unidos na sexta-feira.

A expectativa do mercado é que os números apontem uma alta em torno de 0,50% do PIB brasileiro no primeiro trimestre, resultado que animaria o mercado, avalia Ariane, que prevê uma expansão de 4% para o indicador em 2021. “Os dados que indiquem perspectiva positiva para a atividade econômica no País podem ser determinantes para a trajetória dos mercados no mês.”

Outro ponto de atenção ao mercado é uma eventual extensão do auxílio emergencial, se houver agravamento da pandemia, com a terceira onda do coronavírus. “Se for adotada a prorrogação, as preocupações com a questão das contas públicas voltam ao radar do mercado financeiro, porque potencializa o déficit fiscal.”

Bolsa é a 1ª no balanço de maio

Confira quanto renderam as aplicações em maio, de acordo com os cálculos do administrador de investimentos Fabio Colombo. Além de dados coletados no coinmarketcap.com.

Aplicação                                                                          Rendimento (%)

1º) Bovespa                                                                              6,16

2º) IGP-M                                                                                 4,10

3º) Ouro                                                                                   3,44

4º) Títulos IPCA                                                                        0,82/0,92*

5º) IPCA                                                                                    0,71**

6º) Fundos DI                                                                            0,25/0,35***

7º) Fundos de renda fixa                                                         0,24/0.34***

8º) CDB                                                                                      0,22/0,32***

9º) Poupança                                                                             0,16

10º) Euro                                                                                  - 2,18

11º) Dólar                                                                                 - 3,81

12º) Bitcoin -35,21 ;

Obs.:  * indicativo

           ** estimativa

          *** média

Sobre o autor
Tom Morooka
Colaborador do Portal Mais Retorno.