Casa de análise Cripto Nosy deve ser lançada em maio por sócio do Amur Capital

Leandro Marchioretto, sócio-fundador do escritório de investimentos Amur Capital, está encabeçando a criação da Nosy, casa de análise independente especializada em ativos digitais. Juntos a ele estão Gustavo Faria, que vai liderar a operação, e Bruna Ribeiro, responsável pela área de marketing.

O plano é começar a funcionar no início de maio com um braço de educação sobre criptoativos, carteira recomendada, produção de relatórios e plataforma para a comunidade de usuários. 

"O BTG [corretora em que a Amur é credenciada] colocou cripto na plataforma através da Mynt e começamos a operar com alguns clientes. Vimos que a aderência do investidor brasileiro a cripto é enorme", diz Marchioretto. Estimativas de mercado apontam que 10 milhões de brasileiros têm alguma criptomoeda.

A referência no conteúdo da casa será Gustavo Faria, que vem de quatro anos como assessor de investimentos e está há dois no mundo cripto. A visão dele é que 2023 é um ano de acumulação para os investidores do setor, com a perspectiva de um ciclo de alta mais provável para o ano que vem.

O que trava, essencialmente, são as condições macro, segundo Faria. "Os indicadores da rede blockchain, os volumes de transações e outros dados dão sinais de que estamos nos estágios iniciais de um bull market. Ainda não terminou o ciclo de alta dos juros americanos, então ainda podemos ter correções nos preços, mas quando estabilizar podemos esperamos que o mercado cripto vai destravar", diz.

Para a carteira inicial, Faria selecionou ativos considerados conservadores para os parâmetros de cripto. Cerca de 75% de exposição a bitcoin e ethereum, os dois projetos mais consolidados, e o restante distribuído nas moedas chamadas alternativas polygon, chainlink, uniswap e polkadot.

O objetivo da Nosy é alcançar mil usuários até o fim do ano. A estratégia passa pela ativação da marca online, e a parceria com possíveis embaixadores da empresa é cogitada, mas com o cuidado para não associar o nome com "influencers que só querem vender curso". Para além disso, há a promessa de oferecer suporte aos assinantes, de acordo com Bruna Ribeiro, com objetivo de fortalecer o senso de comunidade entre eles. / AGÊNCIA ESTADO