Bolsa recua 1,45%, terceira queda seguida, a 98 mil pontos, menor nível desde novembro de 2020
Pregão contou com giro financeiro de R$ 24,7 bilhões e acabou influenciado pelas quedas da Vale e da Petrobras
O Ibovespa fechou esta quinta-feira, 23, em queda de 1,45%. É o quinto dia que o índice fica abaixo de 100 mil pontos e o terceiro recuo consecutivo do principal índice da Bolsa, que fechou o pregão a 98.080 pontos, nesse que é o menor nível desde novembro de 2020.
O dólar comercial, por sua vez, terminou o dia em alta de 1,02%, avançado à cotação de R$ 5,23 na venda. A moeda americana, vale destacar, ingressou em julho cotado a R$ 4,75.
O dia na Bolsa
O pregão contou com giro financeiro de R$ 24,7 bilhões e acabou com o destino sacramentado pela Vale (VALE3), que caiu 3,65%, a Petrobras, pivô de uma novela política, com recuo de 2,12% para as ordinárias (PETR3) e 1,85% para as preferenciais (PETR4).
Cautela na Bolsa
A cautela local na Bolsa seguiu mais uma vez a questão fiscal, segundo relatório do BTG Pactual.
O banco aponta que discussões no governo para a pauta de auxílios, como aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, do vale-gás e voucher para caminhoneiros de R$ 1 mil, preocupam os investidores, que passam a apostar contra a economia brasileira.
Entre as altas, destaque para papéis de empresas ligadas à economia doméstica e beneficiadas pelo fechamento da curva de juros. Essas ações, por sinal, estão entre as mais penalizadas no mês.
Locaweb ON (LWSA3), por exemplo, subiu 9% hoje, mas ainda acumula perdas de 54% no ano. Magazine Luiza ON (MGLU3) avançou 4,5% hoje, mas ainda recua 64% no ano e 31% somente em junho.
Exterior
Nos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq avançaram, respectivamente, 0,64%, 0,95% e 1,62%, mesmo em mais um dia marcado pelo crescimento das chances de os Estados Unidos enfrentarem uma recessão ainda neste ano.
Em relatório divulgado no meio da tarde, o UBS aumentou de 40% para 69% a probabilidade de a maior economia do mundo retrair em 2022.