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Bolsa
Mercado Financeiro

Bolsa reage com cenário externo e, puxada por empresas do setor doméstico, sobe 1,28% na semana; dólar cai 1,77%

Em uma semana mais curta, a Bolsa de Valores viveu dias de muita volatilidade e conseguiu fechar a semana no terreno positivo, com alta de 1,28%…

Data de publicação:05/11/2021 às 17:46 -
Atualizado um ano atrás
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Em uma semana mais curta, a Bolsa de Valores viveu dias de muita volatilidade e conseguiu fechar a semana no terreno positivo, com alta de 1,28% em relação a última sexta-feira, enquanto o dólar caiu 1,77% no mesmo período. Se por um lado, na véspera o Ibovespa renovou sua mínima do ano com o trâmite confuso da PEC dos Precatórios no Congresso, por outro, no pregão desta sexta, 05, o índice reagiu acompanhando o bom-humor do exterior e a alta das empresas do setor doméstico.

Mais cedo, o mercado conheceu os novos números de geração de emprego nos Estados Unidos (payroll): o Departamento de Trabalho contabilizou a criação de 531 mil novas vagas, ante 400 mil projetados pelos analistas. O resultado é interpretado como um sinal positivo para o crescimento da economia americana, a maior do mundo, e animou os investidores, elevando a propensão para investimentos de riscos, como a renda variável.

Foto: B3/Divulgação bolsa
Fachada da sede da B3, em São Paulo - Foto: B3/Divulgação

O movimento beneficia os mercados de ações de países emergentes, como o Brasil. Soma-se ao sentimento mais positivo do pregão o fato de que as fortes quedas registradas nas últimas semanas levaram os papéis de diversas empresas a um valuation muito atrativo, o que favorece a B3. Neste contexto, a Bolsa reportou alta de 1,37% nesta sexta, subindo para o patamar dos 104.824,23 pontos.

Com maior propensão à tomada de riscos por parte dos investidores, a cotação do dólar - que, por ser considerado uma moeda forte, é o ativo ao qual o mercado recorre em dias marcados por tensão e incertezas - recuou. A moeda americana apresentou desvalorização de 1,10% frente ao real neste pregão, cotada a R$ 5,54.

Os dados do payroll não favoreceram apenas o mercado financeiro brasileiro, mas as principais bolsas americanas também fecharam em alta. Os índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq 100 avançaram 0,37%, 0,59% e 0,09%, respectivamente.

Destaques positivos da Bolsa

No pregão desta sexta-feira, a Bolsa contou com três principais destaques positivos. O primeiro deles, que mais contribuiu para empurrar o Ibovespa para cima, ficou por conta das empresas do setor doméstico, como as varejistas e as companhias aéreas.

Com os ânimos do mercado um pouco mais tranquilos em relação à questão dos precatórios, os contratos de juros futuros fecharam em queda generalizada, o que beneficia as companhias de consumo, uma vez que juros mais altos tendem a diminuir os níveis de compras. Além disso, especialistas consideram que as empresas do setor estão muito baratas na Bolsa, mesmo com potencial de crescimento, o que atrai os investidores.

Rodrigo Moliterno, Head de Renda Variável da Veedha Investimentos, chama atenção também para a aproximação do período de aumento no consumo, com a Black Friday e as festas de fim de ano. O especialista salienta que diversas pesquisas indicam boas perspectivas para o setor, o que deve elevar a geração de receita.

Neste contexto, Magazine Luiza, Via, Azul e Gol estiveram estre as maiores altas da B3 no dia, com avanço de 12,27%, 10,79%, 8,27% e 8,16%, nesta ordem.

Outro dos destaques positivos da Bolsa, de acordo com Moliterno, veio como consequência do leilão do 5G entre as operadoras de telefonia móvel no Brasil. Ele ressalta que os valores angariados pelo governo superaram as expectativas e, no geral, o leilão foi bastante positivo. Os papéis da Tim e da Telefônica, que junto à Claro arremataram as principais faixas do G, subiram 4,13% e 6,47% na B3, na sequência.

Por fim, após a divulgação do seu balanço trimestral na véspera, as ações do Bradesco saltaram 4,93%, ajudando a sustentar o Ibovespa em terreno positivo. Em contrapartida, o Itaú viveu mais um dia de queda acentuada.

Para Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, "assim como Itaú, o Bradesco apresentou um sólido resultado operacional, mas a grande diferença ficou por conta da inadimplência, ponto que os investidores bateram no resultado do concorrente. No caso do Bradesco, o índice de inadimplência cresceu em um ritmo inferior ao dos pares, revelando um portfólio mais protegido em vista do cenário macro desafiador à frente".

Commodities

Em mais um dia de queda no preço do minério de ferro nos mercados internacionais, com as expectativas de redução na demanda por conta das medidas restritivas adotadas pelo governo chinês, a Vale recuou 2,97% no pregão da Bolsa. Na mesma esteira, as siderúrgicas, CSN, Usiminas e Gerdau caíram 0,42%, 2,03% e 4,00%, respectivamente.

Ainda no campo das commodities, após operar em alta durante parte do dia com o avanço no preço do barril de petróleo, a Petrobras também fechou no vermelho, com baixa de 0,58%.

Já os papéis da PetroRio dispararam 17,87%, liderando as altas do dia na Bolsa, com a notícia de que os consórcios nos quais a companhia participa foram escolhidos para iniciar as negociações dos termos finais para a compra dos campos de Albacora e Albacora Leste, da Petrobras. Segundo a empresa, há a possibilidade de haver uma oferta final sobre os ativos, localizados na bacia de Campos.

Cenário interno: PEC dos Precatórios

Embora o dia tenha sido positivo para a Bolsa, no ambiente doméstico, o cenário fiscal segue no radar dos investidores, que mantém a PEC dos Precatórios como principal ponto de atenção.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, reforçou sua defesa ao teto de gastos nesta manhã, mas admitiu que o pagamento dos precatórios dentro do teto, como prevê a lei, "engessa a máquina do Estado".

Lira afirmou que, em sua visão, mesmo "longe do ideal", a PEC, que foi aprovada em primeiro turno na madrugada da quinta-feira, 4, na Casa, "resolve o problema dos precatórios com relação a 2022".

De acordo com o parlamentar, todos os movimentos da Câmara ao longo deste ano foram para garantir o teto de gastos. Contudo, o parlamentar não deixou de criticar o limitador de gastos, avaliando que ele precisa de "ajustes" por estar "capenga".

O mercado está atento aos próximos capítulos em relação à votação da PEC, que ainda precisa ser aprovada em três turnos no Congresso e no Senado. Na véspera, a ameaça de que Ciro Gomes deixará a sua pré-candidatura à presidência da República caso o PDT, seu partido, que votou a favor da PEC no 1° turno, volte a ser favorável à proposta na próxima votação tencionou o mercado.

Sobre o autor
Bruna Miato
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