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Mercado Financeiro

Bolsa fecha em queda de 1,68%, aos 110 mil pontos, com EUA, Petrobras e Vale

Investidores repercutiram dados do mercado de trabalho americano e seguiram temerosos com o aperto monetário agressivo do Fed

Data de publicação:30/08/2022 às 17:17 -
Atualizado 2 anos atrás
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A Bolsa fechou o pregão desta terça-feira, 30, em queda de 1,68%, aos 110 mil pontos. O dólar subiu 1,58%, cotado a R$ 5,11.

O Ibovespa seguiu a forte aversão ao risco do exterior, com os investidores repercutindo os dados econômicos dos Estados Unidos referente ao mercado de trabalho, somando às preocupações com a abordagem agressiva do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para reduzir a inflação.

Bolsa
Dados do mercado de trabalho americano de julho acima do esperado deprimiu as bolsas globais - Foto: Envato

Segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, que constam no relatório Jolts, a abertura de postos de trabalho no país subiu a 11,239 milhões em julho. E o número de junho foi ligeiramente revisado para cima, de 10,698 milhões a 11,040 milhões.

Com o resultado, que aponta que a demanda por mão de obra não mostrou sinais de arrefecimento - os especialistas reforçaram suas apostas em um terceiro aumento consecutivo de 75 pontos-base na taxa básica de juros na próxima reunião do Fed, em setembro.

E, a partir de agora, os olhares se voltam para o payroll do período, que envolve a criação de postos de trabalho no setor público e privado - com exceção do agrícola - que será publicado na sexta-feira, 2.

"Os mercados estão tão focados no Fed , porque um número de empregos muito forte na próxima sexta-feira provavelmente assustará algumas pessoas"

Jeff Buchbinder, estrategista-chefe de ações da LPL Financial

Essa movimentação fez com que os principais índices das bolsas de Nova York fechassem o pregão no negativo.

Bolsas americanas/fechamento

  • S&P 500: -1,98% (398,28 pontos)
  • Dow Jones: -0,96% (31.790 pontos)
  • Nasdaq 100: -1,13% (12.342 pontos)

Brasil: recuo da inflação e o dia na Bolsa

A aversão ao risco dos mercados internacionais teve uma influência mais acentuada no Ibovespa. Internamente, após as estimativas do Boletim Focus do dia anterior ter apresentado um arrefecimento nas expectativas para a inflação em 2022 e 2023, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o IGP-M de agosto caiu 0,70% no período, ante alta de 0,21% em julho.

A queda foi maior do que o esperado pelo mercado, de 0,56%, com estimativas de -0,94% a -0,30%.A inflação acumulada em 12 meses pelo indicador arrefeceu de 10,08% para 8,59% - saindo dos dois dígitos - também abaixo da estimativa intermediária do levantamento, de 8,77%. No ano de 2022, o indicador soma alta de 7,63%.

No âmbito das ações, os papeis de gigantes como Vale e Petrobras também ajudaram a puxar a Bolsa para baixo, em dia de desvalorização do preço das commodities no exterior. A mineradora encerrou o dia em baixa acentuada de 3,27% e a petroleira em forte queda de 5,17% (ações ON) e 5,89% (ações PN).

Maiores altas

EmpresaTickerVariação
LocalizaRENT3+1,09%
Vibra BrasilVRBR3+1,00%
PositivoPOSI3+0,95%
HyperaHYPE3+0,76%
PetzPETZ3+0,67%

Maiores baixas

EmpresaTickerVariação
CVCCVCB3-7,66%
Irb BrasilIRBR3-7,53%
GolGOLL4-6,22%
PetrobrasPETR4-5,89%
Banco PanBPAN4-5,54%
Fonte: B3

Bolsas europeias fecham o dia em baixa com EUA e BCE

As bolsas europeias chegaram a subir em parte do dia, mas terminaram a terça-feira com sinal predominantemente negativo, em parte influenciadas pela manhã negativa em Nova York.

A perspectiva de mais aperto monetário pelo Banco Central Europeu (BCE) e o risco de recessão na zona do euro estiveram em foco, enquanto ações de bancos chegaram a apoiar algumas praças.

Na agenda de indicadores da zona do euro, o índice de sentimento econômico recuou de 98,9 em julho a 97,6 em agosto, ante previsão de 97,9 dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

A leitura foi a mais fraca em 18 meses nessa pesquisa. Na avaliação do ING, a percepção dos agentes piora na região com o risco de recessão mais próxima e empresas pessimistas sobre a atividade.

Com a inflação forte, porém, continua a haver perspectiva de aperto monetário. Alguns dirigentes têm se pronunciado nos últimos dias sobre a possibilidade de uma alta de 75 pontos-base na reunião de 8 de setembro, ante a inflação recorde na região da moeda comum.

Já Philip Lane, economista-chefe, argumentou por um "ritmo constante" na elevação para minimizar consequências negativas do aperto. / com Agência Estado

Bolsas europeias/fechamento

  • Stoxx 600 (pan-europeu): -0,67% (419,81 pontos)
  • DAX (Frankfurt): +0,53% (12.961 pontos)
  • FTSE 100 (Londres): - 0,88% (7.361 pontos)
  • CAC 40 (Paris): -0,19% (6.210 pontos)
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