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Mercado ao vivo: confira a Bolsa e o dólar nesta quarta-feira, 2 de março
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Bolsa derrete 3,05%, há temores com a economia americana, crise energética mundial, Vale e siderúrgicas; dólar sobe a R$ 5,44

Cautela com o cenário econômico nos EUA, crise energética global e aumento dos combustíveis ajudaram a derrubar a Bolsa e valorizar o dólar

Data de publicação:28/09/2021 às 18:09 -
Atualizado um ano atrás
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O pregão desta terça-feira, 28, foi marcado por uma queda acentuada nas bolsas de valores ao redor no mundo, inclusive na B3. O mercado passou o dia cauteloso com os temores em relação ao risco de default pela primeira vez na economia americana e com as perspectivas de crise energética global. Ao mesmo tempo, novas restrições do governo chinês em relação ao uso de carvão afetaram diretamente as ações da Vale e das siderúrgicas aqui no Brasil.

Além da preocupação com o cenário internacional, o Comitê de Política Monetária divulgou, pela manhã, o novo comunicado do Copom, o que ajudou a azedar o humor do mercado. Essa combinação de fatores levou o Ibovespa a fechar com queda de 3,05%, aos 110.123,85 pontos.

bolsa
Cautela com o cenário econômico nos EUA, crise energética global e aumento dos combustíveis ajudaram a derrubar a Bolsa e valorizar o dólar

No comunicado, o colegiado sinaliza que deve continuar adotando uma postura mais dura nos ajustes da taxa de juros, a Selic, para conter o forte avanço da inflação.

Seguindo a mesma onda de aversão ao risco, o dólar, que é considerado uma moeda forte e, por isso, um ativo para o qual os investidores correm em momentos de incertezas, viveu mais um dia de apreciação frente ao real. A moeda americana subiu 0,84%, cotado a R$ 5,436, maior valor desde 23 de fevereiro.

Situação de dívida dos EUA preocupa o mercado

Janet Yellen, secretária do Tesouro americano, voltou a apelar, nesta terça, para que o Congresso dos Estados Unidos suspenda o teto de gastos do país, para evitar a paralisação parcial ("shutdown") do governo. Durante discurso em evento anual da Associação Nacional para Economia de Negócios, ela alertou que um default da dívida dos EUA provocaria um "colapso financeiro histórico" e uma recessão.

"O Tesouro ficará com recursos muito limitados que se esgotariam rapidamente. É incerto se poderíamos continuar a cumprir todos os compromissos da nação após essa data", declarou a secretária do governo Biden, antes de alertar que a previsão é incerta e pode ser alterada para uma data mais próxima ou distante.

Diante deste cenário de incertezas, as bolsas de Nova York despencaram ao longo do dia. Os índices S&P 500, Dow Jones e Nasdaq 100 recuaram 1,96%, 1,63% e 2,86%, na sequência.

Flávio de Oliveira, Head de Renda Variável da Zahl Investimentos, ressalta também que o rendimento das Treasuries de 10 anos - ativos do Tesouro americano, considerados os títulos de dívidas mais seguros do mundo - subiram, impactados pela cautela dos investidores e subiram durante o pregão.

"Sempre que a taxa de juros desses ativos sobe, isso acaba impactando os ativos de risco por lá e, também, nos mercados emergentes", explica Oliveira. Quando os títulos americanos oferecem um rendimento maior ao investidor, os ativos de risco, como as ações, se tornam menos atraentes.

Crise de energia global

Soma-se a isso a preocupação do mercado com uma possível crise energética global, decorrente de mudanças climáticas e novas políticas de preservação ao meio ambiente adotadas por diversos países. O economista chefe da Integral Group, Daniel Miraglia, explica que a redução na oferta de energia elétrica, além de promover um aumento na inflação, como já vem ocorrendo no Brasil, também contribui para a redução do crescimento econômico.

Neste contexto, como parte de suas estratégias de preservação ambiental, a China adotou novas medidas para restringir a utilização de carvão para a produção de energia, o que derrubou o preço do minério de ferro. De acordo com Oliveira, essas medidas diminuem a disponibilidade de energia elétrica no país e acabam reduzindo a capacidade de produção da indústria e, por consequência, a demanda por aço - que é feito a partir do minério de ferro.

Acompanhando a desvalorização da commodity, a Vale, que responde a cerca de 14% da carteira teórica da B3, viu seus papéis despencarem 5,01% neste pregão. As siderúrgicas foram pelo mesmo caminho: CSN, Usiminas e Gerdau derreteram 7,84%, 7,27% e 3,02%.

Filipe Fradinho, analista técnico da Clear Corretora, destaca também que, internamente, o dia foi marcado pela pressão sobre a Petrobras por conta do preço de combustíveis. A estatal aumentou, depois de um período de 85 dias, o valor do diesel de R$ 2,81 para R$ 3,06 o litro nas refinarias. A petroleira caiu 0,66% no pregão da Bolsa.

Sobre o autor
Bruna Miato
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