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Economia

Ata do BCE: pressões nos preços são mais persistentes do que o esperado

Além disso, problemas como gargalos na cadeia de produção e os altos preços de energia podem afetar a retomada econômica da zona do euro

Data de publicação:25/11/2021 às 15:01 -
Atualizado 3 anos atrás
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Ainda que o Banco Central Europeu (BCE) espere que a inflação atinja seu pico no quarto trimestre de 2021 e modere ao longo de 2022, os membros do comitê da autoridade monetária concordaram que as pressões nos preços são mais persistentes do que o projetado em setembro.

Além disso, os dois principais problemas na oferta - os gargalos na cadeia de produção e os altos preços de energia - podem afetar a retomada econômica da zona do euro, segundo mostra a ata da reunião de política monetária realizada entre 27 e 28 de outubro pelo BCE, publicada nesta quinta-feira, 25.as

Foto: Reprodução
De acordo com a ata da última reunião do BCE, as pressões nos preços estão mais fortes do que o projetado em setembro pelos integrantes da autoridade monetária - Foto: Envato

De acordo com o documento, os dirigentes ainda não veem as pressões sendo repassadas para efeitos de segunda rodada, que indicariam inflação sustentada na zona do euro.

Mas com a atual incerteza sobre a perspectiva para os preços, as autoridades entenderam como necessário monitorar de perto as expectativas de médio prazo, uma vez que o mercado se mostra cada vez mais preocupado com a inflação acima do esperado.

A incerteza do mercado quanto à inflação e a retomada contribuiu para um aumento no prêmio de risco, mas a forte alta recente nos juros de longo prazo não deve segurar a recuperação econômica, prevê o BCE.

De qualquer forma, o BCE ainda espera que, no médio prazo, a inflação anual retorne à meta de 2%, à medida que os choques atuais sobre a inflação perdem força.

Quanto ao crescimento, os dirigentes do BC comum avaliaram que a recuperação segue forte, ainda que tenha perdido um pouco do fôlego recentemente, refletindo o cenário global.

Para o BCE, os riscos à atividade estão equilibrados e a evolução da retomada depende do rumo da pandemia de covid-19 e do avanço na vacinação contra a doença.

Com uma taxa de desemprego de 7,5% em agosto, a participação europeia no mercado de trabalho seguia bem abaixo do nível do período anterior à crise, notou o BCE. / com Agência Estado

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