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Fed
Mercado Financeiro

Bolsa acelera a queda com ata do Fed e cai mais de 2%, dólar sobe

Confira as movimentações do mercado nesta quarta-feira, 05

Data de publicação:05/01/2022 às 11:36 -
Atualizado um ano atrás
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A Bolsa de Valores abriu e operou no negativo por toda a manhã, mas acentuou a queda com a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Às 17h30, o Ibovespa apresentava recuo de 2,39% aos 101.034 pontos; o dólar registrava alta de 0,39%, cotado a R$ 5,712.

Embora já esperado pelo mercado, o documento reforça a possibilidade de uma aceleração na alta dos juros e em ritmo mais rápido. Ao mesmo tempo, sinaliza com uma redução mais acentuada nas compras de ativos, tudo para conter a inflação americana, que se mostra persistente nos últimos meses.

federal reserve impacta bolsa e mercados no mundo
Washington D.C. - Federal Reserve | Foto: Stefan Fussan

São dois fatores negativos para o mercado de ações por vários motivos: os juros em alta tornam a renda fixa mais atraente competindo com as ações, em qualquer parte do mundo; deixam o crédito mais caro para as empresas que necessitam de crédito para crescer; desestimulam o consumo com o financiamento mais caro.

Em análise, o BTG Pactual Digital destaca que a expectativa de um aperto monetário no país norte-americano tem ocasionado um avanço expressivo no rendimento dos Treasuries, títulos da dívida pública americana, ao longo desta semana.

Por serem considerados os títulos mais seguros do mundo, quando há uma alta nos rendimentos dos Treasuries, os investidores tendem a retirar seus recursos de ativos de risco, o que penaliza, sobretudo, os mercados emergentes, como o Brasil. Nessa toada, o dólar permanece em patamares bastante elevados. No pregão desta quarta, apesar de registrar um leve recuo durante a manhã, às 14h01, a moeda americana tinha alta de 0,17% e era negociada a R$ 5,69.

Cenário doméstico: juros altos e cautela com o cenário fiscal

Apesar da leve baixa do dólar, a curva de juros futuros segue em alta pelo terceiro dia aqui no Brasil, ajudando no desempenho negativo da Bolsa. Às 14h02, a maioria dos contratos era negociado com avanço, mas a maior valorização era registrada pelos contratos com vencimento em setembro de 2025, subindo 0,26%, a uma taxa de 11,15%.

Além das expectativas quanto à política monetária nos Estados Unidos, a alta dos juros reflete também a preocupação interna com a questão fiscal brasileira. Há preocupações com a possibilidade de desarranjo na política fiscal, por posições em defesa da revisão no teto de gastos, que volta ao debate político nesta virada de ano. Soma-se a isso, as paralisações de servidores públicos, que buscam reajustes salarias.

Estados Unidos: dados de emprego

Os Estados Unidos têm uma agenda de indicadores cheia nesta quarta-feira. Além da ata do Fed, pela manhã o Relatório de Emprego da ADP mostrou que o setor privado do país criou 807 mil novas vagas de trabalho em dezembro, segundo pesquisa com ajustes sazonais.

O número veio bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam geração de 375 mil postos de trabalho no último mês. Por outro lado, a ADP revisou para baixo sua estimativa de criação de empregos em novembro, de 534 mil para 505 mil. A pesquisa da ADP é considerada uma prévia do relatório de emprego ("payroll") dos EUA, que inclui dados do setor público e será divulgado na próxima sexta-feira, dia 7.

PMI de serviços também foi divulgado

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços nos Estados Unidos recuou de 58,0 em novembro para 57,6 em dezembro, na leitura final feita pelo IHS Markit. O resultado ficou acima da previsão de 57,3, feita por analistas consultados pelo The Wall Street Journal, e de 57,5 na leitura preliminar do dado.

O PMI composto, por sua vez, caiu de 57,2 em novembro para 57,0 em dezembro. O resultado ficou levemente acima da leitura preliminar de 56,9.

Economista sênior do IHS Markit, Siân Jones avalia que o crescimento da atividade no setor de serviços permaneceu forte no mês passado. Ainda que a expansão tenha sido suavizada levemente, o fluxo de novas encomendas teve um pico, com as demandas de clientes no ritmo mais rápido em cinco meses, afirma.

Desempenho das bolsas americanas

As bolsas americanas operam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, com os investidores na expectativa pela ata do Fed. O índice mais impactado, até aqui, tem sido o Nasdaq 100, que é composto por um número significativo de empresas de tecnologia. Essas companhias são bastante impactadas por juros mais altos, uma vez que dependem de empréstimos e crédito para obter um crescimento expressivo.

Às 13h55, os principais índices americanos registravam as seguintes variações:

  • S&P 500: baixa de 0,26%
  • Dow Jones: alta de 0,18%
  • Nasdaq 100: baixa de 0,87%

Sobe e desce da Bolsa

Maiores altas da Bolsa no dia

EmpresaCódigoVariação
EcorodoviasECOR3+4,56%
BRFBRFS3+3,66%
Banco PanBPAN4+3,61%
Banco InterBIDI11+2,06%
QualicorpQUAL3+1,68%
Fonte: B3, a Bolsa brasileira | Atualizado às 13h56

Maiores baixas da Bolsa no dia

EmpresaCódigoVariação
PetroRioPRIO3-6,13%
LocawebLWSA3-5,72%
CSN MineraçãoCMIN3-5,03%
Rede D'OrRDOR3-4,34%
AzulAZUL4-3,93%
Fonte: B3, a Bolsa brasileira | Atualizado às 13h56

Novos dados econômicos na Europa

Na Europa, a divulgação de novos dados econômicos também pode ajudar a movimentar o mercado. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 55,4 em novembro para 53,3 em dezembro, segundo pesquisa final divulgada hoje pela IHS Markit.

O número final ficou ligeiramente abaixo da leitura preliminar de dezembro e da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 53,4 em ambos os casos. De qualquer forma, o resultado acima da marca de 50 indica expansão da atividade no bloco. No mesmo período, o PMI de serviços da zona do euro recuou de 55,9 para 53,1, também abaixo do cálculo inicial e do consenso do mercado, de 53,3.

Na Alemanha, o PMI de serviços caiu de 52,7 em novembro para 48,7 em dezembro - ficando abaixo da marca de 50 que sinaliza contração da atividade -, segundo a IHS Markit. A leitura definitiva, porém, superou a estimativa prévia de dezembro e a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 48,4 em ambos os casos.

Já o PMI composto alemão, que engloba serviços e indústria, recuou de 52,2 para 49,9 no mesmo período. O dado final é ligeiramente menor do que a estimativa inicial de 50.

Desempenho das bolsas europeias

Após a divulgação dos novos dados econômicos e na esteira das expectativas para a ata do Fed, as bolsas europeias operam próximas da estabilidade no pregão desta quarta-feira.

Confira como os principais índices do continente fecharam:

  • Stoxx 600 (índice pan-europeu): alta de 0,07%, aos 494,35 pontos
  • FTSE 100 (Londres): alta de 0,16%, aos 7.516,87 pontos
  • DAX (Alemanha): alta de 0,74%, aos 16.271,75 pontos
  • CAC 40 (França): alta de 0,81%, aos 7.376,37 pontos
  • FTSE MIB (Itália): alta de 0,74%, aos 28.162,67 pontos
  • Ibex 35 (Espanha): baixa de 0,06%, aos 8.790.80 pontos
  • PSI 20 (Portugal): baixa de 0,31%, aos 5.652,68 pontos

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Multas impostas pela China ao setor de tecnologia derrubam bolsas na Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, 5, à medida que ações de tecnologia recuaram na esteira de multas impostas pela China a gigantes do setor e do salto recente nos juros dos Treasuries.

Os papéis de tecnologia sofreram tombos de até 11% após Pequim anunciar multas a várias das maiores empresas de internet chinesas por violações de leis antitruste. Ações do setor imobiliário também registraram perdas após uma unidade da China Evergrande revelar planos de adiar pagamento de juros sobre bônus.

  • Hang Seng (Hong Kong): baixa de 1,64%
  • Xangai Composto (China continental): baixa de 1,02%
  • Shenzhen (China continental): baixa de 1,74%
  • Kospi (Coréia do Sul): baixa de 1,18%
  • Taiex (Taiwan): baixa de 0,14%
  • Nikkei (Japão): alta de 0,10%

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom predominante na Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 0,32% em Sydney, a 7.565,80 pontos. / com Agência Estado

Sobre o autor
Bruna Miato
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