Ações da Cosan caem quase 2% com fim de acordo com a Porto Seguro
Companhia também divulgou que obteve lucro de R$ 411,2 milhões no quarto trimestre de 2021
A Cosan informou que reincidiu o Acordo de Investimento celebrado com a Porto Seguro Serviços e Comércio, controlada da Porto Seguro. Com isso, a empresa colocou um ponto final nas tratativas para a possível formação da Mobtech, joint venture para atuação em mobilidade. Com a notícia, as ações da Cosan caíam quase 2% na Bolsa, por volta das 14h. Já os papéis da Porto Seguro subiam mais de 1%.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Cosan afirmou que decidiu rescindir o compromisso de investimentos, “tendo em vista o agravamento da conjuntura macroeconômica, resultando em níveis mais altos de inflação, escalada das taxas de juros e aumento do custo de capital, visando preservar a geração de valor a seus acionistas e priorizar a alocação de capital em seu atual portfólio de negócios”.
A Porto Seguro também divulgou fato relevante, no qual ressalta que mantém sua estratégia de expansão do negócio de mobilidade "Carro Fácil", no ramo de assinatura de veículos.
Até o momento, segundo a companhia de seguros, foi investido mais de R$ 600 milhões no negócio desde 2014. Além disso, permanece firme na estratégia de crescimento e diversificação dos negócios da empresa, "sempre primando pelo desenvolvimento de novos produtos e tecnologias inovadoras e na criação de valor para seus acionistas e demais stakeholders".
Lucro líquido da Cosan cresce no 4º trimestre de 2021
No mesmo dia em que comunicou o fim do acordo, a Cosan divulgou seu balanço de resultados referente ao quarto trimestre de 2021. No período, a companhia registrou lucro líquido ajustado de R$ 411,2 milhões, alta de 58,5% sobre o mesmo período de 2020.
No ano, o lucro líquido ajustado da empresa somou R$ 2,738 bilhões, crescimento de 91,5% ante 2020, que segundo a Cosan, foi alavancado pelo desempenho da empresa Compass.
Já o lucro líquido contábil no quarto trimestre de 2021 foi de R$ 1,277 bilhão – ante prejuízo de 112 milhões no mesmo período de 2020 - e no ano totalizou R$ 6,3 bilhões, o maior da história da companhia, refletindo também os ganhos líquidos do IPO da Raízen e da incorporação da Biosev. No quarto trimestre de 2020,
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) pró-forma ajustado nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2021 atingiu R$ 2,8 bilhões, queda de 6,1% ante o mesmo período de 2020.
A receita operacional líquida ficou em R$ 34,352 bilhões no quarto trimestre, avanço de 52,4% ante o mesmo período de 2020. / com Agência Estado