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Mercado Financeiro

17 empresas pagam quase R$ 7 bi em lucros e dividendos em agosto; veja quais são

Entre as empresas estão Itaú, CSN, BB Seguridade, Weg e CSN Mineração

Data de publicação:04/08/2021 às 05:00 -
Atualizado 2 anos atrás
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Agosto chegou trazendo uma temporada gorda de pagamentos de proventos para os acionistas. Segundo levantamento feito pela reportagem do portal Mais Retorno, 17 empresas desembolsarão R$ 6.987.050.928,37 entre dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP) ao longo de todo o mês. Total que supera em 155% o valor distribuído em julho, de R$ 2,736 bilhões.

Foto: Envato
Temporada de pagamento de dividendos e lucros de agosto contabiliza quase R$ 7 bi pagos no total por 17 empresas - Foto: Envato

Os setores de atividade são diversos, desde bancos, siderúrgicas e mineradoras, saúde, locação de veículos, seguros, entre outras. No mês, a maior fatia deste bolo está nas mãos de seis empresas: Itaú, CSN, BB Seguridade, Weg, São Martinho e CSN Mineração. Juntas, elas pagarão R$ 6.526.902.617,78.

O momento coincide com a temporada de divulgação dos balanços corporativos do segundo trimestre do ano, o que coloca ainda mais esses números em evidência.

Segundo analistas, algumas companhias já são tradicionalmente conhecidas como boas pagadoras de dividendos, como é o caso dos grandes bancos, não somente pelos valores altos, mas também pela frequência de distribuição, que é praticamente mensal.

Leo Monteiro, analista de Research da Ativa Investimentos, destaca que, alguns bancos – como é o caso do Itaú, que puxa a fila do mês para a entrega de proventos aos seus acionistas neste mês – estão pagando dividendos um pouco menos expressivos por conta do aumento das provisões, que tiveram início no ano passado por conta da pandemia.

“O Itaú pagou menos dividendos no ano passado em relação ao montante de 2019. O fato de as provisões estarem muito altas prejudicou o valor dos dividendos, que foram convertidos nos níveis de liquidez bancários e houve a preferência por baixar o payout durante o ano”, analisa Monteiro.

Stefany Oliveira, analista de investimentos da Toro Investimentos, aponta que, com os resultados trimestral apresentados pelo Itaú – lucro líquido de R$ 6,54 bilhões, alta de 55,6% ante o segundo trimestre de 2020 – e o pagamento de JCP a R$ 0,103 por ação, o yield ganha destaque em relação aos demais bancos.

A seguradora do Banco do Brasil, BB Seguridade, reportou resultados mais fracos no período – lucro líquido de R$ 753,7 milhões no segundo trimestre, queda de 23% ante o resultado obtido na mesma base comparativa de 2020, cujos números foram influenciados pela pandemia e aumento da sinistralidade, conforme balanço divulgado aos acionistas.

No entanto, Stefany ressalta que, apesar do desempenho em queda, as notícias são positivas para os acionistas, já que a empresa irá distribuir R$ 1,04 milhões em dividendos – ou R$ 0,52 por ação.

Além disso, segundo ela, ao fazer a comparação com o preço de tela do ativo BBSE3, o yield também ganha relevância. “Hoje as ações da companhia são negociadas a R$ 21”, enfatiza.

Tributação de dividendos

A possibilidade de tributação de dividendos em 20% proposta na reforma tributária ainda segue causando incômodo no mercado financeiro. Algumas empresas estão com o plano de antecipar a distribuição de proventos para evitar a dupla taxação.

Paula Zogbi, analista da Rico Investimentos, aponta que as empresas consideradas boas pagadoras de dividendos que não têm um crescimento expressivo, mas são vistas pelos acionistas como companhias de valor por conta do dividendo periódico quase certo, serão prejudicadas com a possível taxação dos dividendos.

Porém, a analista elucida que os dividendos não são o único caminho para remunerar os acionistas. "As empresas podem fazer a recompra de ações, o que teria uma taxação menor, pois ao vender as ações com lucros a taxa paga é de 15%, e somente a partir de R$ 20 mil por mês, ou R$ 60 mil por trimestre, pelo texto da reforma".

Para a analista, de todo modo isso pode tirar o apelo de valor da empresa, “com os investidores indo buscar outros caminhos menor onerados com a tributação dos proventos, como é o caso dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), por exemplo”.

“A empresa pode mudar a sua estratégia. Pode mudar sua imagem de uma empresa boa pagadora de dividendos para uma empresa com potencial de crescimento, ao reinvestir seus lucros”, conclui.

Sobre o autor
Julia Zillig
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