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Viés de Desejabilidade Social

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:18/11/2019 às 21:51 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é o viés de desejabilidade social?

Viés da Desejabilidade Social (ou Social Desirability Bias, em Inglês) é um tipo de viés cognitivo, segundo o qual nós, seres humanos, temos a tendência mental de tomar decisões baseados na maneira com que as nossas escolhas serão avaliadas pelas outras pessoas.

Uma ilustração sutil deste viés é o caso da criança que acaba de descobrir que, se for mal-criada, não receberá presentes do Papai Noel no Natal. Diante dessa "verdade", ela passa a se perguntar: tomar essa atitude vai fazer com que eu seja considerada boazinha ou malvada pelo "bom velhinho"?

Assim, ao vê-la cortando a grama, secando a louça ou levando o cachorro para passear, os pais não somente se sentem felizes, como agradecem ao "empurrãozinho" que querer agradar o Papai Noel deu.

Mas agora você é um adulto e toma decisões 100% racionais, certo? Errado.

Apesar de um senhor de longa barba branca não ter tanto poder sobre as nossas decisões hoje em dia (a não ser que seja o Dumbledore ou o Gandalf em pessoa), a forma como nos amparamos na aprovação social para optar por alternativa A ou B ainda é muito latente e profunda. Desse modo, notá-la não é mais tão simples quanto era na nossa infância.

Como o viés de desejabilidade social funciona?

Você deve imaginar que o Viés de Desejabilidade Social se aplica somente quando mudamos de opinião descaradamente para agradar outra pessoa.

Ah, quem dera fosse tão fácil…

Na verdade, o maior perigo desse viés reside na característica central desse tipo de fenômeno psicológico.

Um viés cognitivo é caracterizado como uma falha no processamento das informações, dados e demais características do mundo que nos cerca. Ele tem uma forte aparência lógica, de modo que à primeira vista faz todo sentido.

Um exemplo mais adequado ao Viés de Desejabilidade Social seria aquele momento em que escolhemos qual curso faremos na faculdade. Em famílias tradicionais, em que os pais são advogados, por exemplo, o adolescente pode se convencer de que quer fazer Direito por questões próprias - "eu adoro Cinema, mas quero algo que me dê mais segurança do que a arte".

Como ele, nos convencemos de que nossas escolhas são totalmente nossas e que os nossos familiares, amigos e sociedade em geral não nos influencia.

Os tabus são clássicos resultados disso.

Muitas mulheres, até hoje, se sentem desconfortáveis em falar a palavra "menstruação". Elas se convencem de que é algo que todas as pessoas sentem, que é natural dela esse constrangimento etc. Dificilmente se reconhece que se evita essa nomenclatura (em virtude de outras) porque socialmente, por vários motivos, ela é mal vista.

O mesmo se dá com a nossa aparência, profissão, estilo de vida, gostos culturais etc.

O que evita que percebamos essa tendência a seguir o que os outros (no todo ou em parte) consideram desejável e se distanciar do indesejável é o viés. Encontramos um argumento (como aquele adolescente) que preserve o nosso sentimento de autonomia e autoestima, sem que entremos em conflito com a desejabilidade social.

E como o viés de desejabilidade social impacta as nossas finanças?

Existem muitas formas do nosso rico dinheirinho ser influenciado por esse viés.

Pense no investidor que tem o seu julgamento prejudicado sobre uma determinada aplicação. Todos os seus amigos mais chegados estão dizendo que ele deve aproveitar essa "oportunidade", que está sendo idiota em perder tempo etc.

Se não confiar em suas próprias estratégias e ferramentas, é muito fácil que ele se convença de que aquela é uma aplicação vantajosa, se apegando em um ou outro ponto aparentemente favorável para se justificar - mais pela pressão do que pelos números.

E falamos de "amigos" apenas pelo apelo prático, mas pode ser a opinião daquele "especialista" que você mais gosta ou o relatório de uma empresa que você respeita (oi, heurística do afeto!).

Tudo isso pode te levar a distorcer os seus julgamentos, tender para uma opção em detrimento de outro e, o pior, se convencer de que foi tudo ideia sua!

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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