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Ambev recupera o fôlego na pandemia com aposta em inovação
Renda Variável

Vale a pena investir na Ambev?

As ações da Ambev estão entre as mais negociadas na Bovespa – principal Bolsa de Valores do Brasil. A empresa é considerada uma das maiores fabricantes…

Data de publicação:06/11/2020 às 16:45 -
Atualizado 7 meses atrás
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As ações da Ambev estão entre as mais negociadas na Bovespa – principal Bolsa de Valores do Brasil. A empresa é considerada uma das maiores fabricantes de bebidas e cervejas em todo o mundo.

A companhia tem alto valor de mercado, nome forte e um negócio consolidado. Seus papéis têm peso elevado no índice Ibovespa, com alta liquidez. Mas será que vale a pena investir na Ambev?

A Ambev é a junção das duas cervejarias mais antigas do mundo – Companhia Antarctica Paulista Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos e Companhia Cervejaria Brahma. Na bolsa, ela está listada no setor de consumo não cíclico. Esse segmento engloba subsetores do Comércio, Bebidas, Alimentos Processados, Agropecuária e Distribuição e Produtos de Uso de Limpeza e Pessoal. 

Histórico da Ambev

Em 1999 as duas cervejarias centenárias Antarctica e Brahma se uniram e formaram a Ambev. Seu principal negócio é o de cervejas, no entanto, a companhia visa o aumento da cartela de produtos alcoólicos, não alcoólicos e não carbonatadas. 

A Ambev controla os principais rótulos de cervejas do Brasil e internacionais como Skol, Brahma, Antártica, Quilmes, Budweiser e Stella Artois, além das marcas de energéticos e refrigerantes Fusion, Pepsi, Guaraná Antarctica, entre outros. 

A companhia está presente em quase 20 países e tem:

  • 30 marcas de bebidas;
  • 32 cervejarias no Brasil;
  • 35 mil colaboradores no país;
  • 2 maltarias;
  • 100 centros de distribuição direta
  • 6 centros de excelência no país. 

Composição acionária da Ambev

Desde 2000, A Ambev tem os direitos exclusivos de engarrafar e distribuir os refrigerantes da Pepsi em território brasileiro. A partir de 2002, a empresa passou a produzir, distribuir e vender também o Gatorade. 

Além disso, a cartela de bebidas não alcoólicas da Ambev inclui H20H!, Lipton Ice Tea, entre outros. Todos eles sob a licença da PepsiCo. Em 2018, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade – aprovou o contrato de franquia com a PepsiCo no território brasileiro, com validade até 31 de dezembro de 2027. 

Atualmente, a Ambev faz parte de um dos maiores grupos cervejeiros do mundo, a Anheuser-Busch Inbev, com sede na cidade belga Leuven. Os principais acionistas da empresa são: Interbrew Internacional Bv, Instituição Nacional de Beneficência, Fundação Antonio e Helena Zerrenner, Ambrew S.à.r.l, entre outros. 

Expansão da Ambev

Em 1994, a Ambev iniciou sua expansão para outros países das Américas. Neste ano, a Brahma começou suas operações internacionais no segmento de cerveja na Venezuela, Paraguai e Argentina. 

Nove anos depois, a companhia acelerou sua expansão no exterior, estabelecendo uma liderança no Uruguai, Paraguai, Bolívia e Argentina, por meio de uma negociação com a Quinsa. 

Em 2004, a Ambev também adquiriu uma série de novos mercados – Equador, Peru, República Dominicana e América Central. Em 2005, a companhia passou a operar também no mercado de cervejas canadense. Sete anos depois, a Ambev expandiu suas operações para o Caribe. Em 2016, as operações no Equador, Peru e Colômbia foram transferidas para o Panamá, após a empresa trocar ativos com a AB InBev.

Em 2020, a Ambev opera em 18 países: Brasil, Paraguai, Barbados, Argentina, Cuba, Canadá, Uruguai, República Dominicana, Venezuela, Panamá, Dominica, Saint Vicent, Antígua, entre outros. 

Ambev na Bolsa de Valores

Antes da criação da Ambev, tanto a Brahma quanto a Antarctica negociavam suas ações na Bolsa. Em 1999, quando a Ambev foi criada, os acionistas minoritários puderam trocar suas ações para AMBV4. 

Em novembro de 2013, ao modificar a estrutura societária, a Ambev passou a se chamar Ambev S.A, mudou seu ticker para ABEV3. A empresa foi uma das primeiras do segmento de alimentos e bebidas e uma das maiores companhias de capital aberto.

Essa reestruturação feita na companhia também almejava a melhora da governança corporativa. Com isso, a Ambev trocou seus papéis somente para ações ordinárias, sendo que cada ação antiga deu direito a 5 papéis ordinários. O intuito da empresa era manter o alinhamento com os acionistas, simplificar      a estrutura societária e aumentar a liquidez na bolsa. O tag long da Ambev (garantia que protege os pequenos investidores, em caso de venda ou transferência de controle da empresa) era de 80%.

Características da ABEV3

No mercado, há três tipos de Ações: ordinárias, preferenciais e units. Ao contrário de muitas companhias, a Ambev tem apenas ações ordinárias na Bolsa de Valores desde 2013. 

Negociadas sob o código ABEV3, as ações ordinárias da empresa dão direito ao voto em assembleias, sendo que o direito é proporcional à quantidade de papéis que cada acionista tem. Dependendo do volume de ações, o investidor tem direito a participar das tomadas de decisões do negócio. Com isso, os acionistas pequenos não possuem participação que possa influenciar as decisões. Já os grandes acionistas exercem maior influência para deliberar sobre os negócios da companhia. 

Mesmo não oferecendo ações preferenciais (que dão preferência para os investidores      receberem proventos), os papéis ordinários da Ambev também garantem aos acionistas o direito de receber os lucros que são distribuídos. Eles podem ser juros sobre capital próprio ou dividendos. 

Os dividendos são uma espécie de repasse de parte dos lucros das empresas para seus investidores. A legislação brasileira define que até 30% do lucro da empresa em determinado período pode ser distribuído para os acionistas. 

As ações da Ambev são negociadas tanto na B3 – Bolsa de Valores oficial do Brasil – quanto na NYSE – Bolsa de valores de Nova Iorque –, por meio de ADRs – American Depositary Receipts. Esses recibos são certificações de ações que permitem que empresas não americanas sejam negociadas em dólares americanos nas principais bolsas de valores dos Estados Unidos. 

Resultados da Ambev

Em outubro do ano passado, a Ambev divulgou seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2020. A empresa obteve um lucro líquido de 2,3 bilhões de reais. Confira os principais destaques nos resultados operacionais do terceiro trimestre da Ambev em relação às quatro divisões: Cervejas Brasil, América Latina Sul (LAS), NAB Brasil, América Central e Caribe (CAC).

Cervejas Brasil - A receita líquida da divisão Cervejas Brasil atingiu no terceiro trimestre o valor de R$ 6,7 bilhões. Isso representou um aumento de 25,2% comparando com o mesmo período de 2019.

América Latina Sul (LAS) – A receita líquida dessa divisão atingiu R$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre de 2020, representando um crescimento de 50% em comparação ao mesmo período do ano retrasado. 

NAB Brasil – A receita líquida da divisão NAB Brasil foi de 1 bilhão de reais nesse período. Em relação ao terceiro trimestre de 2019, houve um crescimento de 0,7%. 

América Central e Caribe (CAC) – Essa divisão rendeu uma receita líquida de 2 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2020. Houve um crescimento de 24,6%, comparando com o mesmo período de 2019.

Resultados Financeiros

A Ambev obteve uma receita líquida de vendas no valor de R$ 15,6 bilhões no terceiro trimestre de 2020. Isso representou um aumento de 30,5%, comparando com o mesmo período de 2019. Confira outros resultados no terceiro trimestre de 2020:

  • Lucro Bruto – R$ 5,2 bilhões
  • Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) – R$ 5 bilhões
  • Lucro por ação – R$ 0,15, crescimento de 3,2%.

Pagamento de dividendos

Em 28 de janeiro de 2021, a Ambev pagou R$ 0,07 por ação (ABEV3) em dividendos. De acordo com a companhia, o valor vai ser deduzido do resultado acumulado do ano passado, imputando os dividendos mínimos obrigatórios do exercício em questão. 

Os papéis da Ambev fecharam o mês de novembro com aumento de 14,8%. De acordo com especialistas, fatores podem impactar as ações da Ambev a curto prazo, de forma positiva. A própria administração da Ambev afirma que a companhia melhorou seus resultados em todos os países. Com a flexibilização das medidas sanitárias referentes à pandemia do coronavírus, a expectativa é que o crescimento na demanda por cervejas em restaurantes e bares. 

A divulgação do quarto trimestre de 2020 está prevista para o dia 25 de fevereiro de 2021, antes da abertura das bolsas de valores B3 e NYSE. 

Vale a pena investir na Ambev? 

Para investir na Ambev, é preciso entender quais serão os objetivos com o investimento. O primeiro ponto é se você precisa de dinheiro a curto ou a longo prazo. Outro fator importante é entender qual é o seu perfil como investidor. 

Tipos de perfil de investidor

O perfil de investidor, também chamado de suitability, é uma análise que identifica as expectativas e preferências do investidor em relação ao mercado e aos investimentos. São feitas perguntas básicas para definir o perfil, com base em três fatores: rentabilidade, liquidez e segurança. Ao responder as perguntas, o sistema mapeia qual desses fatores é o mais importante para você. 

O mundo do investimento conta com diversas opções, sendo que não existe melhor ou pior investimento. Há aquele que é o mais indicado para o que você deseja no momento. Daí a importância do perfil do investidor. Ele é uma ferramenta relevante para guiar os passos do investidor, e considera os objetivos, tolerância ao risco e outros requisitos. Confira abaixo os três principais perfis de investidor:

Conservador

O perfil conservador é aquele que coloca a segurança em primeiro lugar no momento do investidor. Em geral, o investidor conservador tem mais de 40 anos e preza pelo dinheiro que acumulou durante anos. Ele prefere assumir os menores riscos possíveis e tem preferência por investimentos que vão render no final da aplicação. O investidor conservador prefere rentabilidade a médio e longo prazo que tenha mais proteção ao capital investido. 

O investidor conservador prefere investimentos que tenham retorno previsíveis e possa resgatar o dinheiro aplicado a qualquer momento. A carteira de investimento desse tipo de perfil é formada quase na sua totalidade por investimentos de renda fixa. Os principais títulos são: Tesouro Direto, Letras de Crédito, Certificado de Depósito Bancário e outros títulos atrelados à taxa Selic e à variação do CDI.

Moderado

Esse perfil de investidor busca retornos acima da média, mas prefere investimentos que também proporcionam segurança. Ele é um meio termo e incorpora características dos outros dois perfis: conservador e arrojado. O investidor moderado tem muito interesse em manter seguro seu capital, mas ele está disposto a assumir certos riscos em busca de retornos melhores. 

Pensando nisso, a carteira de investimento do investidor moderado é mais diversificada. Além de produtos de renda fixa, ele também investe em ações, desde que tenham pouco risco de perda. Em geral, o investidor moderado investe 70% em títulos de renda fixa com prazos diferentes, e 30% em ações de diferentes setores. 

A diversificação de prazos e setores é importante para o perfil moderado, pois aumenta as chances de obter melhores resultados e suaviza os riscos. O investidor moderado deseja aumentar seu patrimônio e tem um pouco mais de conhecimento sobre o mercado. 

Agressivo ou Arrojado

O perfil de investidor agressivo ou arrojado é o mais tolerante ao risco e tem amplo conhecimento de mercado. Ele assume correr riscos elevados para obter grandes ganhos nas suas operações. 

O investidor arrojado ou agressivo não se abala se tiver perdas eventuais. Ele entende que a médio ou longo prazo, os ganhos irão compensar isso. Dessa forma, esse perfil investe 60% em produtos de rendas variáveis, principalmente na Bolsa de Valores, e 40% em títulos de renda fixa. Os produtos mais recomendados são:

  • Ações como ABEV3 etc.;
  • Fundos imobiliários;
  • Moedas como dólar por exemplo;
  • Commodities como boi gordo, milho, café etc.; 
  • Mercado futuro;
  • Derivativos, entre outros. 

Mesmo o investidor arrojado precisa manter parte do seu capital investido em produtos menos arriscados com objetivo de manter uma reserva de emergência e proteger seu dinheiro. 

Vale a pena investir ABEV3?

Se o seu perfil for moderado ou arrojado, tem grandes chances de incluir ABEV3 na sua carteira ser uma boa estratégia.

Muitos investidores apostam na ABEV3 por conta do seu tag long (que protege o acionista minoritário no caso de mudança acionária ou venda da empresa), que está em 80%.

Mas é importante, como falamos anteriormente, que você como investidor (a) avalie todas as informações sobre a empresa, resultados, indicadores e estratégias para assim definir a integração desta empresa em sua carteira de investimentos.

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Mais Retorno
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