Token LEO, da Bitfinex, ganha destaque simplesmente por cair menos, diz QR Asset

Sendo 2022 um dos piores anos para o setor dos criptoativos, todas as moedas encerraram em queda, mas se destacaram aqueles ativos que tiveram recuos menores. As moedas mais famosas, Bitcoin e Ether, se desvalorizaram 66,55% e 69,6%, respectivamente, contra o Real.

O token LEO, da exchange Bitfinex, se saiu melhor e conseguiu ser destaque com a menor queda em 2022, segundo o levantamento da QR Asset Management. O ativo teve forte alta em fevereiro, depois que dois suspeitos de serem os responsáveis pelo ataque hacker sofrido pela Bitfinex em 2016 foram presos. 

Após esse caso, a exchange anunciou que usariam grande parte dos recursos recuperados (80%), para recomprar e queimar tokens LEO. Esse movimento reduziu a oferta do ativo e o token chegou a dobrar de preço durante o mês de fevereiro. Como o mercado financeiro não é um mar de rosas, o ativo caiu lentamente ao longo de 2022, fechando com variação de -10,08%. 

O OKB, token de exchange, da asiática OKX, também se sobressaiu com uma queda menos expressiva. Segundo a QR Asset Manegement, tokens de exchanges que possuem alto volume de negociação costumam ter boa performance, dada a demanda gerada por clientes que querem descontos em tarifas cobradas pelas plataformas. 

Durante boa parte do ano, os tokens operaram em linha com o mercado cripto como um todo, mas, no final de 2022, voltaram a ter um novo impulso com a derrocada do grupo FTX.  Após a falência da FTX, a OKX retomou seu posto como um dos principais centros de liquidez para derivativos e opções de cripto. 

Guilherme Bento, head de criptomoedas da Acqua Vero Investimentos, afirmou que um cenário macroeconômico mais controlado neste ano pode trazer alívio para o setor das criptomoedas.

Bento acredita que um fator importante é que grandes investidores coloquem dinheiro em empresas de tecnologia que desenvolvem criptomoedas, de forma a dar suporte a esse setor.

Confira as piores quedas:

A QR Asset nota uma coincidência entre os 5 piores desempenhos do ano: todos são tokens nativos de blockchains alternativas e que seriam potenciais concorrentes do Ethereum.

"Com a derrocada do ecossistema Terra/Luna no meio do ano, o mercado passou a punir esses tokens, que estiveram, desde então, entre as piores performances", explica a gestora.

No final do ano, com todas as polêmicas envolvendo a FTX, o token da rede Solana caiu mais do que todos por ter a Alameda como um dos maiores investidores em suas primeiras rodadas e ser fomentada constantemente pelo CEO da companhia. 

Segundo Guilherme Bento, head de criptomoedas da Acqua Vero Investimentos atribui a queda do mercado cripto ao aperto dos estímulos monetários no exterior, principalmente nos Estados Unidos. Além do setor cripto, ele citou também o setor de tecnologia, que sofreu muito com o aumento de juros. 

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