Yield
O que é yield?
O yield (também conhecido, em Português, como rendimento) é o retorno obtido a partir de um investimento feito.
De forma resumida, o yield pode ser descrito como a diferença entre o valor investido e o que realmente retorna ao investidor, em forma de lucro.
Está incutido em todas as aplicações, desde ativos de renda fixa (como títulos públicos) à renda variável (como ações preferenciais e ordinárias, por exemplo).
Devido à sua vital importância no mercado financeiro, o yield se ramifica em diversos tipos de retorno, sendo o dividend yield apenas um deles.
Como o yield funciona?
De modo geral, o rendimento é descrito como a relação entre um resultado obtido e o esforço empreendido para alcançá-lo.
É um termo comum a muitos ramos, mas no que tange ao yield, especificamente, está centrado na economia.
Para ilustrar, imagine que foi feito um investimento de R$100,00 na poupança. Vencido o prazo de um ano, retira-se r$110,00, que correspondem ao valor investido mais R$10,00 de retorno a partir dos juros sobre o capital.
De forma simplista, é assim que o yield é calculado, mas essa é apenas uma conta básica.
Na realidade, o cálculo do yield pode ser feito de muitas maneiras: considerando (ou não) os custos de cada aplicação, se pertence ao grupo de renda fixa ou de renda variável, se o resultado desejado é em numeral simples ou proporção…
E cada um recebe um nome diferente. Vejamos alguns deles:
Nominal yield: Ou rendimento nominal, é o valor recebido pelo investidor antes de se descontar a inflação do período. Pode ser apresentada em forma bruta (com os impostos embutidos) ou líquida (sem os impostos).
Real yield: Ou rendimento real, é o valor que o investidor realmente recebe em retorno, após o desconto dos impostos e da inflação.
Negative real yield: Ou rendimento real negativo é o termo utilizado para os casos em que o nominal yield, em percentual, é igual ou inferior à taxa da inflação.
Para que serve o yield?
De fato, a principal função do yield é auxiliar o investidor a entender se um investimento é vantajoso ou não.
Mas atenção! Uma leitura contextual se faz necessária, não basta encontrar o ativo com maior yield e comprar todos os papéis que conseguir.
Isso porque os ativos com maior yield no mercado também são os mais perigosos em termos de perda.
É justamente apenas da comparação entre esses dois aspectos que um investidor pode decidir se a aplicação está alinhada aos seus objetivos ou não.
Qual é a importância do yield para os investimentos?
As empresas, a agricultura, a culinária e até a Física possuem as suas próprias versões de rendimento. Afinal, quem nunca realizou uma receita e se deparou com esse termo?
Ele permeia muitas atividades e é essencial para que se possa analisar se o efeito obtido justifica a quantidade de produtos, tempo, energia ou dinheiro aplicado no processo.
Imagine como seria frustrante comprar 5kg de arroz cru e, após o cozimento, acabar com apenas 1 xícara do grão. Certamente você desistiria de prepará-lo, pois a proporção efeito x esforço não é vantajosa.
No mundo dos investimentos, essa proporção também existe. Com outro nome, é também a lei suprema da atividade. Sim, estamos tratando da relação risco x retorno.
Quanto maior o risco, maior o retorno: uma das primeiras lições aprendidas pelo investidor iniciante é essa.
Em geral, se refere a títulos mais ou menos arriscados, mas pense bem: todo investimento é, por si só, um risco.
Ao abrir mão do seu capital e entregá-lo a outrem (no caso, o emissor), não há garantia de que ele retornará. Mesmo que exista um aparato regulatório dedicado a proteger os investidores, a própria lei pode mudar a qualquer instante, pois não é algo que depende exclusivamente de quem investe.
E se pensarmos no surgimento da economia, quando nem a legislação era capaz de prover alguma segurança aos investidores, o risco se torna ainda maior.
Qual é a razão, então, de se investir? Por que as pessoas decidiram que essa “loucura” de dar o seu dinheiro a outras era algo benéfico?
Pelo yield, oras.
Em determinado momento, o resultado obtido (yield) justificou o esforço empreendido (capital).
O yield, portanto, não é apenas um elemento importante de um investimento, mas é, em essência, a sua própria razão de existir.