Workaholic
O que é um workaholic?
Workaholic é o termo designado para fazer menção às pessoas que apresentam um vício em trabalhar. Essa é uma termologia inglesa e composta das palavras work (trabalho) e holic (um sufixo usado para dependências). Como muitos outros estrangeirismos, foi adotado em português, sem tradução.
Ao contrário do que pode parecer, essa não é uma característica positiva. Não se trata de alguém dedicado ou simplesmente focado no seu trabalho, mas sim um profissional que simplesmente faz da sua ocupação a prioridade máxima — deixando diversos outros aspectos da vida em segundo plano.
No longo prazo, claro, isso é extremamente prejudicial à saúde física e mental. É importante, inclusive do ponto de vista psicológico, ser capaz de dosar o trabalho com outras atividades.
Não que a dedicação à ocupação seja ruim. Contudo, como em praticamente tudo na vida, o excesso nunca é saudável.
Workaholic x worklover: qual a diferença?
Por mais que não seja uma questão positiva, o profissional workaholic tem sido, de certa forma, romantizado na atual cultura da sociedade.
Existe uma tendência, ainda que discreta, de valorizar profissionais que ficam até mais tarde no trabalho.
Em muitas empresas, o funcionário que sai no horário passa a sensação de não estar dedicado ou empenhado dentro das suas funções, gerando inclusive piadas entre os demais colegas.
Aqui, é preciso mencionar dois pontos importantes. O primeiro é de que trabalhar até tarde nem sempre é sinal de dedicação ou paixão pelo negócio. Pode ser simplesmente falta de organização ou produtividade. Assim, esse profissional acaba precisando de horas extras para cumprir com as suas entregas.
Ademais, não se pode confundir a paixão pela sua ocupação (worklover) com alguém que seja realmente viciado em trabalhar. O primeiro é positivo e benéfico; o segundo pode trazer sérias consequências se não forem tomados alguns cuidados.
Portanto, sempre que alguém disser para você que é um workaholic, verifique se ela realmente tem algum tipo de compulsão pelo seu trabalho ou se ela quer se classificar como um worklover. No primeiro caso, ela pode precisar de ajuda psicológica.
Quais os sinais de que uma pessoa é workaholic?
Embora seja uma doença psicológica, o workaholic ainda não recebe tanta preocupação ou cuidado dentro da sociedade moderna. Em parte, como já mencionamos, isso deve-se à cultura de valorização do emprego e da acumulação de riqueza.
No entanto, existem sinais que diferem alguém que simplesmente gosta de trabalhar para outras pessoas que apresentam sintomas do vício e da dependência da sua ocupação profissional. Abaixo, listamos alguns deles:
- Dificuldade de ficar muito tempo sem conferir e-mail e outros contatos profissionais;
- Ser a primeira pessoa a chegar e a última a ir embora no trabalho;
- Incapacidade de dialogar com entes queridos;
- Distanciamento afetivo;
- Sinais de irritação e impaciência;
- Baixa participação em eventos fora do trabalho (como lazer, encontros familiares, etc.).
É preciso ser workaholic para atuar no mercado financeiro?
Existe um conceito, especialmente entre iniciantes, de que é preciso ficar 24 horas por dia em frente ao computador para ter sucesso do mercado financeiro. Essa não é uma visão correta.
Em primeiro lugar, ficar operando por todo tempo não significa que você terá lucro, mas sim volume de operações. Para quem ainda busca experiência, esse pode ser um cenário positivo. No entanto, não é sustentável no longo prazo.
Ademais, a mente também precisa descansar para uma boa tomada de decisão. Portanto, ficar o tempo todo trabalhando tende a atrapalhar a construção de resultados — ao invés de colaborar com isso.
Ou seja, não é preciso ser uma workaholic para ser lucrativo no mercado financeiro. Nem nesse, nem em nenhum outro segmento de atuação. O equilíbrio é, sem dúvidas, fundamental para qualquer carreira.