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Triple A (AAA)

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:26/11/2019 às 14:11 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é Triple A (AAA)

Na classificação de ativos, especialmente bonds, Triple A ou AAA é a classificação mais alta que pode ser atribuída pelas agências de rating.

Um ativo AAA tem alto nível de credibilidade, pois a empresa ou organização emissora é uma boa pagadora, ela tem facilidade para cumprir com suas obrigações financeiras. Por isso, o risco de default é mínimo.

Default em um ativo Triple A (AAA)

Default é o termo usado para a situação em que o emissor do ativo não consegue pagar o valor devido ao investidor. Quando o risco de ocorrer default é considerado baixíssimo, as agências de rating atribuem classificação Triple A ou AAA ao ativo.

Risco e retorno em ativos Triple A (AAA)

Justamente porque o ativo Triple A tem menor risco, ele também costuma oferecer o menor yield (rendimento) entre outros ativos com datas de maturidade similares. Assim, o investidor tem baixa expectativa de retorno, mas com a certeza de que vai receber esse retorno.

Por outro lado, os ativos com classificação mais baixa costumam oferecer os maiores yields. É dessa forma que eles superam o nível de risco para conquistar investidores.

Quem compra esses ativos são investidores de perfil mais especulativo; eles estão dispostos a investir sem a certeza de receber um retorno, mas apostando que, se esse retorno existir, pode ser muito alto.

Bonds Triple A (AAA) e estratégia de negócios

Graças à credibilidade que a classificação carrega, as empresas que conseguem um Triple A para os seus bonds não têm dificuldades para conseguir investidores interessados em comprar seus papéis.

Então, emitir esses títulos de dívida é uma das formas que elas podem utilizar quando desejam levantar capital para expandir suas operações ou, ainda, para realizar operações de M&A.

Escândalo do Triple A (AAA) na Crise de 2008

As agências de rating também estiveram envolvidas na Crise de 2008. Foram apresentadas denúncias de que as agências estavam concedendo classificação Triple A a ativos que tinham alta probabilidade de default.

Essa prática levou investidores a comprar papéis sem saber, realmente, o nível de risco que estavam assumindo. Portanto, as agências de rating ajudaram a tornar a crise ainda mais grave, quando a bolha imobiliária estourou.

Depois da Crise, as agências de rating sofreram repercussões. A Moody's, por exemplo, recebeu uma multa de US$ 864 milhões. Além disso, muitas empresas perderam o Triple A em seus ativos.

Países Triple A (AAA)

A classificação Triple A não se aplica apenas a ativos emitidos por empresas, mas também aos títulos públicos. Ou seja, um país pode ser Triple A.

Poucos países atingem o Triple A com todas as principais agências de rating (S&P, Moody's, Fitch e DBRS). Em 2019, a lista é formada por Austrália, Dinamarca, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Singapura, Suécia e Suíça.

Empresas Triple A (AAA)

Empresas que conseguem a classificação Triple A para seus ativos são raras. No começo dos anos 1980, 60 empresas tinham as letras AAA na frente dos seus bonds. Em 2000, o número tinha caído para cerca de 15 empresas. Em 2011, apenas 4.

O motivo é que as grandes empresas estão cada vez mais submersas em dívida e mais sujeitas à volatilidade e incerteza. Além disso, as agências de rating (colocando de lado os escândalos de 2008) usam critérios muito rigorosos para a avaliação dos ativos, incluindo fatores como a estabilidade histórica do segmento e a habilidade de suportar recessões.

Assim, quem busca títulos de dívida de empresas para investir dificilmente conseguirá montar uma carteira apenas com ativos Triple A.

No entanto, é importante lembrar que, dentro das escalas das agências de rating, mesmo ativos com classificação AA ou A são opções bastante seguras.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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