Toyotismo

O que é Toyotismo

Toyotismo, ou Sistema Toyota de Produção, é uma metodologia de gestão da produção desenvolvida na empresa japonesa do setor automobilístico Toyota, entre meados da década de 1940 e meados da década de 1970. Nos anos seguintes, essa metodologia substituiu, em muitas indústrias de diversos segmentos, o Fordismo.

O Toyotismo é considerado um precursor do Lean, uma outra metodologia de gestão da produção.

Além disso, o termo também é, em muitas ocasiões, tratado como sinônimo de Just-in-time. Em outras ocasiões, afirma-se que o Just-in-time é apenas um dos elementos que compõem o Toyotismo.

Objetivos do Toyotismo

Os objetivos principais do Toyotismo são afastar o excesso e a inconsistência e reduzir o desperdício na produção. Dessa forma, é possível entregar o que é necessário, no tempo certo, com o mínimo de recursos.

Elementos do Toyotismo

Um dos principais elementos do Toyotismo é o Just-in-time, que consiste em entregar o que é pedido, quando é pedido, na quantidade em que é pedido.

Como consequência, as empresas que adotam o Toyotismo e o Just-in-time desenvolvem um estoque mínimo e, no melhor dos cenários, estoque zero. Isso permite que elas economizem, por exemplo, em armazenagem e logística.

Outro elemento considerado central para o Toyotismo é o Jidoka, isto é, automação inteligente. Basicamente, consiste em combinar automação com trabalho humano.

Na linha de produção que aplica o Jidoka, a máquina desenvolve a atividade de produção e é capaz de detectar e sinalizar quando existe um problema. Então, o operário é responsável por parar a linha e corrigir o problema.

Desta maneira, em vez de resolver um problema apenas quando vários produtos já saíram com defeito, é possível tratar a situação logo no começo e evitar maiores perdas.

Princípios do Toyotismo

A própria Toyota destaca os seguintes princípios adjacentes ao Toyotismo:

• Melhoria contínua
  • Nesse princípio, enquadra-se o conceito do Kaizen, palavra que, de fato, significa "melhoria".
• Respeito pelas pessoas
  • Trabalho de equipe é considerado fundamental dentro do Toyotismo.
• Filosofia de longo prazo
  • As decisões gerenciais devem ser tomadas considerando os objetivos de longo prazo, ainda que, eventualmente, sacrifiquem os resultados financeiros de curto prazo.
• O processo certo produz os resultados certos
  • Nesse princípio, enquadra-se a técnica conhecida como heijunka, que consiste em nivelar a produção.
• Gere valor para a organização desenvolvendo colaboradores e parceiros
  • As pessoas são consideradas essenciais para o Toyotismo; e não apenas aquelas dentro da organização, mas também parceiros e fornecedores
• A resolução contínua de problemas de base move o aprendizado organizacional
  • Nesse princípio, enquadra-se o conceito de genchi genbutsu – "ir e ver por si mesmo", que sugere que o gestor só pode entender uma situação e decidir sobre ela depois de observar pessoalmente.

Expansão além da linha de montagem

A própria Toyota reconhece que o Toyotismo pode, e deve, ser adotado em mais setores além da linha de montagem. De fato, em 2018, a empresa criou um grupo interno dedicado a melhorar a produtividade em áreas além da produção, por meio do Toyotismo.

Crítica ao Toyotismo

A maioria dos especialistas em gestão de produção concorda que o Toyotismo é uma metodologia poderosa – o que fica claro pelo fato de que ocupou um papel central na transformação da Toyota em líder do setor automotivo.

No entanto, muitos criticam a ideia de que ele possa ser aplicado, como uma espécie de fórmula, por outras empresas. Alguns especialistas afirmam que o Toyotismo é vivo, orgânico; ele está profundamente relacionado com observação, aprendizado e mudança. Portanto, qualquer tentativa de copiar as técnicas da Toyota e obter os mesmos resultados tem boa chance de falhar.

O principal erro, segundo esses especialistas, é acreditar que o coração do Toyotismo são as suas ferramentas; quando, na verdade, é o propósito do sistema que importa.