Teoria da Relevância dos Dividendos
O que é a Teoria da Relevância dos Dividendos?
A Teoria da Relevância dos Dividendos é um conceito que afirma que os investidores preferem dividendos em investimentos em ações a ganhos de capital potenciais. Isso acontece por conta da incerteza inerente associada a esse tipo de ganho. Ela faz alusão ao famoso ditado “mais vale um pássaro na mão do que dois voando” porque os investidores preferem ter a certeza do pagamento de dividendos à possibilidade de ganhos futuros substancialmente maiores.
John Lintner e Myron Gordon desenvolveram a Teoria da Relevância dos Dividendos como um contraponto à Teoria da Irrelevância dos Dividendos, que sustenta que os investidores são indiferentes ao fato de seus retornos advirem de dividendos ou dos ganhos de capital. Além disso, de acordo com a primeira delas, as ações com alto pagamento de dividendos são mais procuradas e, consequentemente, têm um preço de mercado mais alto.
Como a Teoria da Relevância dos Dividendos afeta a tomada de decisão dos investidores?
Quando se trata de ganhos de capital, os investidores precisam enfrentar uma quantidade significativa de incertezas. Isso porque não existe uma métrica que possa estimar com segurança quanto ganho de capital uma ação específica experimentará. O desempenho final de ganho de capital de uma ação depende de vários fatores e alguns deles são imprevisíveis e estão fora do controle da empresa.
Isso significa que o investimento em ganhos de capital pode enfrentar os investidores com condições e retornos incertos. Pelos riscos substanciais que enfrentam, eles também conseguem alcançar recompensas maiores. No entanto, os riscos também podem resultar em retornos significativamente baixos ou nenhum retorno. Para alguns investidores, aliás, eles podem não ser aceitáveis para os retornos que obtêm.
A Teoria da Relevância dos Dividendos trabalha com a ideia de que os investidores são mais propensos a escolher investimentos mais seguros em vez de arriscados. Em comparação com ganhos de capital, os dividendos são mais fáceis de prever e calcular. Eles também representam riscos menores para os investidores. No entanto, eles também vêm com retornos mais baixos, que às vezes são significativamente mais baixos do que os ganhos de capital.
Qual é a diferença entre a Teoria da Relevância dos Dividendos e investimento de ganhos de capital?
O investimento em ganhos de capital se baseia, principalmente, em algumas conjecturas. Um investidor pode conseguir, por exemplo, uma vantagem em ganhos de capital ao conduzir grandes pesquisas sobre a empresa, o mercado e macroeconômicas. No entanto, em última análise, o desempenho de uma ação depende de uma série de fatores que estão fora do controle dele.
Por esse motivo, o investimento em ganhos de capital representa a parte dos “dois pássaros voando” do ditado. Os investidores perseguem os ganhos de capital porque existe a possibilidade de que sejam grandes, mas é igualmente possível que os ganhos de capital possam ser inexistentes — ou pior: negativos.
Quais são algumas desvantagens e limitações da Teoria da Relevância dos Dividendos?
Uma das maiores desvantagens da Teoria da Relevância dos Dividendos é a de que quando se trata de investir, o que é confortável raramente é lucrativo. Investir em dividendos a 5% ao ano, por exemplo, oferece retornos e segurança quase garantidos. No entanto, a longo prazo, o investidor que só foca em dividendos ganha muito menos dinheiro do que o que investe em ganhos de capital. Além disso, durante alguns anos, como no final dos anos 1970, a receita de dividendos, embora segura e confortável, foi insuficiente até mesmo para acompanhar a inflação.
Além disso, essa teoria vai contra a ideia de que os investidores querem maximizar seus lucros. Ao sugerir que os investidores ignorarão altos ganhos de capital para dividendos, ela pode oferecer maior segurança. No entanto, não permite que os retornos sejam maximizados. No curto prazo, alguns investidores podem se beneficiar do investimento em dividendos. No entanto, os ganhos de capital quase sempre excederão quaisquer retornos de dividendos recebidos no longo prazo.