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Teoria da Reflexividade

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:31/05/2021 às 12:42 -
Atualizado 3 anos atrás
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O que é a Teoria da Reflexividade?

A teoria da reflexividade foi desenvolvida pelo filósofo húngaro George Soros, um dos investidores mais ricos e polêmicos da história, a partir de alguns conceitos sociais propostos pelo também filósofo, Karl Popper.

Soros nasceu em Budapeste no ano de 1930. Enfrentou o holocausto nos anos 1940 junto com sua família, tendo que se refugiar em outros países do continente europeu. Em 1956, morando em Londres, começou sua carreira comercial trabalhando em diversas instituições financeiras.

A formação acadêmica em filosofia pela London School of Economics em conjunto com suas experiências de vida pessoal, permitiram que George desenvolvesse a teoria da reflexividade, baseada no conceito de sociedade aberta explicado por Karl Popper.

Karl Raimund Popper, por sua vez, foi um professor austro-britânico considerado um dos maiores filósofos da ciência do século passado. Defendia a democracia liberal, por essa razão passou a considerar os planos de uma sociedade aberta - princípio que engloba todas as ideologias políticas e democráticas, como o socialismo, liberalismo, conservadorismo e assim por diante.

Como a Teoria da Reflexividade funciona?

A teoria da reflexividade é uma pauta bastante presente nas obras literárias de George Soros. O artigo escrito para o Financial Times em 2009, chamado de Teoria Geral da Reflexividade, é um dos mais explicativos que o filósofo já desenvolveu até hoje.

Nele, Soros resume a teoria da reflexividade como uma composição de dois conceitos, a falibilidade e a própria reflexividade - no sentido de reflexo, mesmo, como um espelho.

A falibilidade propõe que numa única situação podem haver diversos tipos de pessoas envolvidas, com pensamentos e visões diferentes umas das outras, e que não há porque isso se tornar um problema - ideia similar ao conceito de sociedade aberta, conforme dissemos anteriormente.

A reflexividade, por sua vez, é o complemento do conceito anterior: diversas opiniões e visões diferentes podem alterar a realidade da situação ao qual as pessoas estão envolvidas. Ou seja, a teoria da reflexividade está relacionada a capacidade que ambas as extremidades tem de se influenciarem (situação e pessoas).

George Soros explica, ainda, que a combinação desse dois elementos (falibilidade e reflexividade) é capaz de criar bolhas ou processos sem fundamento; situações onde a realidade fica completamente mascarada pela alta diversidade.

"Um processo de feedback positivo é auto reforçador. Não pode durar para sempre porque, eventualmente, as opiniões dos participantes se tornariam tão distantes da realidade objetiva que os participantes teriam que reconhecê-las como irrealistas ... Normalmente em situações distantes do equilíbrio a divergência entre as percepções e a realidade leva a um clímax que desencadeia um processo de feedback positivo na direção oposta. Esses processos ou bolhas, inicialmente auto reforçadores, mas eventualmente autodestrutivos, são característicos dos mercados financeiros, mas também podem ser encontrados em outras esferas. "

Como a Teoria da Reflexividade pode ser aplicada no mercado financeiro?

Soros conseguiu aplicar a teoria da reflexividade em suas operações financeiras respeitando a capacidade de influência citada anteriormente, permitindo ater-se em informações que modifiquem um padrão de mercado, ou seja, enxergando possibilidades de acordo com a situação. 

Da mesma forma, não se opunha a modificar a situação ao qual estava envolvido mesmo que sua ideia ou visão estratégica não estivesse de acordo com a maioria das opiniões - foi assim que faturou US$ 1 bilhão no mesmo dia em que o Reino Unido sofria a maior crise cambial europeia, inclusive.

Além disso, a teoria da reflexividade também permite que o investidor enxergue e evite bolhas financeiras, tais como a Bolha das Tulipas ou a Bolha Imobiliária, por exemplo. George reforça que é papel das autoridades impedirem esse tipo de movimento a fim de evitar colapsos econômicos.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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