Tabela SAC
O que é a Tabela SAC?
Quando alguém pega um empréstimo, assume o compromisso de devolver o valor para a empresa que cedeu o capital com algum prêmio embutido — geralmente uma taxa de juros definida anteriormente.
Na maior parte das vezes, esse valor tomado serve para financiar algum objeto (como imóveis ou veículos) e acaba sendo devolvido em partes, um processo conhecimento popularmente pelo parcelamento.
O que por vezes passa batido é que essa devolução precisa considerar duas linhas diferentes: a amortização da dívida contraída e também os juros prometidos no ato da tomada do capital. Neste sentido, um dos métodos para realizar a devolução é a Tabela SAC. O nome é a uma abreviação para Sistema de Amortização Constante.
Como funciona a Tabela SAC?
A Tabela SAC tem por objetivo o abatimento de uma dívida em montantes constantes, como o próprio nome sugere. Ou seja, a amortização é constante e fixa.
No entanto, isso não significa que as prestações serão pagas com o mesmo valor pelo tomador do empréstimo, pois ainda é preciso incluir os juros. E, neste caso, há diferença ao longo do tempo. Nos primeiros meses, há maior presença de juros, enquanto que essa participação reduz ao longo do tempo.
Ou seja, isso significa que, na prática, as primeiras parcelas serão mais altas do que as últimas na medida em que haverá menor incidência das taxas. Por outro lado, a amortização segue um ritmo constante na redução da dívida.
Entendendo a Tabela SAC
Para que fique mais claro, vamos considerar um exemplo simples com três parcelas para amortização de uma dívida de R$1.500. Como a amortização é constante na Tabela SAC, a divisão respeita parcelas iguais de R$500.
O que vai mudar a cada mês é a cobrança de juros. Se o valor total desses juros totalizar R$50, por exemplo, eles poderiam ser distribuídos da seguinte forma:
- 1º mês: R$22
- 2º mês: R$16
- 3º mês: R$12
Assim, o valor de cada parcela seria diferente a cada mês, considerando aplicação da amortização somada aos juros:
- 1ª parcela: R$522
- 2ª parcela: R$516
- 3ª parcela: R$512
Em resumo, portanto, o tomador do empréstimo pagará mais no começo das prestações e, conforme o tempo passa, o valor reduz gradualmente em função da redução da presença de juros nos pagamentos.
Quais as vantagens e desvantagens da Tabela SAC?
Quando se fala em amortização, a Tabela SAC oferece um sistema em que há maior peso das parcelas no começo do pagamento, reduzindo com o passar do tempo, como vimos anteriormente.
Isso pode gerar um efeito psicológico positivo para o tomador do empréstimo na medida em que a parcela diminui. Portanto, pode ser considerado como um benefício do modelo.
Por outro lado, como consequência direta desse processo, também há maiores valores no início, algo que pode pesar no bolso do consumidor que não se preparar adequadamente para o custo.
Há ainda empresas que oferecem carência de amortização. Isto é, os primeiros meses possuem parcelas apenas de juros, iniciando o pagamento do valor emprestado em si apenas algumas semanas depois do acordo.
Tabela SAC x Tabela Price: qual é melhor?
Outro modelo de amortização utilizado no Brasil é a Tabela Price. Nela, o valor das parcelas é fixo, mas também incluem maiores valores de juros no começo do que no final. Ou seja, a amortização cresce com o passar do tempo ao invés de ser constante, como acontece na Tabela SAC.
Não há um modelo necessariamente melhor do que o outro, mas sim aquele que melhor se enquadra às condições específicas do tomador do empréstimo.
A Tabela SAC oferece a amortização fixa, mas com parcelas maiores. Já na Tabela Price, a amortização é crescente, enquanto que as parcelas não se modificam. O ideal é entender as condições e avaliar qual dos modelos melhor atende às necessidades do empréstimo.