Seguro de Vida Resgatável
O que é Seguro de Vida Resgatável?
Em um primeiro olhar, o seguro de vida resgatável pode parecer uma mistura de seguro de vida com reserva financeira. Na prática, o seguro de vida resgatável não é nem investimento, muito menos um plano de aposentadoria. Ele apenas permite que o próprio segurado receba o valor em vida, em caso de necessidade.
Ele entra na categoria de seguros dotais na classificação da Superintendência de Seguros Privados (Susep), que é o órgão do governo responsável por autorizar e fiscalizar seguros, capitalização e planos de previdência complementar aberta.
A escolha do seguro de vida resgatável vai depender dos objetivos de quem o contrata para esse tipo de serviço.
Para que serve o seguro de vida resgatável?
Assim como os demais produtos, o seguro de vida resgatável tem a proposta de oferecer uma garantia financeira aos beneficiários da apólice por um determinado período de tempo.
Entre as regras que definem as condições e quando é possível desfrutar destes recursos, o seguro resgatável dá a possibilidade de receber uma parte ou mesmo a totalidade do benefício em vida.
Há quem considere o seguro de vida resgatável como uma opção de reserva financeira por poder ser pago ao segurado e porque parte do valor é aplicado em um fundo de resgate.
Dessa forma, quanto mais tempo for possível contribuir com as parcelas do seguro, maior será o valor que poderá ser resgatado antecipadamente.
Como funciona o seguro de vida resgatável?
Nos demais produtos deste mercado, os beneficiários recebem o valor da apólice quando há invalidez ou morte do segurado. A questão é que, se o contratante não puder mais pagar pela proteção, ele perde o seguro.
Já no seguro de vida resgatável, é paga a indenização para caso de morte ou invalidez, mas se o segurado desejar, pode pegar o dinheiro antes. Isso é permitido depois de um período de carência, que costuma ser de 24 meses, mas este prazo é definido pelas empresas.
Há companhias que, em caso de desistência ou impossibilidade de continuar a pagar o seguro, dão a opção de usar o dinheiro para estender a cobertura por mais tempo. Neste caso, o segurado deixa de receber o valor, mas continua protegido por um prazo maior.
Rentabilidade
Parte do valor que é pago regularmente pelo segurado é aplicado em um fundo de resgate. A rentabilidade costuma ser o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) + 3% ao ano.
É por conta dessa rentabilidade que o segurado pode confundir esse tipo de seguro como uma forma de investimento. Ele é apenas um produto que atende a algumas demandas no mercado, mas não deixa de ser uma cobertura de risco de vida, conforme é informado no contrato.
Características
Outro fator que torna o seguro de vida resgatável diferenciado é que as parcelas não sofrem reajuste quando o segurado atinge uma nova faixa etária, somente pela inflação anual. Isso acontece porque o preço é nivelado, o que é mais atrativo do que outros seguros de vida, em que o valor sobe gradativamente ao longo dos anos. Esse aumento é fonte de preocupação de alguns segurados em conseguir arcar com as parcelas.
A apólice do seguro de vida resgatável pode ter um prazo definido, que varia entre cinco e 30 anos, com o valor pago ao segurado depois deste prazo. Há também a opção de cobertura vitalícia. Neste caso, o prêmio não é pago, mas o segurado pode resgatá-lo, se desejar.
Cuidados
O contratante deve ter em mente quais os objetivos na hora da contratação do seguro de vida resgatável e verificar as condições da apólice, tipos de cobertura e custos. Cada companhia define o percentual que pode ser pago em vida, se é parcial ou total, bem como o limite de adesão e período máximo de vigência.
O resgate do valor em vida do segurado só pode ser feito por ele mesmo. Os beneficiários indicados na apólice só recebem a cobertura no caso de morte ou invalidez.