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Quebra (empresas)

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:11/12/2020 às 05:37 - Atualizado 3 anos atrás
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O que é quebra?

Quebra é um termo informal, relacionado à falência, e significa o que acontece com uma empresa quando ela encerra suas atividades por motivos variados, como baixas habilidades gerenciais, economia desfavorável, regulação governamental excessiva etc.

Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a cada ano, no Brasil, em média, 600.000 negócios são encerrados — o que equivale a 10% das empresas. Os registros mais recentes, de 2015, verificaram que 22,8% dos empreendimentos não sobrevivem ao primeiro ano de funcionamento.

Nesse meio, ainda existem cinco definições relevantes:

  • Falência formal (quando a empresa oficializa essa quebra junto a órgãos jurídicos);
  • Encerramento das atividades com dívidas e sem baixa formal;
  • Encerramento das atividades para evitar perdas e sem baixa formal.;
  • Empresa vendida ou transformada em outra atividade;
  • Descontinuidade da empresa por algum outro motivo.

O que pode levar à quebra de uma empresa?

Ao questionar os próprios empreendedores sobre os motivos que seus negócios quebraram, a maioria fala que ocorre pela falta de capital de giro. Mas as razões para a quebra, quando investigadas, podem ser categorizadas em algumas áreas:

  • Aspectos técnicos do empreendedor

Como a falta de experiência prévia e competência gerencial, perfil inflexível, falta de planejamento, etc.

  • Área mercadológica

Falta de conhecimento sobre o mercado e até sobre o próprio produto ou serviço.

  • Área técnico-operacional

Má qualidade dos produtos ou serviços, má localização do imóvel onde ocorrem as atividades empresariais, dificuldades com fornecedores, uso de tecnologia inadequada.

  • Área financeira

Imobilização excessiva do capital em ativos fixos, política equivocada de crédito aos clientes, déficit no controle dos custos e da própria gestão financeira.

  • Área jurídica e organizacional

Estrutura organizacional mal elaborada, ausência de planejamento e inovações gerenciais.

E o que acontece com as empresas que ‘sobrevivem’?

Em janeiro deste ano de 2020, no 11º mês consecutivo, a inadimplência bateu o recorde e atingiu 6,2 milhões de empresas (crescimento de 9,9% comparado ao mês anterior). A maioria, 94,2%, são micro ou pequenas empresas, que não recebem tanto auxílio governamental.

Luiz Rabi, economista da Serasa, explica que diante esse cenário, a melhor saída é priorizar o planejamento financeiro e renegociar as dívidas mais caras. Inclusive, três dos 10 maiores motivos que os próprios empresários apontam como responsáveis pela falência dos seus negócios são por má gestão financeira.

O que fazer quando a empresa que você investiu quebra?

Se você investia em uma companhia e ela quebra, não se desespere. O fundo de ativos estressados pode funcionar de duas maneiras: auxílio direto a uma empresa em reestruturação ou pela compra de carteiras de crédito dos bancos que emprestaram a ela. Ambos os métodos funcionam e lucram.

Quando um investidor descobre que determinados ativos podem despencar pela falência da empresa, ele deve lembrar que os imóveis e o maquinário dela valem bastante. A venda desses insumos, inclusive, podem ajudá-la a crescer novamente.

Além disso, existem marcas estratégicas que, apesar de não estarem tão estáveis, possuem uma certa segurança — com base na Lei 11.101/2009 (Lei da Recuperação de Empresas e Falência).

É o caso da Oi, que já passou pela compra de empresas em falência e calotes, mas, mesmo assim, é a única a atender vários municípios. Por isso, não é de interesse do Governo que ela vá à falência definitivamente, deixe pessoas desassistidas e que podem cobrar ações das autoridades públicas.

Mas se você ainda não se sente confortável com essas estratégias, procure meios de evitar a situação. Saiba quais são as empresas exportadoras ou produtoras de bens de consumo essenciais, diversifique a carteira, dê preferência a setores mais resilientes etc.

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