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Propensão Marginal a Investir

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:07/12/2020 às 03:04 - Atualizado 3 anos atrás
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O que é Propensão Marginal a Investir?

A propensão marginal a investir (PMI) é um conceito fundamentado na macroeconomia, com base no modelo keynesiano.

Não é algo difícil a ser compreendido, mas é necessário que você entenda alguns pontos básicos:

A teoria da macroeconomia é composta por 4 pilares - empresas, pessoas, governo e países. A ideia é que cada pilar forneça e receba uns dos outros, se complementando e criando um grande ciclo de desenvolvimento financeiro.

Enquanto o cidadão fornece sua força de trabalho, a empresa recebe e o recompensa com o benefício salarial. Ou então, a população fornece o pagamento de impostos, e o governo nos dá em troca os serviços públicos.

Assim também acontece com o setor externo, através das operação de importação e exportação, onde bens e serviços são trocados constantemente. Sem falar do fluxo monetário, que se mantém em constante movimento e torna tudo possível.

Ou seja, os 4 pilares se ajudam e se mantém. Nosso dia a dia é um eterno ganhar e gastar, já percebeu? Todos os componentes possuem algo a ser vendido, seja em troca de um serviço ou bem material.

Uma vez que você entenda esse ciclo, a visualização da propensão marginal a investir se tornará mais clara.

Como a Propensão Marginal a Investir funciona?

A PMI está diretamente ligada a propensão marginal a consumir (PMC). Vamos partir da premissa que os gastos básicos de uma pessoa chegam a R$1.000,00:

Quanto maior for a remuneração da empresa a uma pessoa - algo em torno de R$2.000,00, por exemplo - maiores são as chances (propensão) desse cidadão conseguir investir. Do contrário, quem recebe menos - como R$1.200,00, por exemplo - não terá tantas chances assim.

Nesse caso, quem recebe mais tende a consumir menos e investir mais. Por outro lado, quem recebe menos tente a consumir mais e investir pouco. Perceba que a PMI e a PMC aparecem numa mesma situação, a diferença é que cada uma aponta propensões diferentes.

Ou seja, a pessoa que oferece seus serviços em troca do benefício salarial pode ter algumas dessas duas coisas elevadas - consumo ou investimento - a depender do valor da renda.

É extremamente difícil que alguém consiga investir dinheiro na mesma proporção em que consome com necessidades básicas. Imagine quão bom seria se todos os brasileiros pudessem viver com R$1.000,00 e investir outros R$1.000,00 no mesmo mês? Um sonho!

Como a Propensão Marginal a Investir pode ser calculada?

Para o governo - um dos pilares da macroeconomia, conforme falamos anteriormente - é importante calcular uma média de quanto os brasileiros e as próprias empresas estão conseguindo investir, e o respectivo valor dessa rentabilidade.

A propensão marginal a investir é calculada através da seguinte forma: os investimentos devem ser divididos pelo valor total da rentabilidade dentro do mesmo período, se tratando tanto de pessoas físicas quanto de pessoas em cadastro jurídico.

Se uma companhia conseguiu render US$ 5 e os investimentos foram de US$ 2, por exemplo, a propensão marginal a investir é de US$ 0,4 - resultado da divisão entre US$ 2 e US$ 5.

Esse cálculo é importante porque fornece informações mais precisas e, de acordo com a avaliação posterior, medidas de intervenção podem ser tomadas - tanto para um lado, quanto para o outro.

Em outras palavras, as pessoas podem se especializar mais para deter uma remuneração melhor, ou as empresas podem oferecer melhores condições e serviços que acrescentem no seu rendimento.

Lembre-se, quanto maior a renda, maiores são as propensões ao investimento, uma vez que acaba sobrando mais dinheiro para isso após o consumo com necessidades básicas já ter sido concluído dentro daquele período.

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