Política Expansionista
O que é uma Política Expansionista?
Política expansionista é o nome dado a um tipo específico de política econômica, que tem como objetivo acelerar o mercado econômico, aquecendo-lhe, e controlar questões como a inflação e a circulação de dinheiro.
Pode ser aplicada individualmente em cada um dos subgrupos que compõem a política econômica (isto é, na política cambial, monetária, fiscal, etc.), mas o mais comum é que a sua aplicação ocorra em um contexto de estratégia geral. Na prática, significa que dois ou mais subgrupos estão adotando medidas expansionistas, como por exemplo aumentando a oferta de moeda no mercado (política monetária) e reduzindo a carga tributária (política fiscal).
Para visualizar melhor como a política expansionista funciona, vamos usar um caso do nosso dia a dia como exemplo.
Suponhamos que você tenha dois filhos que, em fase de crescimento, não comem o suficiente e, consequentemente, não engordam. Você está preocupado(a), porque sabe que essa é uma fase de vital importância e que, se eles não se nutrirem adequadamente agora, podem ter sérios problemas de saúde e estrutura corporal no futuro.
A sua primeira medida é comprar um daqueles xaropes estimuladores do apetite. A ideia aqui é estimulá-los a comer em diversos horários ao longo do dia, inclusive consumindo a quantidade necessária de alimentos nas grandes refeições.
Contudo, você também teme que o tiro saia pela culatra e constantemente analisa a saúde deles para garantir que não estejam passando dos limites, comendo demais e ficando obesos.
Quando falamos de política econômica, algo semelhante acontece. O governo percebe que o crescimento do país não está ocorrendo de maneira totalmente saudável sozinho, nem na velocidade que deveria. Assim sendo, ele decide intervir para 'abrir o seu apetite" (apetite por consumo e investimentos, nesse caso) - sempre ficando de olho para que o crescimento não seja desenfreado e resulte em maiores dificuldades econômicas no futuro.
Nem sempre as políticas expansionistas adotadas dão certo, é importante frisar. Seguindo a ilustração do cotidiano, os pais podem deixar a criança obesa e/ou com uma compulsão alimentar - o que também lhes faria mal. Embora saibamos claramente disso e contemos com nutricionistas para nos auxiliar, na economia nem tudo é preto no branco. Os próprios economistas divergem sobre qual seria a melhor estratégia dentro de um plano expansionista, assim como a sua duração e extensão, entre outros pontos.
Como funciona a Política Expansionista?
Aqui vão alguns exemplos de medidas popularmente adotadas na política expansionista:
- Política monetária expansionista: redução da taxa básica de juros, do recolhimento compulsório e da taxa de redesconto;
- Política cambial expansionista: compra de moeda estrangeira pelo Banco Central;
- Política fiscal expansionista: redução de tributos, aumento dos gastos governamentais (como os investimentos) etc.
Qual é a diferença entre uma Política Expansionista e uma Política Contracionista?
Não é difícil imaginar que, se há uma política expansionista, há também o oposto dela. A política contracionista tem como objetivo justamente promover uma desaceleração crescimento da economia, diminuir o consumo e os investimentos, especialmente com foco no controle inflacionário.
Se mantivéssemos a ilustração do primeiro parágrafo, diríamos que a criança está em uma dieta para justamente comer menos. A intenção é que ela perca peso, que pode ter ganhado por conta de seu apetite mais acentuado e que resultou em um sobrepeso e até obesidade infantil.
No caso da política contracionista isso é feito não com um xarope ou dieta, mas através de medidas que dificultam o acesso ao crédito, a circulação da moeda e os investimentos. Para tanto, o Banco Central pode aumentar a Taxa Selic, diminuir os gastos públicos (como em grandes obras, que empregam um número considerável de pessoas e distribui renda) e elevar as alíquotas dos impostos, por exemplo.