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PDR (Plano de Desempenho Referenciado)

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:02/06/2020 às 02:35 - Atualizado 4 anos atrás
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O que é PDR (Plano de Desempenho Referenciado)?

PDR (Plano de Desempenho Referenciado), é um tipo de plano de previdência privada que garante, durante o período de diferimento, um desempenho mínimo atrelado a um índice de renda fixa. 

Entendendo o PDR (Plano de Desempenho Referenciado)

O PDR é um plano que oferece aos seus participantes benefício de previdência complementar aberta. Porém, diferentemente de outros planos que oferecem esse mesmo tipo de benefício, ele não permite que o valor que será recebido no futuro seja definido desde a contratação; os participantes só podem escolher com quanto vão contribuir atualmente.

Outro ponto essencial do PDR é que, nesse tipo de plano, a instituição financeira responsável (banco ou corretora) assegura um certo desempenho, isto é, um certo rendimento mínimo. Nisso, ele se assemelha, por exemplo, a um plano PRGP.

A diferença entre eles é que o PRGP não atrela esse rendimento a nada; ele é definido nominalmente. Enquanto isso, o PDR atrela o desempenho mínimo assegurado a um percentual de um índice de renda fixa de ampla divulgação. Tanto o percentual quanto o índice devem estar previstos no regulamento.

Outro ponto importante é que, no PDR, devem ser apurados os resultados financeiros durante o período de diferimento (fase de acumulação). Então, no mínimo 95% desses resultados devem ser revertidos aos participantes. O percentual exato deve estar previsto no regulamento.

Comparado a outros planos, como PRGP e PAGP, o PDR prevê um percentual mínimo de reversão dos resultados financeiros muito superior. Nesse sentido, ele apresenta uma vantagem concreta.

Pode haver apuração e reversão também no período de concessão do benefício, mas, nesse momento, são facultativas.

Exemplo com PDR (Plano de Desempenho Referenciado)

O tema da previdência privada tem muitos termos e conceitos que são totalmente novos e, à primeira vista, complexos para as pessoas que não trabalham nessa área. Para que fique mais fácil de digerir todas essas informações sobre o PDR (Plano de Desempenho Referenciado), vamos utilizar um exemplo.

Suponha que Fernanda está em busca de um plano de previdência complementar aberta. Ela opta, então, pela contratação de um PDR. Como sempre, ler o contrato (e o regulamento) é essencial.

Nesses documentos, Fernanda deve prestar atenção a duas informações principais. A primeira é a porcentagem e o índice pelos quais está assegurado o rendimento mínimo. A segunda é a percentagem da reversão dos resultados financeiros.

O rendimento mínimo pode estar expresso, por exemplo, como 100% do CDI. Isso significa que o plano PDR de Fernanda vai garantir, no mínimo, um rendimento igual ao valor do CDI no período. Por isso, falamos que é um plano de desempenho referenciado: porque o desempenho obtido no investimento tem uma referência, que é o índice de renda fixa determinado.

Como Fernanda escolheu um PDR (Plano de Desempenho Referenciado), ela é afetada pelas variações no índice ao qual o desempenho de seu plano está atrelado. O motivo é que os índices de renda fixa variam conforme as circunstâncias financeiras e econômicas.

Portanto, se as condições favorecerem uma alta nesse índice, ela pode ter rendimentos melhores do que com um plano de rendimento determinado em valor nominal. Por outro lado, se as condições fizerem o índice cair, ela vai sair perdendo. 

Infelizmente, como a previdência é um investimento de longo prazo, é difícil fazer previsões para o que vai acontecer em todo o período, até a aposentadoria. A única alternativa é, se o PDR começar a ter rendimentos muito insatisfatórios, buscar uma alternativa de portabilidade para outro tipo de plano.

Quando os participantes de um plano fazem suas contribuições, esse dinheiro não fica parado. O banco ou a corretora responsável vai investi-lo. O lucro obtido com esses investimentos ajuda a compor o valor acumulado que vai, mais tarde, pagar os benefícios, além de arcar com algumas outras obrigações financeiras. Porém, em geral, existe um excedente. Esse excedente, então, é revertido, parcial ou totalmente, para os participantes do plano.

Como Fernanda escolheu um PDR (Plano de Desempenho Referenciado), o percentual mínimo de reversão é de 95%. Porém, ele pode chegar a 100%. Pensando apenas nessa reversão do resultado, Fernanda fez uma boa escolha, pois outros tipos de planos, como o PAGP e o PRGP, preveem um mínimo de apenas 50%.

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