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Passivo Oneroso

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:22/09/2020 às 17:10 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é passivo oneroso?

Passivo oneroso (ou financeiro) é o conjunto de gastos mensais e obrigatórios em um encargo financeiro, o que envolve taxas, juros e outras despesas - como debêntures, empréstimos e financiamentos. Quantias relativas à dívida com o governo e ciclo operacional não fazem parte desse passivo.

A principal utilidade dele é fazer com que os acionistas tenham clareza no que será gasto ao investir em determinada ação e, para a Contabilidade, as despesas necessariamente devem ajudar na geração de receitas.

Além disso, é importante que o conjunto dos passivos sejam menores do que os ativos, para que o patrimônio se mantenha elevado (em superávit). Logo, um passivo oneroso alto pode ser um sinal de má administração financeira.

Como achar o passivo oneroso nas demonstrações financeiras?

Ao ter um balanço patrimonial em mãos, observe o lado direito do documento. Você localizará, então, alguns tipos de passivo contábil, são estes:

  • passivo exigível (onde se encontra o passivo oneroso);
  • passivo circulante;
  • passivo não circulante;
  • passivo descoberto;
  • passivo fictício;
  • passivo de exercícios futuros.

Mas por que o passivo oneroso está inserido em passivo exigível?

Simplesmente porque as obrigações pertinentes a esse passivo possuem um prazo estabelecido para o seu pagamento, como os próprios impostos, por exemplo. Essa data é até discriminada no balanço, se você procurá-la também. Por isso é uma quantia “exigível”.

Da mesma forma, existe também o passivo não oneroso. Ele diz respeito a obrigações decorrentes das atividades normais da empresa, como o pagamento dos colaboradores e fornecedores, empréstimos sem juros, etc., e também faz parte dos passivos exigíveis.

Dívidas com terceiros, obrigações, riscos e contingências, litígios como atuações trabalhistas, judiciais, fiscais, dentre outros, são outros constituintes do passivo exigível, ao lado do passivo oneroso.

Já o passivo circulante é de curto prazo, com pagamento em até 12 meses (como, por exemplo, um imposto anual), enquanto o não circulante é de longo prazo (como um financiamento de 20 parcelas). 

O passivo descoberto, por sua vez, é o que ultrapassa o valor dos ativos, o que explicita o saldo devedor. 

Por fim, o passivo fictício compõe as obrigações já quitadas e, o de exercícios futuros, são as que já foram adiantadas, como o pagamento antecipado de aluguel.

Qual é a sua relação com o endividamento oneroso?

O endividamento oneroso é um índice financeiro que significa a divisão do passivo oneroso pelo total de recursos da empresa (ativo total). Quanto mais alto esse valor, maior é a evidência de endividamento da empresa e isso pode te fazer você repensar se vale a pena investir nela ou não.

Assim, o passivo oneroso é um elemento que revela a dependência de instituições financeiras que aquela companhia tem. Contudo, mais importante que a dimensão dos passivos de uma empresa, é interessante se ater também aos seus atributos: essas obrigações devem ser quitadas a longo ou curto prazo? Quando a longo prazo, há uma brecha de tempo maior para quitação, o que é vantajoso até certo ponto - especialmente se o passivo significar um ganho posterior para a empresa no futuro.

Tanto o passivo oneroso quanto os dados de endividamento são úteis como indicadores de liquidez também. Você pode fazer uma análise de crédito e da capacidade financeira de determinada corporação com esses e outros índices. Há casos em que, ao longo dos anos, uma empresa consegue diminuir seu endividamento não por aumento de ativos, mas somente pela redução do passivo oneroso.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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