Opção Americana
O que é opção americana?
O mercado das opções é mais uma forma de negociar ativos financeiros no mercado. Geralmente, o intuito desse formato de negociação é utilizado como estratégia de Hedge (proteção), embora não seja o seu único uso.
Existem, basicamente, dois tipos de opções: as opções de compra (call) e as opções de venda (put). Em ambas, o investidor que adquire uma opção americana tem o direito de exercer o seu benefício, mas não necessariamente a obrigatoriedade.
Por esse perfil, as opções são diferentes dos contratos futuros, ainda que ambos apresentem datas posteriores para limitar o acordo. Desta forma, enquanto os contratos futuros obrigam a realização do acordo, as opções apenas oferecem o benefício que mencionamos no parágrafo anterior.
Como funciona uma opção americana?
A opção americana em si é um dos formatos desse tipo de negociação, com uma característica especialmente importante: não há limitação para o exercício da operação.
Em outras palavras, entre o momento da emissão e de vencimento da opção, o tomador da negociação é livre para exercer o seu direito. Ou seja, ele não precisa aguardar o vencimento acordado para executar seu benefício, algo que lhe confere maior liberdade para a execução de sua estratégia.
Vale lembrar que essa liberdade é importante na medida em que, na maior parte das vezes, uma opção é usada justamente como proteção. Desta forma, em casos de variações expressivas de indicadores econômicos (como o preço do ativo-objeto, do dólar ou mesmo de inflação), o tomador da opção estará preparado para se proteger com facilidade.
Por essa característica, portanto, o prêmio da opção americana (valor pago ao lançador da mesma) tende a ser um pouco mais alto. Ele é justo na medida em que concede essa maior facilidade de negociação do ativo-objeto.
Opção americana x opção europeia: qual a diferença?
Outro formato de negociação é a opção europeia. Ao contrário do que você pode imaginar inicialmente, não há relação geográfica entre esses dois formatos de negociação de um ativo-objeto.
A principal diferença que você encontrará está justamente sobre o exercício do direito acordado. Na opção americana, como já vimos ao longo do texto, não há necessidade de aguardar o vencimento. A qualquer momento, o comprador de uma opção pode exercer o seu benefício, cabendo ao lançador desta cumprir com a sua parte no acordo.
Não é o que acontece na opção europeia. Aqui, o comprador de uma opção deve aguardar a data de vencimento da mesma para exercer o direito. Trata-se, portanto, de uma negociação um pouco mais limitada. Por esse motivo, o prêmio pago na opção europeia tende a ser menor do que na americana, embora não seja uma regra.
Vale a pena investir em opções americanas no Brasil?
Pensando diretamente no Brasil, temos majoritariamente a presença justamente das opções americanas. Esse é o formato padrão do nosso país e você pode negociá-la pela Bolsa de Valores do país, a B3.
Repare que mencionamos a presença majoritária da opção americana, mas não a limitação a esse formato. Ou seja, você também encontrará as opções europeias para aquisição por aqui, sendo importante entender as diferenças antes de comprar. Os detalhes de cada ticker de opções já trazem informações a respeito do ativo.
Essa pode ser uma boa alternativa caso você esteja atuando no mercado financeiro em busca de alguma proteção. Isso porque, como vimos, a opção americana permite que você exerça o seu direito a qualquer momento durante a vigência.
Assim, em casos emergenciais, você pode usar da opção adquirida com maior liberdade do que a opção europeia sendo, portanto, um bom ativo para trabalhar na diversificação de risco da sua carteira.