OPA – Oferta Pública de Aquisição
O que é OPA (Oferta Pública de Aquisição)?
Quando as empresas desejam entrar na bolsa de valores, é necessário que elas realizem a oferta pública inicial de ações, conhecida como IPO. De maneira oposta, quando a empresa deseja sair do mercado de capitais, é preciso realizar a OPA (Oferta Pública de Aquisição).
Em resumo, a oferta pública de aquisição é a parada das negociações de ações da empresa dentro da bolsa de valores. Em outras palavras, é o fechamento de capital.
Quando esse processo acontece, o acionista majoritário, que controla a organização deve fazer uma oferta aos outros acionistas e garantir a compra do restante das ações da empresa.
O preço considerado justo é determinado por um laudo feito por uma empresa externa, que é encarregada de fazer essa análise. Pelo menos essa é a atual norma da CVM.
Os fatores incluídos nessa análise devem seguir três premissas:
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fluxos de caixa futuros;
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preço médio da ação nos últimos 12 meses;
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patrimônio líquido por ação.
Como funciona a OPA?
A partir do momento em que o processo de OPA é iniciado, é fundamental que a empresa em questão faça uma publicação por meio de um fato relevante, atualizando assim, os seus acionistas.
O passo seguinte é o pedido de fechamento de capital, que deve ser feito na CVM com limite de até 30 dias. O órgão então irá decidir se o pedido será ou não aceito.
Em caso de aceite, dá se início o processo de análise externa que apontará o valor sugerido para cada ação. Se os acionistas aceitaram o valor sugerido, o valor é depositado na conta de cada um deles.
Caso 10% ou mais dos acionistas discordarem da proposta, é necessário a realização de uma assembleia para discutir a precificação do ativo.
Por que realizar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição)?
Existem 3 motivos que podem ser considerados quando uma empresa decide realizar o processo de fechamento de capital:
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Ações muito baratas: o controlador da empresa pode achar que os valores das ações no mercado estão muito baratas quando comparadas com o seu valor justo;
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Horizonte favorável: esse motivo é semelhante ao anterior, mas tem como base a premissa de um cenário lucrativo no futuro, onde as ações serão negociadas abaixo do que pode ser considerado um valor ideal;
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Pouca necessidade de captação: existem casos de empresas que fecham seu capital pelo simples fato de que não precisam mais de recursos externos para manter suas atividades.
Desvantagens de realizar o processo de OPA
Existem algumas desvantagens no processo de OPA (Oferta Pública de Aquisição) tanto para os acionistas majoritários quanto para os minoritários.
Aqui estão alguns exemplos:
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Menos oportunidade para os investidores: quando uma empresa fecha seu capital, consequentemente existem menos opções no mercado financeiro que um investidor individual pode escolher;
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Acionistas perdem liquidez: ao realizar o processo de OPA, uma empresa torna o mercado financeiro um lugar mais difícil de transformar ativos reais em dinheiro, uma vez que a liquidez do ambiente como um todo é afetada;
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Perda de captação de recursos: vender ações é uma forma das empresas coletarem dinheiro para investir em expansões e projetos futuros. Realizar uma OPA elimina essa possibilidade;
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Menos transparência: empresas de capital aberto são obrigadas a divulgar seus resultados periodicamente e fazer uma conferência aberta para comunicar todos os participantes do mercado. Isso já não é verdade no caso de empresas de capital fechado…
A OPA e o mercado de capitais
O processo de OPA (Oferta Pública de Aquisição) impacta diretamente no mercado de capitais e pode ser considerado uma prática que, via de regra, enfraquece o ambiente financeiro.
É claro que podem existir motivos para justificar essa decisão, como precificação das ações muito baixa ou pouca necessidade de captação de recursos, mas a decisão de seguir com o processo deve ser aceita por todas as partes envolvidas, para que não seja uma operação complicada e com muitas dores de cabeça.