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Mundell-Fleming

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:17/11/2020 às 19:03 -
Atualizado 3 anos atrás
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O que é Mundell-Fleming?

O Mundell-Fleming é um dos diversos modelos teóricos utilizados na economia para compreender as relações existentes entre a economia interna de um país e o comércio internacional.

Esse modelo, criado em 1960 pelos economistas Robert Mundell e J. Marcus Fleming, parte de uma revisão da teoria tradicional proposta inicialmente por John Maynard Keynes.

Ao contrário do modelo keynesiano, que analisa políticas monetária e fiscal para entender movimentos mundiais, o Mundell-Fleming observa os mercados de bens e monetário.

Uma análise das relações econômicas a partir desse modelo se baseia na ideia de uma economia aberta, isto é, em uma economia na qual há a integração internacional dos mercados de bens e de capitais.

Em um cenário de integração internacional, o Mundell-Fleming toma como base a chamada curva de balança de pagamentos (BP) para descrever a relação que há entre um dado produto e o câmbio. Tal análise, contudo, não prevê essa relação no longo prazo.

Partindo da cura de BP, o modelo Mundell-Fleming nos permite entender as flutuações que ocorrem na renda agregada das economias no curto prazo.

A possibilidade de prever essas flutuações é essencial, pois assim o impacto causado por ajustes econômicos seja minimizado pelas movimentações de câmbio. Desse modo, pode haver uma taxa de câmbio oficial de uma economia aberta.

Como o Mundell-Fleming funciona?

O modelo Mundell-Fleming pressupõe a existência de algumas premissas básicas.

Em primeiro lugar, o modelo pressupõe que a flexibilidade das taxas de câmbio permite que políticas fiscais não possam impactar diretamente na produção.

Porém, com uma taxa de câmbio fixada, as políticas fiscais podem afetar a produção positiva ou negativamente.

Além disso, o Mundell-Fleming funciona para as economias abertas e integradas de modo a promover uma expansão monetária que reduz os juros e, ao mesmo tempo, estimula a saída de capital.

Esse efeito é evidente, uma vez que com uma política monetária flexível, os juros menores irão incentivar a compra de títulos estrangeiros.

Por consequência, o Mundell-Fleming apresenta um modelo de economia com flexibilidade cambial cuja movimentação impulsiona o comércio interno. Simultaneamente, isso diminui a potência de políticas fiscais.

Assim, podemos concluir que a lógica do modelo de Mundell-Fleming se baseia na noção de que o comportamento interno de uma economia está diretamente relacionado com as taxas de câmbio praticadas internacionalmente, já que as taxas de juros praticadas no mercado externo são trazidas para o interno.

Por que o modelo Mundell-Fleming é importante?

Em se tratando de economias abertas que se integram através dos mercados de bens e capitais, o Mundell-Fleming se mostra relevante para compreender a economia interna.

Isso porque, uma vez que o mercado de bens é muito influenciada pelas relações externas de capitais, esse modelo possibilita analisar o impacto de políticas fiscais e monetárias a partir dos mais diversos regimes de câmbio.

Sob esse viés, podemos perceber como os países moldam suas políticas fiscais, por exemplo, a partir de seu regime cambial.

Na prática, o Mundell-Fleming apresenta uma limitação para as economias abertas que chamamos de trindade impossível.

A trindade impossível é usada para descrever a impossibilidade de conciliar satisfatoriamente a mobilidade de capital, o câmbio fixo e uma política monetária independente. Ou seja, um país tem de escolher qual dos lados da trindade irá priorizar, já que não pode conciliar os três.

Quando lançamos o olhar sobre que tem ocorrido nos últimos anos na economia internacional, vemos que os países têm adotado duas propostas principais.

O câmbio flutuante e o controle de capitais são as formas adotadas para lidar com a trindade impossível, garantindo autonomia da política monetária dentro do modelo Mundell-Fleming.

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