Michael Porter
Quem é Michael Porter?
Michael Porter é o nome de um proeminente professor estadunidense de estratégia e competitividade empresarial, que, além de ter uma larga experiência acadêmica lecionando na Harvard Business School, também é o autor de mais de 15 livros ligados a essas áreas.
As suas inúmeras publicações na Harvard Business Review, a plataforma multimidiática da Harvard Business Publishing dedicada a fomentar a reflexão no que tange à gestão de negócios, já renderam a Michael Porter vários prêmios. Entre eles, se encontra o McKinsey Award, produzido pela McKinsey & Company, a empresa líder mundial no mercado de consultoria empresarial.
Saindo um pouco de seu brilho como acadêmico, há também algumas importantes conquistas de Porter a se citar fora dos muros da universidade. Isso porque ele é também conhecido como sendo um fundadores do The Monitor Group, uma empresa privada fundada em 1983 que presta serviços de assessoria executiva.
Competindo em um mercado com as big four e com a própria McKinsey, a Monitor se destacou pelo desenvolvimento de um método próprio de consultoria e pelo respaldo das operações globais da Deloitte, outra gigante do mesmo ramo que comprou a companhia ainda no início dos anos 2010.
Contudo, nenhum desses pontos é mais proeminente na jornada de Michael Porter como uma importante voz na administração estratégica teórica do que o modelo construído por ele e que viria a ficar conhecido como "as 5 forças de Porter". E é justamente para explicar mais a fundo esse modelo, assim como os seus elementos, que criamos o tópico a seguir. Vamos lá!
O que são as 5 forças de Porter?
As 5 forças de Porter fazem parte de um modelo de análise competitiva, que tem como objetivo determinar a posição de qualquer empresa em seu respectivo mercado, norteando as ações frente aos seus concorrentes e delineando próximos passos que mitiguem o potencial destrutivo da competição.
Para tanto, Porter define 5 fatores que são inerentes a absolutamente todo negócio (independentemente do setor de atuação ou do seu tamanho) e que podem representar uma oportunidade ou entrave para a sua perpetuação. São eles:
- A ameaça de novos concorrentes;
- A ameaça de novos produtos ou serviços;
- A rivalidade entre as empresas concorrentes;
- O poder de barganha dos cliente;
- O poder de barganha dos fornecedores.
Está amplamente ligada ao grau de dificuldade para a entrada de novas marcas entrarem naquele segmento - ou, em outras palavras, quão rápido a concorrência cresce.
Para definir esse ponto, o comum é que se atente a pontos como o investimento inicial médio necessário para se abrir um negócio na área (abrir uma empresa de marmitas em casa exige menos capital do que abrir um buffet, por exemplo) e a existência de regulamentações e benefícios governamentais (como incentivos fiscais) que aceleram ou burocratizam o processo de abertura, entre outras barreiras de entrada.
A ameaça de novos produtos ou serviços
Podemos analisar isso focando até mesmo nas carreiras individuais: quantas profissões já não foram substituídas pelo surgimento de máquinas que realizavam as mesmas atividades de modo mais eficaz e eficiente?
Quando se trata das empresas, é o caso de pensar quais produtos ou serviços inovadores têm o potencial de tornar aquilo que ela produz obsoleto - como o smartphone que substituiu o telefone fixo e os carros que substituíram as charretes.
A rivalidade entre as empresas concorrentes
Enquanto alguns mercados apresentam um nível menor de competitivo, outros são extremamente competitivos. Entender qual é o tamanho da concorrência atual e no que ela compete (se é em preço ou em diferenciais diversos) é um ponto essencial desse modelo.
O poder de barganha do cliente
Quanto maior é a oferta, quando comparada à demanda, maior tende a ser o poder de barganha do cliente. Isso porque a maioria das marcas estão, a essa altura, já disputando quem chamará mais a sua atenção e conquistará o seu rico dinheirinho. Definir qual é o tamanho desse poder, e até mesmo se ele existe, é fundamental para determinar as estratégias de captação e retenção desses clientes.
O poder de barganha dos fornecedores
Toda empresa também é cliente de outra, seja no consumo de bens de produção, de bens de capital ou de alguns bens de consumo. É caso é que, mais uma vez, é necessário identificar onde se encontra o poder dentro da relação vendedor e comprador: é do lado do fornecedor ou do cliente (empresa)? Isso determina se a companhia pode negociar melhor (pagando mais barato, por exemplo) ou ainda se deve mudar de fornecedor.