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Lucro Bruto

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:27/03/2019 às 07:52 - Atualizado 6 anos atrás
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O que é o lucro bruto?

O lucro bruto é uma forma de medição de lucro cujo objetivo principal é indicar a relação entre os gastos de uma companhia para produzir cada um dos seus produtos e o retorno que ela obtém por seu trabalho.

Para que uma empresa possa ter lucro é necessário que a diferença entre a receita e os custos seja positiva. Do contrário, a vantagem de se realizar o investimento (tanto de capital, quanto de tempo, energia e recursos naturais) deixa de existir.

Logo, o lucro é um ingrediente essencial para o sucesso (e até para a existência!) das instituições. Sabendo disso, os seus proprietários devem controlar cada elemento da sua atividade, tentando diminuir os custos e aumentar o lucro.

Sabendo disso, o auferimento do lucro bruto tem um papel significativo pois permite entender como a produção de cada unidade interfere nessa relação.

Como veremos adiante, diferentemente do lucro líquido, o lucro bruto é totalmente voltado para a atividade produtiva.

Como o lucro bruto funciona?

Se você não possui uma empresa, deve ao menos supor o trabalhão que manter uma funcionando dá. Não basta desenhar processos internos e deixar que eles sejam seguidos, é necessário acompanhar de perto a execução de cada um deles e se adaptar às mudanças cada vez mais constantes do mercado.

Novos fornecedores, novos concorrentes e novos tipos de clientes surgem a cada dia e, com uma gama cada vez maior de opções, ser estratégico e correr riscos não é uma tática para alcançar o sucesso, mas uma necessidade.

Se você possui ou administra uma empresa, qualquer que seja o seu porte, já está familiarizado com as exigências desse investimento.

Sim, investimento! Afinal, a motivação maior de quem cria uma companhia (e se envolver em um desafio de grau tão elevado) é obter retorno do capital investido, assim como vê-lo se multiplicar a partir da atividade empresarial.

E isso só é possível através do lucro, essa “sobra” entre a aplicação e o rendimento.

Cada item produzido pela empresa (ou ainda cada serviço prestado) tem influência sobre esse número. Afinal, a cada venda a receita aumenta, mas a cada produto finalizado, o custo também.

O objetivo do lucro bruto, portanto, é mensurar essa relação entre a produção e o lucro auferido pela organização.

Em seu cálculo não são considerados elementos como os gastos administrativos ou semelhantes. A regra para tanto é justamente a que te ensinamos há dois parágrafos atrás: se perguntar “esse custo aumenta ou cresce a cada novo item produzido?”.

Se a resposta é sim, ele é o que se conhece como custo variável.

Agora que você já está ciente desse conceito, acompanhar o cálculo do lucro bruto será muito mais fácil. Veja:

  • Lucro bruto = Receita total - Custos variáveis

Qual é a diferença entre o lucro líquido e o lucro bruto?

Como percebemos, ambos medem o lucro obtido por uma empresa. Mas qual é a diferença entre eles?

De forma simples, o que torna cada um deles único é o objeto que utilizam para o diferimento do lucro. Ou seja, no que se baseiam para definir se, em um determinado período, a atividade desenvolvida foi vantajosa financeiramente ou não.

Anteriormente vimos que, para o lucro bruto, esse objeto são os custos variáveis. Nesse rol estão inseridos a matéria prima, a mão de obra da fábrica (ou os prestadores diretos do serviço) e os impostos diretos.

Eles também estão incluídos no cálculo do lucro líquido, mas não estão sozinhos.

Para o lucro líquido, os custos fixos também contam. O aluguel, os insumos do escritório e os salários das equipes de suporte, assim como todos os demais gastos administrativos, integram a contagem.

A sua fórmula, basicamente, apresenta a mesma estrutura da empregada no cálculo do lucro bruto. Veja:

  • Lucro líquido = Receita total - Custos totais

Como o cálculo do lucro bruto interfere nos investimentos?

Assim como no caso das companhias, existem custos que variam conforme o investidor aplica. Eles podem crescer ou diminuir de acordo com a frequência dos investimentos ou com o seu montante.

Para compreender como cada aplicação impacta no seu patrimônio, o investidor pode se valer também do cálculo do lucro bruto.

Para isso, basta que se conheça bem os custos variáveis de cada investimento. A alíquota do impostos e as taxas de corretagem (quando não possuem um valor fixo mensal ou são zeradas) são ótimos exemplos dessa categoria.

A partir disso, basta aplicar a fórmula que ensinamos na segunda seção.

Em posse do valor do lucro bruto, o investidor pode mensurar corretamente a lucratividade de cada aplicação e criar estratégias para diminuir os gastos atrelados à ela.

No caso das corretoras que cobram um valor fixo por negociação, por exemplo, pode-se planejar determinar um dia específico para fazer apenas uma aplicação, ao invés de realizar várias e desperdiçar ganhos em taxas de corretagem desnecessária.

Por fim, é importante ficar atento a mais uma questão. No dia a dia do mercado financeiro, convencionou-se chamar o lucro bruto como um sinônimo de rendimento bruto.

No entanto, na teoria, os dois são conceitos diferentes, ok? Enquanto o lucro é essa diferença positiva entre investimento e retorno, o rendimento bruto é o acréscimo percentual que a aplicação sofre na aplicação dos juros, antes de qualquer desconto.

 

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