Long
O que é o long?
O long é o termo usado no meio financeiro para designar a posição de compra de qualquer ativo. O seu derivado, o long position, é destinado especialmente ao investidor que espera que, no futuro, os seus títulos se valorizem, de modo que ele possa lucrar com a alta da sua cotação.
Em geral, o conceito de long (ou long position) é muito simples. O que o torna importante mesmo é a sua utilização em conjunto com outros termos, para explicar diversos fenômenos do mercado, como: long and short, fundos long only, fundos long biased, entre outros.
Como o long funciona?
O nosso dia a dia, como seres humanos, é definido pela estratégia.
Ao escolhermos um objetivo (desde o que almoçar hoje até comprar uma casa nova daqui dez anos), logo traçamos um plano para alcançá-lo.
Por vezes, esse plano é bloqueado por nossas limitações internas e externas, mas ainda assim, sempre que desejamos algo, pensamos ou no que podemos fazer para tê-lo ou em tudo que nos impede de alcançá-lo.
No entanto, conforme convivemos, percebemos que os nossos sonhos não são os mesmos que os de nossos amigos, parentes e até da sociedade em geral. Eles podem ser (pasmem) até opostos: ou seja, enquanto concretizar a minha meta é o meu motivo de felicidade, para o meu colega pode ser o seu pior pesadelo.
Isso acontece em casa, no trabalho, na política, no mercado financeiro e, acredite, até na NASA.
Sim, a NASA. E já te explicamos o que ela tem a ver com o long.
Mas antes: você conhece a história do hífen mais caro da História?
Pois bem, em 1962 (pleno período de corrida espacial), a NASA marcou o lançamento do foguete Mariner I. O seu destino: Vênus.
Seria a primeira nave espacial a voar até outro planeta e a agência, em polvorosa, já havia investido o equivalente (nos valores de hoje) a US$630 milhões, somente na sua construção e lançamento.
Contudo, no dia 22 de julho de 1962, data marcada para lançá-la e sobre a qual se fez um enorme alarde, algo deu muito errado.
Cinco minutos após alçar vôo, a missão foi abortada e a NASA se deparou com US$630 milhões (nos valores atuais) correndo de volta ao chão.
Tudo por causa de um hífen.
Necessário na programação, o que não perceberam na construção da nave é que ele foi esquecido por um programador. Essa ausência permitiu que o sistema de controle “enlouquecesse” após o lançamento e caísse.
Torcemos para que você nunca tenha o azar de ver um investimento dessa magnitude cair (literalmente) diante dos seus olhos.
Mas a grande questão do Mariner I, da NASA e do long é que a queda, por si só, não é o motivo da desgraça. A NASA ama (e o resto do mundo também) quando naves tripuladas retornam, voltando para a Terra após uma missão espacial.
O problema é quando, para alcançar um objetivo, parte da estratégia depende da subida.
Nesses casos, a queda é sim um desastre. Veja bem: não em todos os casos - nesses casos.
E o long é um deles. Segundo a tática do investidor em posição comprada, a subida é condição sine qua non para o lucro. Ele aposta nessa valorização do ativo e depende dela para obter sucesso no investimento.
Do contrário, (embora não tenha a mesma magnitude) a queda pode ser tão traumática quanto a da Mariner I. Com ou sem hífen.
Qual a diferença entre long (position) e short (position) ?
O investidor em short position é aquele em posição vendida. Ao contrário do long, para que ele obtenha lucro na operação, é necessário que o valor da cotação caia.
Para ele, então, a queda é sempre uma nave tripulada chegando em segurança. É nela que ele aposta e com ela que ele ganha.
Há ainda uma estratégia específica que converge o long e o short. Para acessar o artigo completo que preparamos a respeito, basta clicar aqui.