John C. Borgle
Quem foi John C. Bogle?
John C. Bogle é o nome de um megainvestidor estadunidense, cuja fortuna excedendo os 180 milhões de dólares foi construída essencialmente no decorrer do século XX.
Bogle faleceu ainda em 2019, não sem antes construir um importante papel dentro do mercado financeiro, como porta-voz de uma estratégia específica de investimentos. Mais ligado às táticas de longo prazo, ele é tido como o criador dos chamados fundos de índice (as famosas ETFs) e fundador do The Vanguard Group.
Em 1999, Bogle lançou o livro A Dose Certa (originalmente chamado Common Sense of Mutual Funds: New Imperatives for the Intelligent Investor), que logo se tornou um best-seller internacional. Nele, conforme indicação do próprio resumo da editora, Bogle "discute o significado real do que é o suficiente com relação a dinheiro, aos negócios e à vida".
É justamente essa visão bem delineada sobre enriquecimento e caráter que tornam o livro um clássico.
Como John C. Bogle se consagrou como uma figura relevante no mercado financeiro?
Graduado na Universidade de Princeton, o economista John C. Bogle desenvolveu as suas teses básicas a respeito dos investimentos ainda quando estudante, durante a década de 1940.
Após se formar em 1951, no entanto, o seu trabalho focou mais na prática financeira do que na teoria acadêmica, de modo que o mesmo trabalhou em alguns bancos e fundos de investimentos até fundar o Vanguard Company em 1974.
Foi justamente neste último que a filosofia de investimentos que consagrou Bogle como uma figura permanentemente relevante se desenvolveu e refinou. De forma básica, ela se resumia em diminuir os custos de administração e aumentar a rentabilidade das aplicações através de estratégias de longo prazo.
Para tanto, estar atrelado ao desempenho de indexadores se apresentou como a tática mais assertiva.
Dessa forma, John C. Bogle criou, em 1975, o que viria a ser considerado o primeiro fundo de índice da história, cujas características conheceremos mais profundamente no tópico a seguir.
Por ora, cabe lembrar que essa é uma categoria extremamente popular atualmente, mas que nem sequer existia há pouco mais quatro décadas atrás.
O que são fundos de índice?
Fundo de índice é o nome dado a um tipo específico de fundo de investimentos. Isto é, ele não apenas partilha algumas características dos outros fundos já existentes no início da década de 1970, como têm os seus próprios atributos que os tornam únicos no mercado financeiro.
Para começar, tratemos das similaridades, ok?!
Como qualquer outro fundo, os fundos de índice funcionam em formato de cotas: cada investidor compra uma "fatia", de modo que a soma de todo o dinheiro aplicado pelos investidores seja investido nas ações determinadas pela sua gestão.
A diferença reside, justamente, na escolha desses papéis.
De modo geral, podemos dizer que os fundos contam com dois tipos de gestão: a ativa e a passiva.
No primeiro caso, os gestores são mais livres para escolherem os títulos: após estudarem bem as empresas e encontrarem boas oportunidades de rentabilidade, eles podem decidir por essa ou aquela ação. No segundo caso, por sua vez, a liberdade é limitada e o gestor atua mais como um administrador dos recursos do que como um estrategista (como vimos na gestão ativa).
É nesse segundo cenário que os fundos de índice se posicionam. Neles, os gestores são obrigados a replicar a carteira teórica de um determinado índice, de modo a replicar também o seu desempenho.
No Brasil, o índice mais comumente utilizado é o Ibovespa, mas existem muitos outros ao redor do mundo que desempenham a mesma função de "guia" (vide Dow Jones e o S&P 500).
As ETFs mais famosas que replicam o Ibovespa no Brasil são BOVA11 e BOVV11 e BOVB11.