Índice de Governança Corporativa – Novo Mercado (IGC-NM B3)
O que é IGC-NM B3?
O código pode assustar os desavisados, mas IGC-NM B3 não é tão difícil de compreender quanto aparenta. Essa, afinal, é apenas um sigla para o Índice de Governança Corporativa - Novo Mercado, produzido e gerenciado pela Bolsa de Valores (B3).
Os índices da B3 são formulados com o intuito de monitorar o desempenho de um determinado segmento. É o caso do Ibovespa, por exemplo, que tem como objetivo demonstrar o resultado do mercado acionário do nosso país.
Para isso, um índice é composto por uma carteira teórica de ativos. Isto é, apenas uma simulação de um portfólio com um conjunto de ações que permitam esse tipo de comparativo. No caso do Ibovespa, contudo, não há um grande filtro que permita grandes conclusões.
Assim, a B3 também se responsabilizou por criar novos tipos de índices que oferecessem aos investidores análises mais específicas e segmentadas. É justamente o caso do IGC-NM B3.
Como funciona o IGC-NM B3?
O IGC-NM B3 é um índice que visa compartilhar o desempenho de ações com boas referências em termos de governança corporativa, que é um conjunto de normas e práticas estabelecidas pelas empresas com o intuito de oferecer transparência e segurança aos seus investidores.
Existem, no Brasil, diferentes níveis de governança corporativa como:
- Tradicional;
- Bovespa Mais;
- Nível 1;
- Nível 2;
- Novo Mercado.
Como podemos perceber, a classificação de Novo Mercado é justamente o nome que consta na definição do próprio índice IGC-NM B3. Isso representa que, para entrar nessa carteira teórica, a companhia precisa pertencer ao nível de Novo Mercado, que é a classificação mais elevada e exigente em termos de governança corporativa.
Assim, temos aqui um grupo de empresas que oferecem segurança, transparência e credibilidade ao mercado financeiro. Podemos, inclusive, dizer que se tratam das companhias com maior confiabilidade em termos de processos e práticas.
Como é feita a composição do IGC-NM B3?
Todo índice precisa estabelecer algumas regras e critérios para a montagem da sua carteira teórica de ativos. Não é diferente para o IGC-NM B3 que, afinal, possui como principal requisito que a empresa esteja listada com a governança corporativa do tipo Novo Mercado.
E o que uma companhia precisa cumprir para chegar a este nível dentro da Bolsa de Valores? Listamos abaixo algumas das regras para que você entenda por que elas se tornam uma referência de confiabilidade:
- Não pode oferecer ações preferenciais (PN), sendo composta apenas por ações ordinária (ON).
- É necessário que ao menos 25% das ações estejam em circulação (free float).
- Reunião pública anual obrigatória.
- Tag Along de 100% para suas ações (sendo todas ordinárias, como vimos no primeiro tópico).
E essas são apenas algumas das normas exigidas pela Bolsa de Valores para que uma empresa seja listada no Novo Mercado. A partir do cumprimento de todas as suas obrigações, a companhia está apta a participar do IGC-NM B3.
No entanto, ainda será necessário atender outras duas regras: presença de negociação acima de 50% dos pregões da Bolsa de Valores, assim como não ser classificada como uma ação "Penny Stock".
Quais são as empresas listadas no IGC-NM B3?
Uma vez que as ações participantes da carteira teórica do IGC-NM B3 estejam definidas, o critério de ponderação dentro do índice é o valor de mercado dos papéis em free float (disponíveis para negociação dos investidores). Não é permitido ainda que uma única ação represente mais do que 20% do indicador.
Veja, logo abaixo, a relação das dez companhias com maior peso do IGC-NM B3 em fevereiro de 2021:
- Vale (VALE3): 20,0%
- B3 (B3SA3): 7,42%
- Magazine Luiza (MGLU3): 4,20%
- Rede D'OR (RDOR3): 3,93%
- WEG (WEGE3): 3,90%
- Intermédica (GNDI3): 3,39%
- Suzano (SUZB3): 3,11%
- Grupo Natura (NTCO3): 2,72%
- Banco do Brasil (BBSA3): 2,63%
- JBS (JBSS3): 2,44%