Índice de Empresas Privadas
O que é o Índice de Empresas Privadas?
O Índice de Empresas Privadas é um indicador criado pela B3, a Bolsa de Valores, em parceria com a S&P (S&P Dow Jones Índices) para acompanhamento do mercado de empresas do mercado privado do Brasil.
Aqui, vale primeiramente definir a função de um índice. Esse é um formato de acompanhar as empresas que visa a formulação de uma carteira fictícia de ações de modo que a sua variação total seja refletida pelo indicador.
É o caso, por exemplo, do Ibovespa. Utilizando das principais ações do mercado brasileiro, a ferramenta forma uma carteira teórica com os ativos que apresentam maior liquidez e, por consequência, interesse dos investidores.
Desta forma, torna-se possível acompanhar um segmento específico (neste caso, as empresas privadas) com maior facilidade. Além disso, é uma boa maneira de entender como o mercado vem encarando aquele setor.
Como funciona o Índice de Empresas Privadas?
Todo índice precisa de algumas regras e procedimentos para estabelecer os seus critérios para adesão à carteira teórica. Assim, fica mais fácil segmentar o mercado e, ao mesmo tempo, deixar claro para o público o que um determinado indicador representa.
No caso do Índice de Empresas Privadas, as regras são relativamente simples:
- A empresa precisa estar listada na Bolsa de Valores do Brasil (B3).
- A companhia não pode ter, em nenhuma hipótese, controle público — como governo ou sindicatos.
- Ter sido listada na Bolsa de Valores pelo prazo de, no mínimo, três meses.
- Apresentar algum tipo de negociação em ao menos 95% dos dias de funcionamento da Bolsa de Valores.
Para o filtro dessas regras, a S&P usa como base a documentação enviadas pelas empresas para a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Além disso, ao cumprir com as regras estabelecidas, a empresa passa a fazer parte do Índice de Empresas Privadas.
Na composição total do indicador, as companhias recebem pesos de acordo com a sua capitalização de mercado. No entanto, a participação total de uma única empresa não pode ultrapassar a marca de 10% em relação ao total.
Caso seja do seu interesse, você pode consultar mais informações sobre o Índice de Empresas Privadas na sua página oficial.
Quais empresas estão listados no Índice de Empresas Privadas?
Conforme mencionamos, o principal sistema para seleção dos ativos que serão englobados pelo Índice de Empresas Privadas é a ausência de controle estatal — seja do governo federal, do estado, do município ou até mesmo de sindicatos.
Assim, empresas que possuem algum tipo controle público são naturalmente excluídas. Podemos mencionar o caso de Petrobrás e Banco do Brasil como exemplos. Por mais que atendam os demais critérios exigidos, as duas companhias possuem controle estatal (ao menos até o momento em que este texto foi produzido).
No começo de 2021, essas eram as empresas com maior relevância dentro do Índice de Empresas Privadas:
- Vale
- Itaú Unibanco
- B3
- Banco Bradesco
- Magazine Luiza
- Ambev
- WEG
- Itaúsa
- Notre Dame
- Localiza
Qual é a importância do Índice de Empresas Privadas?
O grande intuito dos índices disponibilizados pela B3 é oferecer aos investidores ferramentas de análise e tomada de decisão. Assim, os indicadores têm por objetivo compartilhar os resultados obtidos por mercados específicos.
Não é diferente para o Índice de Empresas Privadas. Esse indicador traz um cenário de empresas do setor privado, excluindo o risco de intervenção estatal que, por uma série de razões, assusta os investidores. O governo, afinal, não deve visar lucro, mas sim as necessidades da sua população.
Portanto, o Índice de Empresas Privadas é mais uma forma que você tem de monitorar o mercado acionário brasileiro. Lembrando que, por contemplar um pacote de companhias distintas, é sempre válido verificar o desempenho individual de cada empresa antes de uma compra (ou venda).