Índice BM&FBOVESPA Financeiro (IFNC)
O que é o IFNC?
O IFNC é um índice criado pela Bolsa de Valores para medição de desempenho de um conjunto de ativos. Na prática, ele contribui com o objetivo de melhorar o monitoramento do mercado e oferecer ferramentas para o investidor tomar sua decisão.
Em primeiro lugar, o IFNC era chamado originalmente de Índice BM&F Bovespa Financeiro. O nome, claro, era uma alusão ao nome da então Bolsa de Valores, antes da fusão que criou a B3 (atual nome da empresa).
Apesar da mudança, o nome oficial do índice segue o mesmo. Popularmente, os investidores costumam chamar o indicador apenas por "Índice Financeiro" atualmente.
Como funciona o IFNC?
O IFNC, como vimos, é um índice. E como tal tem uma função semelhante a outros indicadores neste formato: compor uma carteira teórica de ativos para acompanhamento do mercado financeiro.
É exatamente o que acontece com o Ibovespa, tradicional índice do mercado acionário brasileiro. Por meio dele, conseguimos acompanhar o desempenho médio das principais ações do nosso país.
No entanto, o Ibovespa apresenta uma limitação na hora de realizar uma análise: a falta de segmentação. Como existem ativos de setores distintos, fica difícil entender quais os melhores e os piores desempenhos da Bolsa de Valores.
É por isso que foram criados novos índices em complemento ao Ibovespa. Um deles é o Índice Financeiro (IFNC) que tem por objetivo replicar o que faz o Ibovespa, mas utilizando na sua carteira teórica apenas ações de instituições financeiras como bancos, corretoras ou seguradoras, por exemplo.
Como é feita a composição do IFNC?
Para selecionar os ativos da sua carteira teórica, o IFNC precisa adotar alguns critérios. O primeiro deles, como já vimos, é pertencer ao segmento financeiro, permitindo assim uma análise setorial qualificada para os investidores.
Além disso, outros critérios devem ser respeitados. Mesmo que pertença ao segmento de finanças, a companhia só será adicionada ao IFNC caso também apresente os seguintes requisitos:
- Ter um índice de negociabilidade de ao menos 95% dos dias de pregão da Bolsa de Valores.
- Não ser classificada como uma Penny Stock (preço de mercado abaixo de R$1,00).
- Estar entre as ações elegíveis em ao menos três meses anteriores da carteira.
- A empresa em questão não pode estar com processo de recuperação judicial ou intervenção.
- Os ativos podem ser ações ou units. Brazilian Depositary Receipts (BDRs) não são elegíveis para a carteira.
Por fim, vale mencionar ainda que as companhias que forem selecionadas para o IFNC também deverão ser ponderadas de acordo com o seu valor de mercado. No entanto, nenhum ativo poderá ter peso maior do que 20% do indicador.
Quais são as empresas que participam do IFNC?
Apenas para que você tenha uma maior facilidade de compreender quais são as empresas elegíveis ao IFNC, vamos listar abaixo a composição do índice no período entre janeiro e abril de 2021, assim como sua respectiva participação no Índice BM&F Bovespa Financeiro.
- B3 (B3SA3): 20,79%
- Itaú Unibanco (ITUB4): 17,03%
- Banco Bradesco (BBDC4): 15,30%
- Itaúsa (ITSA4): 9,33%
- Banco do Brasil (BBAS3): 8,46%
- Banco BTG Pactual (BPAC11): 5,72%
- Banco Inter (BIDI11): 4,22%
- Banco Bradesco (BBDC3): 3,99%
- BB Seguridade (BBSE3): 3,67%
- Banco Santander (SNB11): 2,81%
- Seguradora Sul América (SULA11): 2,09%
- IRB Brasil (IRBR3): 1,60%
É possível investir no IFNC?
Como vimos, o IFNC reúne algumas das principais empresas do mercado acionário brasileiro. Sendo assim, pode ser que você se interesse em investir nelas.
Atualmente, não há como comprar o pacote com essa carteira teórica na Bolsa de Valores. Assim, para buscar os mesmos resultados do índice, você pode comprá-los individualmente (o que é muito difícil de manter) ou buscar por um fundo de índice que faça a replicação desse pacote de ativos, como um ETF (Exchange Traded Fund) do IFNC.