Ilan Goldfajn
Quem é Ilan Goldfajn?
Ilan Goldfajn é um importante economista da história brasileira. Embora tenha se notabilizado profissionalmente por aqui, a sua origem é israelense. Ele nasceu em Haifa, em março de 1966.
Apesar da origem estrangeira, ele veio ainda jovem para o Brasil. Ao longo da sua carreira profissional atuou em diversas instituições financeiras, sendo diversas delas de grande porte e com influência internacional.
Notabilizou-se pelo cargo de presidente do Banco Central do Brasil entre os anos de 2016 e 2019. Foi sucedido por Roberto Campos Neto após mudanças no conturbado cenário político.
A formação de Ilan Goldfajn
Conforme destacado, Ilan Goldfajn dedicou a maior parte de sua carreira ao mercado financeiro. Não por acaso, suas formações indicam um apreço pela área da Economia, justamente a disciplina em que se formou pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).
A sua infância teve relação com seu país de origem. Goldfajn estudou no Colégio Israelita Brasileiro, uma instituição de educação focada justamente em crianças israelitas, mantendo costumes e tradições da nação.
Além da formação em Economia, ele seguiu buscando aprimorar seus conhecimentos dentro da área de atuação. Assim, obteve mestrado dentro da própria PUC-RJ e doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos.
Como podemos ver, ele sempre se interessou muito pela área acadêmica. Desta forma, acabou se tornando também professor da própria PUC-RJ, cargo que veio a manter por dez anos.
A carreira de Ilan Goldfajn
O feito mais notável, pelo que Ilan Goldfajn acabou ficando famoso no Brasil, foi assumir a presidência do Banco Central do Brasil. Antes disso, porém, ele teve atuações importantes em empresas financeiras que acabaram o preparando para tal função.
Tudo começa, aliás, como professor assistente na Brandeis University, ainda durante o seu doutorado realizado nos Estados Unidos. Em 1996, o primeiro cargo de destaque: Goldfajn se tornou economista do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele também foi consultor de organizações internacionais pela entidade global.
Após retornar ao Brasil e começar a carreira acadêmica pela PUC-RJ, sua primeira passagem pelo Banco Central do Brasil foi como Diretor de Política Econômica, cargo que ocupou por três anos até se tornar sócio do Banco Gávea Investimentos.
Um dos seus pontos altos na carreira como economista veio com o convite do Itaú Unibanco, nosso principal banco do mercado privado, para ser economista-chefe da instituição. Isso ocorreu em abril de 2009 e o cargo foi ocupado por sete anos quando então foi convidado para atuar no Bacen.
Ilan Goldfajn no Banco Central
No ano de 2016, Ilan Goldfajn foi convidado pelo então Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para assumir a presidência do Banco Central do Brasil. Ele aceitou e se desligou totalmente do Itaú Unibanco.
O cenário era bastante desafiador. O país passava por uma séria crise econômica que se iniciou em 2014 e culminou, inclusive, com o impeachment da então Presidente da República, Dilma Rousseff, no mesmo ano em que ele assumiu o cargo no Bacen.
Apesar do ambiente desafiador e da incerteza (e até desconfiança) por parte dos especialistas que não viam em Goldfajn o melhor nome para o momento, podemos dizer que sua atuação foi amplamente positiva, especialmente no que diz respeito ao controle inflacionário do país.
O economista foi fundamental na recuperação econômica brasileira, algo que envolve a retomada da confiança de investimentos estrangeiros e uma melhoria do rating de crédito do Brasil durante a sua gestão. Um fator importante para estabilização financeira.
Não por acaso, Ilan Goldfajn acabou eleito o melhor banqueiro central do mundo pela revista inglesa The Banker. Um prêmio merecido e que marcou o auge da sua carreira profissional através do reconhecimento global.